Dicas de Nossa Vinosfera

            Uma série de saborosas degustações que certamente enriquecerão a bagagem enófila dos amantes e seguidores de Baco. Como já dizia Alexis Lichine, “No que se refere a vinho, sempre recomendo que se joguem fora tabelas de safras e manuais investindo num saca-rolhas. Vinho se conhece mesmo é bebendo! Cliquem nas imagens para aumentar.

Dia 26 de Junho, agora (!) tem Caravana do Tejo na Wine Senses. Por sinal, uma região que tem tudo a ver comigo, pois é o berço de minha família e ainda hoje cada vez que passo por Portugal uma visita à Vila Nova da Barquinha e cercania é obrigatória para visitar quem ainda está por lá. Por sinal região linda, terra dos cavalos (Golegã) e touros além de ótimos azeites e a linda Tomar que valem bem a visita! Isso sem contar o Castelo de Almourol e as charmosas Constância e Tancos, pequenos e bucólicos vilarejos que beiram o Tejo. Por sinal, se estiverem pelas bandas da Golegã, meu primo me garantiu que a adega e restaurante regional O Cú da Mula é muito bom. No dia em que passamos por lá estava fechado (rs) então não posso assinar embaixo, porém creio que vale conferir!

Caravana do Tejo

 Dia 29 de junho, das 14 às 22 horas, tem ENCONTRO de VINHOS no Tenis Clube de Campinas  que fica à Rua Coronel Quirino, 1346 – Cambuí – www.tcc.com.br os ingressos podem ser comprados com antecedência e mais barato (50 reais) pelo site: www.encontrodevinhos.com.br/venda-de-ingressos Ingressos no dia da feira poderão ser comprados  no local por 60 reais e sócios da ABS pagam meia* (R$30). Um ENCONTRO sempre muito agradável e descontraído em que uma série de importadoras e produtores nacionais apresentam rótulos de muita qualidade e enorme diversidade.

Encontro de Vinhos

Dia 21 de Agosto – Reserve essa data pois vem coisa boa por aí! Chega em São Paulo o itinerante DECANTER Wine Show 2013, que estará também em outras cidades, desta feita com vinhos do Novo Mundo importados com exclusividade por esta que é uma das maiores e melhores importadoras de vinhos finos no Brasil.

Clipboard DWS

Salute, kanimambo e uma ótima semana para todos

I Like!!

Dizem que uma imagem vale mais que mil palavras então, bom fim de semana! Extraído do site Pinterest, seleção de John G. Aliás, dá para passar horas curtindo as imagens lá contidas! Salute e kanimambo a todos os Vignerons.

anatomia de um vigneron de John G

Dicas de Harmonização

Harmonizar é algo muito particular, até porque esse não é um exercício meramente técnico onde somente o vinho e o prato estão presentes. Para uma verdadeira harmonização há sempre que se acrescentar nessa equação; as pessoas, o lugar e o momento! Minha amiga Ana me pediu uma tabela, ou algo similar, sobre o tema e fui fuçar na net, obviamente. rs Já falei aqui do ótimo site americano Wine Folly e foi novamente aqui que achei esta imagem (clique nela para aumentar):

basic-wine-pairing-chart - Wine Folly     Dias depois recebi um comentário da Leticia, uma leitora e autora do blog “All We Need is Food” (link aqui do lado em gastronomia e harmonização), editado desde Paris com ótimas dicas, e ao fuçar no blog dela vi que ela fez um post resumo em português de ótima matéria publicada sobre o tema pelo Wine Folly. Vale a pena ler pois certamente possui dicas bem interessantes, mas que você precisa provar para ver se vai de encontro ao seu paladar, pois como já disse por aqui em diversas ocasiões, em nossa vinosfera não existem verdades absolutas. Como o conhecimento no vinho vem da “litragem”, no da harmonização vem da experiência e acumulo de acertos e erros então mão à obra!!

Salute e kanimambo pela visita.

