Salvaguardas – o Mundo Questiona o Protecionismo do Brasil

        Tanto fizeram que conseguiram! Quando as razões não fazem sentido e não há justificativa plausível, o mundo é contra e só “elles” enclausurados em seus castelos ainda seguem recitando seus mantras!

1 – Deu no Estadão, um dos principais jornais paulistas e brasileiros.

Jamil Chade, correspondente de O Estado de S.Paulo

GENEBRA – Os maiores exportadores de vinho do mundo levam queixas às reuniões da Organização Mundial do Comércio (OMC) contra o Brasil, que anunciou recentemente estudar a imposição de salvaguardas contra o vinho importado. Produtores nacionais já indicaram que esperam que a medida seja válida por três anos.

Uma coalizão de países que inclui Chile, Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia e África do Sul, além de países europeus, cobrou respostas por parte do Brasil ontem, em Genebra, apelando para que as investigações realizadas no País estejam em conformidade com as leis internacionais e exigindo explicações sobre o motivo da medida protecionista.

Não se trata ainda de uma disputa nos tribunais da OMC, e não haverá, por enquanto, um processo judicial. Mas a decisão dessa série de governos de levar o assunto a um encontro na entidade serviu de recado ao governo brasileiro de que esses países vão defender seus interesses, inclusive nos fóruns internacionais.

Essa é a primeira vez, porém, que as críticas vêm tanto de países ricos quanto de outros emergentes. O Brasil anunciou a abertura de uma investigação para estabelecer salvaguardas contra vinhos de qualquer origem, exceto dos países do Mercosul (Argentina, Uruguai e Paraguai).

Produtores nacionais não escondem que a meta da barreira é a de permitir que o setor nacional possa ganhar competitividade e a esperança é a de que sejam estabelecidas cotas. O que se quer evitar é que o crescente mercado consumidor de vinho nacional acabe dominado por marcas estrangeiras. Dados oficiais indicam que, em 2010, o Brasil importou 75,3 milhões de litros de vinho. Desse total, 26,5 milhões de litros vieram do Chile, ante 18 milhões da Argentina, 13 milhões da Itália e 8 milhões de Portugal.

Briga. Na sexta-feira, 27, não por acaso, os chilenos foram os maiores queixosos. Segundo a delegação de Santiago, suas exportações seriam as mais afetadas, lembrando que seus principais concorrentes – Argentina e Uruguai – ficarão isentos da barreira por serem parte do Mercosul.

A Europa também questionou o Brasil. Segundo a missão europeia, Bruxelas tem pelo menos quatro preocupações. A primeira é o fato de que apenas um tipo de vinho está sob investigação, e cobra explicações sobre o motivo pelo qual esse segmento foi escolhido. Bruxelas ainda alerta que não houve um aumento drástico na exportação de vinhos para o Brasil nos últimos dois anos, insinuando que não haveria motivo para a salvaguarda.
 
A UE ainda alertou que a presença do vinho estrangeiro no mercado nacional, mesmo que represente 80% do consumo, teria pouco impacto na produção nacional e não haveria sinais de prejuízos aos fabricantes brasileiros. Segundo os europeus, os produtores nacionais estão “desfrutando de altas vendas e lucros”.

A Europa ainda criticou o fato de a Argentina ter ficado isenta da barreira, apesar de ser um dos principais exportadores de vinhos ao Brasil.

A União Europeia já havia manifestado ao Brasil preocupação em relação à atitude. O comissário de Agricultura europeu, Dacian Ciolos, enviou uma carta às autoridades brasileiras no dia 15 de março, justamente alertando que a barreira não seria justificável. Na Europa, produtores vêm enfrentando uma concorrência cada vez mais acirrada do vinho do “Novo Mundo”, e o fechamento do mercado brasileiro seria mais um golpe.
Ontem, na OMC, o governo americano também alertou ao Brasil que está “monitorando o caso” e diz “compartilhar as preocupações” de outros exportadores.

O governo brasileiro, como vem adotando em outras disputas, afirmou que está convidando as delegações de Austrália, Chile, África do Sul e Estados Unidos a participar de consultas bilaterais e investigações em curso no Brasil.”

