No Frigir dos Ovos, Falando de Comida, or Not!

Quando comecei, pensava que escrever seria sopa no mel, mamão com açúcar. Só que depois de um certo tempo dá crepe, você percebe que comeu gato por lebre e acaba ficando com uma batata quente nas mãos. Como rapadura é doce mas não é mole, nem sempre você tem ideias e pra descascar esse abacaxi só metendo a mão na massa. A carne é fraca, eu sei, e não adianta chorar as pitangas ou, simplesmente, mandar tudo às favas. Às vezes dá vontade de largar tudo e ir plantar batatas, enfim. Mas quem não arrisca não petisca e depois, quando se junta a fome com a vontade de comer, as coisas mudam da água pro vinho.

Porém, já que é pelo estômago que se conquista o leitor, o negócio é ir comendo o mingau pelas beiradas, cozinhando em banho-maria, porque é de grão em grão que a galinha enche o papo.  Contudo é preciso tomar cuidado para não azedar, passar do ponto, encher linguiça demais. Além disso, deve-se ter consciência de que é necessário comer o pão que o diabo amassou para vender o seu peixe. Afinal não se faz uma boa omelete sem antes quebrar os ovos. O importante é não cuspir no prato em que se come, pois quem lê não é tudo farinha do mesmo saco. Diversificar é a melhor receita para engrossar o caldo e oferecer um texto de se comer com os olhos, literalmente.

Há quem pense que escrever é como tirar doce da boca de criança e vai com muita sede ao pote. Mas como o apressado come cru, essa gente acaba falando muita abobrinha, são escritores de meia tigela, trocam alhos por bugalhos e confundem Carolina de Sá Leitão com caçarolinha de assar leitão. Há também aqueles que são arroz de festa, com a faca e o queijo nas mãos, eles se perdem em devaneios (piram na batatinha, viajam na maionese… etc.). Achando que beleza não põe mesa, pisam no tomate, enfiam o pé na jaca, e no fim quem paga o pato é o leitor que sai com cara de quem comeu e não gostou.

Se embananar, de vez em quando, é normal, o importante é não desistir mesmo quando o caldo entornar. Por outro lado, se você tiver os olhos maiores que a barriga o negócio desanda e vira um verdadeiro angu de caroço. Aí, não adianta chorar sobre o leite derramado porque ninguém vai colocar uma azeitona na sua empadinha, não. O pepino é só seu, e o máximo que você vai ganhar é uma banana, afinal pimenta nos olhos dos outros não é refresco…

Enfim, puxe a brasa pra sua sardinha, que no frigir dos ovos a conversa chega na cozinha e fica de se comer rezando. Daí, com água na boca, é só saborear, porque o que não mata engorda.

           Este texto acima não é meu! Recebi de um amigo e o autor é desconhecido, daquelas mensagens que dão volta na internet ganhando fama sem que o devido crédito seja dado, porém curti bastante e quis compartilhá-lo com vocês nesta semana já que de vinho já falei demais e tenho que guardar algo para a semana que vem, rs. Só inclui uma ou outra palavra e mudei a ordem dos parágrafos, porém a obra não perdeu sua essência, espero que curtam e tenham todos um ótimo fim de semana. Para quem puder, ainda há alguns lugares disponíveis para o curso sobre o Chile, seus vales, vinhos e uvas com as novas denominações recém implantadas. Será no próximo dia 5 de Setembro, e faria gosto em recebê-los. Salute e kanimambo