Confraria Saca Rolhas Bordeaux – Margem Direita x Margem Esquerda

     Mais um gostoso texto da amiga confreira e sommelier Raquel Santos sobre nosso último encontro em que provamos vinhos de Bordeaux:

  Quando se fala da região de Bordeaux, logo pensamos nos grandes “Châteaux” como Petrus, Margaux, Mouton Rothschild, Lafite, Cheval Blanc, etc… rótulos que só de olhar, nos fazem suspirar! Talvez pelo peso da tradição que carregam, pelo preço altíssimo que custam ou pelo mito de perfeição em forma de vinho. Sonho de consumo para poucos, mas para nós, simples apreciadores de vinho que queremos conhecer essa região, há opções mais em conta que nos permitem mergulhar na imensa produção bordalesa, que certamente irão expressar o caráter deste terroir.

Em Bordeaux, é preciso saber que seus vinhos sempre são elaborados em corte. Basicamente com as castas Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc e Petit Verdot, (para os tintos) e Sauvignon Blanc e Semillon (para os brancos). Geograficamente a região localiza-se a oeste da França, próximo ao oceano Atlântico e é cortada pelo estuário formado pelos rios Gironde, Garonne e Dordogne. Daí a origem do nome: “au bord de l’eau”(a beira da água).Seu vinhos ganham identidade própria, dependendo da sua localização em relação aos rios: margem esquerda (onde está localizada a cidade de Bordeaux ), margem direita (onde está a cidade de St. Émilion) e Entre-deux-mers (região entre os rios Garonne e Dordogne). As regiões de maior destaque da margem esquerda são: Médoc, Graves e Sauternes. Na margem direita: Blaye, Bourg, Fronsac, Pomerol, Saint-Emilion, entre outras.

Bordeaux_Map

Diante de tanta tradição e nobreza, é comum sentirmos uma certa intimidação em relação a essa região. O termo “vinho complexo” é aplicado muitas vezes quando degustamos um Bordeaux. É uma sutileza que se revela aos poucos, sempre com elegância. São vinhos que exigem a nossa atenção. Mesmo aqueles mais simples, que nos acompanham em momentos de descontração, uma hora ou outra vão te alertar : “Oi! Eu sou um Bordeaux!”

Pensamos então em fazer um desafio entre a “margem direita” e a “margem esquerda”, passando pela região “entre-deux-mers”.Você quer saber quem ganhou essa batalha? Claro que fomos nós!!!!

Quando falamos de  Bordeaux podemos ver com clareza o que significa cultura, tradição e refinamento. Começando pelo “estilo” da garrafa alta, com ombros retos. O rótulo, quase sempre em preto e branco, com a ilustração do “Château” do produtor e  informações escritas com letras em estilo clássico. Esse padrão é seguido sempre. Dos vinhos mais simples até aos mais elaborados. A classificação dos níveis de qualidade é rígida e segue uma normatização local.

Quanto `as diferenças entre a margem direita e esquerda, sabemos que a casta Cabernet Sauvignon desenvolve-se melhor no lado esquerdo e a Merlot no lado direito. Mas o estilo da “assemblage” é mais importante como identidade dos Châteaux do que as características da uva em si. A mão do homem que cria o vinho tem um peso grande nesse caso. E é claro que em Bordeaux esse “peso” não permite criações ousadas, mas sim a busca incessante pela expressão mais límpida de sua cultura, tradição e refinamento com o máximo de elegância.O privilégio de degustar vinhos dessa região, nos ensina que estão aí para nos surpreender, sejam eles quais forem. E que não devemos nos acanhar diante dos ícones.

Foram estes os rótulos degustados, pela ordem:Como de costume, iniciamos a degustação  com um espumante, brindando o reencontro dos amigos.  

VEUVE ELISE Brut –   um vin mousseaux, tipo blanc de blanc, produzido na Le  Caves de Landiras, ao sul da região de Bordeaux.