2 – Conforme comunicação recebida do Carlos Arruda, Academia do Vinho, o Comité de la Communauté économique européenne des Industries et du Commerce des Vins, Vins aromatisés, Vins mousseux, Vins de Liqueur et autres Produits de la Vigne (CEEV) já apresentou um requerimento solicitando o arquivamento do processo de Salvaguardas como peticionado pela Ibravin, Uvibra e Cia, patrocinados pelos grandes produtores de vinho brasileiro. Já tinha aqui comentado de que tecnicamente essas Salvaguardas não passam por falta total de embasamento e da premissa básica essencial aos processos desta natureza, “prejuízo grave ou risco de” baseado em dados públicos divulgados nos próprios sites desses produtores assim como por seus assessores de imprensa. A CEEV no entanto, com todo o seu expertise, vai bem mais fundo e faz uma análise detalhada e muito bem construída que vem demonstrar a falácia apresentada pelos peticionários ao Ministério e que os levou a uma primeira análise equivocada. Vale muito a pena acessar este link ( http://www.academiadovinho.com.br/fotos/Manifestacao_CEEV.pdf) e ler as muitas páginas que compõem esse requerimento, mas duas coisas me chamaram a atenção:

  • A alegação das Peticionárias de que a redução do consumo na europa iniciou inesperadamente em “meados de 2009” é simplesmente falsa. É fato que o consumo de vinho na Europa segue uma tendência decrescente há diversos anos. Essa tendência decrescente no consumo de vinho europeu é devida a questões estruturais. Os consumidores europeus alteraram, durante um período de 20 a 30 anos, os seus padrões de consumo: passaram a consumir vinhos de qualidade mais alta e de forma mais moderada e responsável. O consumo de vinho na Europa reduziu em 15 milhões de hectolitros nos últimos 20 anos, com um decréscimo de mais de 20% nos países que são tradicionais produtores (França, Itália, Espanha e Portugal) desde 1996. Essa tendência estrutural se manteve estável por diversos anos, conforme demonstrado na tabela do Anexo 1. O impacto da crise econômica (sentido com maior força em 2008 e 2009) é dificilmente visível nos dados de consumo. Consequentemente, a redução do consumo de vinho na Europa não pode ser descrita, conforme alegam as Peticionárias, como “evolução imprevista das circunstâncias”. Trata-se de um fenômeno conhecido, que foi desenvolvido durante diversos anos e é desconexo com a recente crise econômica. A redução do consumo europeu de vinho é uma tendência estrutural que é completamente desconexa da crise econômica e financeira de 2008/2009.
  • O padrão estabelecido pelo Órgão de Apelação da OMC requer os seguintes fatores: “É necessário que as autoridades analisem importações recentes, e não simplesmente as tendências durante os últimos cinco anos – ou, para essa finalidade, durante qualquer outro período de diversos anos.  De fato, os dados apresentados pela Circular são imprecisos, pois se baseiam em um período de 5 anos, de 2006 a 2010, e não contém dados recentes (2011 e o início de 2012). Isso afeta a relevância das provas apresentadas e está em discrepância com os requisitos estabelecidos pelo Órgão de Apelação da OMC. De fato, as estatísticas disponíveis de 2011 demonstram que não houve aumento nas importações de vinhos classificados no código 22.04.21.00 (aumento de 3% em comparação a 2010).

De qualquer modo, os dados apresentados na Circular (até 2010) demonstram uma tendência estável no aumento de importações de vinhos finos no Brasil, ao invés de um surto “repentino, recente e acentuado”, conforme exigido pela jurisprudência da OMC. A única aceleração genuína de importações de vinho fino pode ser notada em 2010. Isso pode ser explicado pelo fato de que as autoridades brasileiras introduziram uma nova regulação fiscal (selo de controle) no referido ano. De modo a evitar esse custo adicional, importadores reorganizaram a cadeia de fornecimento para importar vinhos antes da entrada em vigor da referida medida., coisa que começa a repetir neste inicio de 2012 com as ameaças de estabelecimento de eventuais salvaguardas. Esse evento específico inflou artificialmente o nível de importações em 2010, mas os dados de 2011 demonstram que o aumento nas importações notado em 2010 não foi contínuo. O Anexo 4 contém artigos confirmando os efeitos da imposição da medida supracitada pelo governo brasileiro em 2010, dentre os quais há um comunicado de imprensa do próprio IBRAVIN reconhecendo que as importações voltaram a se estabilizar em 2011 após o impacto da nova regulação fiscal ser absorvido pelo mercado.

Em suma, os fatos apontam claramente que:

  • Nenhuma “evolução imprevista das circunstâncias” pode ser comprovada, que possa ter resultado em um aumento de importações de vinhos finos no Brasil.
  • O aumento de importações do produto investigado não é recente, repentino ou acentuado, conforme requerido pelas normas e jurisprudência da OMC.