Com boa vocação para acompanhar aperitivos, mostrou-se muito fresco na boca, com pérlage fina, boa acidez e aromas delicados de frutas brancas (maçã, pera) e panificação. Um corte inusitado das castas ugni blanc com airen.

 CHARTRON LA FLEUR BLANC 2011 – Sauvignon Blanc . Produzido por Schroder & Schyler, na região Entre-deux-mers.

O único branco da degustação. Agradável, muito aromático e bem estruturado. Acidez que pede comida. Ficou ótimo com um queijo gorgonzola.

 BELLEVUE DE LUGAGNAC 2010 – Bourdeaux Superieur – Merlot/Cab.Sauv  produzido pelo Chateau de Lugagagnac na região Entre-deux-mers.

            Bem leve, para momentos descontraídos.

 CHATEAU GRAVES DU BERT 2006 – Grand Cru – Merlot/Cab. Franc.produzido pela família Lavigne-Poitevin em Saint Emilion (margem direita).

Na taça, já pode-se ver uma evolução pelo alo alaranjado. Aromas “complexos”, prometendo evolução. Frutas maduras, especiarias, e taninos finos com uma sensação aveludada na boca.

 L’ORANGERIE DE FERRAN 2008 – Cab. Sauv./Merlot – Prod. : Beraud Sudreau em Pessac-Leógnan (margem esquerda)

Estruturado, equilibrado, muito suave na boca. Notas de especiarias, que prometem evoluir se lhe dermos tempo.

 CHATEAU PEYMORIN VILLEGEORGE 2009 Cru Bourgeois – Cab. Sauv./Merlot Prod.: Marie-Laure Lurton no Haut-Médoc (margem esquerda)

Super equilibrado, macio, com ótimo corpo. Aromas que vão evoluindo com o tempo na taça e que se confirmam na boca. Esse foi o meu preferido. Para apreciar sozinho, mas com uma carne com molho denso deve ficar ótimo!

 CHATEAU DE VIAUD-LALANDE 2009 –Merlot/Cab. Sauv. – Prod.: Gabart Laval em Lalande de Pomerol (margem direita)

Disseram que 2009 foi um bom ano em Bordeaux. Aqui podemos confirmar isso! Assim como o anterior, só que os aromas eram mais frutados e deixou uma sensação mais alcoólica na boca. Acho que estava pedindo mais tempo para degustá-lo. É…….como sempre digo: os vinhos falam e as vezes dão uma bronca na gente!

Mais um agradável encontro que só mostrou que regras no vinho não existem. Que mesmo a Merlot sendo a principal uva da margem direita, foram os vinhos desta região que apresentaram maior estrutura mostrando que a mão do enólogo faz muita diferença. Salute e kanimambo

Nesta Quarta – Degustação de Vinhos do MOVI na Vino & Sapore

         Dia 19 de Junho, degustação especial MOVI (Movimento Vinheteiro Independente) de vinhos Chilenos. Uma mostra do que um grupo de 21 pequenos produtores estão fazendo no Chile com uma produção total de meras 40.000 caixas ano! Novos sabores, conceitos e sonhos colocados em prática, verdadeiros vinhos de autor que traremos para esta degustação para lá de especial com sete rótulos surpreendentes e marcantes. RESERVE já seu dia 19 de Junho e faça sua pré-reserva ligando (11) 4612-6343 ( após as 15 horas hoje ou amanhã a partir das 10:30.) ou enviando sua mensagem para comercial@vinoesapore.com.br . Custo, pagos no ato da reserva, R$75,00 por pessoa com R$15,00 de crédito na compra de qualquer um dos rótulos em prova. Eis os vinhos: Lagar de Bezana Aluvión Gran Reserva Blend, Erasmo, Meli Carignan, Garage Lot 27 Carignan, Gillmore Hacedor de Mundos Cabernet Franc, Starry Nights Syrah Emocíon e Meli Riesling, alguns dos ótimos rótulos que este “movimento”  produz. Se quiser conhecer mais do MOVI, acesse este link >  http://falandodevinhos.wordpress.com/2012/11/14/movi-um-exemplo-chileno-a-ser-seguido-pelos-produtores-brasileiros  , uma bela opção aos vinhos de massificação industrial chilenos que assolam as prateleiras das lojas e supermercados brasileiros.

http://www.falandodevinhos.com/wp-content/uploads/2013/06/dsc02460.jpg

      Limitado a 12 participantes, porém ainda temos algumas vagas disponíveis então corra! Boa semana, salute e kanimambo. Amanhã tem Raquel Santos falando de mais experiências enófilas da confraria Saca Rolha.

O Valor das Notas No Vinho – 0-10/0-20/0-100/50-100?!

     Já comentei este tema por aqui e repito, são interessantes indicadores de qualidade a serem digeridos com uma certa parcimônia! São muitos os críticos que dão notas a suas avaliações, alguns até por aqui, já eu somente pratico pontuação quando participo Pontuaçãode concursos ou bancas degustadoras e isto se torna absolutamente necessário. No blog não o faço por uma questão filosófica!

    Há critico bom e outros nem tanto, há os que confio e outros nem tanto, tudo é uma questão de confiança e conceito. Uma vez mudaram os críticos convidados num importante evento de vinhos no Chile. Anualmente eram os críticos americanos os convidados e nesse ano foram europeus, para variar um pouco. O que se viu foi uma reviravolta geral nas premiações dadas! Uns preferem um estilo (maior extração e potência) e outros buscam um outro (maior elegância e complexidade), tudo acaba se resumindo numa quustão de preferências individuais e por isso essa notas são tão relativas.

     Pior é que uns dão notas de uma forma e outros de outras, então como entender e compará-las? Um dos críticos que acompanho, especialmente quando se trata de Espanha, é Penin. Lendo seu Guia de 2013 me deparei com esta tabela de equivalência que achei bastante interessante e decidi compartilhá-la com os amigos leitores, lembrando que Penin, por uma questão didática, adotou desde 1992 a pontuação americana como seu padrão. Neste padrão, que começa em 50 e é a que mais comumente usamos por aqui em nossa vinosfera tupiniquim, 50 a 59 é um vinho defeituoso/ruim, de 60 a 69 não recomendável, de 70 a 79 um vinho correto, de 80 a 84 um vinho bom, de 85 a 89 um vinho muito bom, de 90 a 94 excelente e acima disso um vinho excepcional lembrando que a perfeição não existe então, em meu conceito, 100 pontos não dou para nenhum vinho! Aliás, vinhos desse calibre (próximo dos 100 pontos) não são para serem pontuados e sim apreciados e contemplados preferencialmente de joelhos agradecendo a Baco pela oportunidade!

Equivalencia de NotasSalute, kanimambo e um ótimo fim de semana para todos>

Lágrimas Irresistíveis do Casa da Passarela Vinhas Velhas

      Já comentei aqui sobre o vinho básico deles o Colheita que é um achado nesta terra brasilis de preços nas alturas, vinho gostoso, fácil de se gostar e como diria meu amigo Rui Miguel, apetecível, por um preço bem camarada para os padrões locais. Pois bem, agora veio parar nas minhas mãos uma garrafa de Vinhas Velhas para prova, Mon Dieu!

     Foi abrir este 2008 e ser tomado por aromas inebriantes, um verdadeiro bouquet que seduz o mais cético e frio apreciador de vinhos, um ato de pura emoção. Vertendo seu néctar na taça, esta ficou tomada por longas, lentas e irresistíveis lágrimas que teimavam em decorar a taça! Na boca é pura elegância e aí um entende do porquê chamarem o Dão de a Borgonha portuguesa, mas é mais que isso, uma boa garrafa de vinho da região como este belo Vinhas Velhas, ganha uma complexidade e finesse com o tempo que deveria ser servido de fraque e cartola!

casa da passarela vinhas velhas

    Depois da primeira taça pedi uma deliciosa salteña argentina e fiquei ali sentado contemplando o verde e movimento da rua enquanto me deliciava com o vinho e uma gostosa e simples harmonização. Mais duas salteñas e mais duas taças e se não chegasse gente acho que não sobraria nada para contar a história!

   Não vou ficar aqui falando das qualidades organolépticas, eta palavra complicada (!!), do vinho porque este é pura emoção hedonística. É um vinho mais para quem quer sentir do que interpretar, mais para poesia do que para matemática, um vinho para curtir sem estar interessado em quantos por cento tem de que uva, um vinho para desfrutar sem parcimônia.

  Custa algo em torno das 130 pratas e a amiga Paula me convenceu! Salute, kanimambo e tendo a oportunidade, deixe-se levar pelo Casa da Passarela Vinhas Velhas, é uma viagem e tanto!

Feliz Dia dos Namorados

Um ótimo dia a todos aqueles que hoje podem compartilhar com alguém momentos de pura felicidade e amor. Que tenham sabedoria na escolha do vinho pois um bom coadjuvante só fará ressaltar o protagonista de hoje, o amor! Salute e a imagem é uma simples e modesta homenagem a todos os apaixonados de plantão! É hoje, é hoje, é hoje……

Loja vitrine interna abstract-wine-art-1

Pintura abstrata por Marcus Ashley

Vinhos – Discrimine

eric-asimov      Fuçando a net na busca de mais informações sobre as uvas gregas me deparo com este artigo de Eric  Asimov sobre vinhos gregos, escrito no New York Times em 23 de Maio deste ano em que ele comenta o que segue; “Não que eu tenha algo contra a Pinot Grigio, nas mãos de alguns dos grandes e dedicados produtores do Friulli e Alto-Adige esta uva produz vinhos encantadores, todavia a maioria é mundana. Porquê alguém que se preocupa com o que come e bebe deve se satisfazer com algo tão corriqueiro e lavado em vez de algo com caráter?

A indústria do vinho não tem nenhum problema com esse jeito de beber inconsciente. Ela alimente vendas e aumenta lucros promovendo a noção de “vinhos de entrada ou para iniciantes”, garrafas medíocres que visam facilitar a transição de novos consumidores antes que partir para coisas melhores. Baboseira, a idéia é meramente racionalizar os esforços de venda de milhões de garrafas de “mass market junk wine” ou seja, vinhos de baixa qualidade aos montes!

Discrimine, deixe de lado esses vinhos insípidos e vá direto ao que faz a diferença, os bons rótulos!”

        Concorde ou não, dá o que pensar não? O conselho no final, esse eu assino embaixo e não precisa gastar muito para isso, porém dar um passo além dos “Reservados” da vida é necessário!  Salute e kanimambo.

Tour Enogastrocultural pela Itália – Parte II

   Está confirmado sairemos dia 12 de Setembro pois dia 13 no final do dia já começamos com nossa programação em Florença. Aliás, na parte I deste curto resumo da programação desenvolvida falei da Toscana, por onde nosso tour se iniciará, porém agora dou sequência ao roteiro, vejam como ficou:

wine&food Logo

   Depois da Toscana disparamos rumo ao Veneto, mais especificamente a Verona onde montamos nossa base para alguns dias deliciosos! A caminho, já que passamos por Modena, não poderíamos deixar de dar uma passada no Museu da Ferrari e admirar uma das outras paixões italianas. No trajeto e tendo em mente nosso compromisso com o movimento Slow Food, pararemos em Rubiera, entre Reggio Emilia e Modena, para almoçar em um restaurante considerado um templo da cozinha Emiliana, gastronomia regional com um menu composto por entrada, prato principal, sobremesa e vinhos tudo no pacote!

   O Veneto e região são de uma riqueza vitivinícola ímpar com enorme diversidade sendo hoje o maior produtor de vinhos na Itália e Verona, Treviso, Padova e Veneza respiram história e cultura. Nós vamos atrás de tudo isso. Valpolicella, Bardolino, Soave, Recioto, Amarone, Prosecco, Grapas, a diversidade é enorme e começaremos nosso roteiro pelas vinícolas visitando a Cesari onde também teremos o prazer de almoçar após degustação e já está no cardápio o seu incrível Amarone Bosan!

   No dia seguinte sairemos para a região de Conegliano – Valdobiadenne, terra dos Proseccos onde conheceremos mais a fundo a elaboração desses espumantes festivos elaborados com a uva Glera, na Mioneto que produz espumantes há mais de 125 anos. Depois, um passeio por Treviso e em seguida vamos descobrir porquê a Pieropan já conquistou por 17 vezes, os 3 “bicchieri” do respeitado guia italiano Gambero Rosso com seus Soaves super especiais elaborados com a uva Garganega.

    Para descansar do Vinho e nos embriagarmos com cultura e história, um dia somente para descobrir a incrível Veneza. Para quem não tenha se satisfeito no dia, temos programados um segundo dia por lá ou, quem preferir, pode passar o dia descansando e descobrindo Verona. Como, no entanto, haverá gente com sede de conhecer mais vinícolas, preparamos um passeio opcional deveras interessante pois visitaremos a região mais saxônica da Itália, o Alto-adige e Trento. Afora conhecer a linda Bolzano cercada pelos Alpes e Trento origem de muitos de nossos patrícios italianos, teremos o prazer de almoçar e conhecer os divinos vinhos da premiadíssima Elena Walch elaborados com uvas diferentes como a Lagrein, Blauburgunder e Muller-Thurgau.

Clipboard Piemonte

    Depois de alguns dias por estas paradas, é hora de partir para o Piemonte e mais um trecho de experiências enogastronomicas de tirar o chapéu! Nosso primeiro destino será o restaurante L’Osteria dell’Arco, fundado em 1986,é o segundo do circuito do Slow Food Osteria, a cozinha inconfundível do restaurante segue as tradições de Langa e Roero com os gostos do paladar atual. O almoço será à base de pratos regionais e Fortalezas Slow Food (produtos que estiveram em risco de extinção que o movimento apoia). Seguimos depois para a Feira Artesanal de Queijos (pouco mais de 3000 metros quadrados com queijos de 12 países) promovida pelo movimento Slow Food em Bra a cada dois anos.

    No dia seguinte, visita à cidade de Alba e ao mítico Pio Cesare, um produtor que é pura história já que produz seus vinhos a poucos metros da praça central desde 1881, e que vinhos! Almoço e visita a um pequeno (somente 45 mil garrafas ano) e marcante produtor Piero Buso.

    Pela manhã do dia seguinte, uma visita com provas na Banca del Vino antes de nos aventurarmos na companhia de um Trifulau numa caçada ás raras e famosas trufas brancas da região sendo que o almoço será á base de pratos com esta iguaria. Para finalizar mais um grande dia, uma visita com degustação à famosa e premiada vinícola de Renato Ratti. Dia cheio esse!

    Finalizaremos nosso roteiro em Turin famosa por seu acervo histórico, cafés antigos e chocolates ímpares e que, obviamente, provaremos. Nosso jantar de despedida se dará no Restaurante Solferino no centro histórico da cidade.

Clipboard Torino

    Chegamos na parte triste desta viagem, a volta! Sim, tudo o que é bom acaba mais rapidamente do que gostaríamos, porém as lembranças, como um bom vinho, certamente ficarão persistentes em nossas memórias! Para quem quiser detalhes da viagem, fico ao dispor, basta me enviar uma solicitação.

   Por hoje é “só”, mas com esta segunda e última parte do roteiro, certamente a semana já será de muito pensar! Salute, kanimambo e esta semana ainda falarei de alguns vinhos e eventos de que participei e valem sua “conferida”!