 O caldo está engrossando! No geral, quanto mais vejo o que os peticionários escreveram e o que falam, mais me lembro de uma frase que li um dia em algum lugar, de que “estatistica é a arte de torturar os números até que alcancem o resultado desejado”! 

Salute e kanimamb0.

Dica da Semana

       Mau tempo, fim de semana prolongado prejudicado, você por aqui sem nada para fazer? Resolvido, já tem! Segunda (30/04) às 20 horas tem degustação de vinhos australianos na Vino & Sapore. Transito tranquilo e melhor, ainda dá para acordar tarde na Terça!! Mas tem mais; Curso de Degustação dia 22, novo projeto do Breno Raigorodski e promoção de vinhos. Veja mais abaixo e Guilherme, não que vir na Segunda não? rs

Vinhos da Austrália – Para quem não vai viajar no fim de semana prolongado, encontro na Vino & Sapore nesta Segunda, ás 20:00 para uma degustação temática com os vinhos da Austrália. No evento, apresentação da região e prova de vinhos diversos mostrando que os vinhos de “down under” vão bem além do Shiraz, com vinhos escolhidos pessoalmente por mim inclusive um saboroso vinho produzido com a rara cepa Saint Macaire. Reservas antecipadas para somente 12 pessoas (só sobraram 4 vagas!) já se encontram disponíveis. Preço desta degustação temática é de R$45 com 10% de desconto para grupos de duas pessoas ou mais e ainda um crédito de R$15,00 na compra de qualquer um dos rótulos degustados. Ao final, para acompanhar o Element Late Harvest serviremos uma torta ou strudel de maçã, IMPERDÍVEL!! Ligue para (11) 4612.6343 ou 1433 e, se preferir, via mail para comercial@vinoesapore.com.br.

  • Calabria – 100% Saint Macaire um vinho delicioso com uma uva desconhecida à maioria.
  • Tatachila Keystone – um corte a la Cote Rotie, Shiraz com Viognier, porém com a alma australiana.
  • Richland Shiraz – um de meus melhores achados dos últimos tempos, leva 14% de Durif!
  • Oxford Landing GSM – corte que vem crescendo em importância tanto por lá quanto em outras regiões; Grenache, Shiraz, Mouvédre.
  • Brokenwood Cricket Pitch – complexidade resultante de um delicioso blend de Cabernet Sauvignon, Merlot e Shiraz,
  • Element Semillon Late Harvest – incrível acidez que resulta num conjunto muito bem equilibrado, fresco e fácil de beber. Irá acompanhar uma sobremesa à base de maçã! Um late harvest de 750ml que surpreende com sua ótima relação Qualidade x Preço x Prazer.

Para finalizar, os saborosos cafés  gourmet do Ateliê do Café! Vai perder?!!!!

Curso de Degustação com Inês Cruz dia 22/05,  enóloga portuguesa radicada no Brasil. Para iniciados e iniciantes, uma aula de cerca de duas horas com posterior degustação de três vinhos, para praticar a teoria aprendida. Uma forma de melhorarmos nossa percepção dos caldos na taça e no palato. Eis o roteiro do que será ministrado no dia:

A Vitis vinífera

Ecossistema Vitícola – Terroir

Classificação dos diversos tipos de vinhos  – Brancos, Rosés, Tintos, Tranquilos, Frisantes, Espumantes, Vinhos de Sobremesa e Fortificados.

Princípios de degustação

Critérios para apreciação e prova de vinhos

  • Visão – Aspecto, Limpidez, Intensidade e Cor
  • Olfato – Limpeza do Cheiro, Intensidade, Desenvolvimento, Caráter da Fruta
  • Paladar – Doçura, Acidez, Tanino, Álcool, Caráter da Fruta, Intensidade e Final
  • Os sabores elementares – Doce, Ácido, Salgado e Amargo
  • Classificação dos aromas do vinho – Aromas primários, secundários e terciários

A guerra das rolhas – Rolha de cortiça vs. Rolha sintética

O serviço do vinho – Acessórios, Temperatura e Decantação

Interpretação do rótulo e contra-rótulo

Armazenamento e guarda – Condições ideais para a conservação do vinho

Degustação – Três rótulos a serem definidos, provando na prática a teoria dada!

          O custo de investimento, pago no ato da reserva, será de apenas R$150,00 sendo que grupos de duas pessoas ou mais terão desconto de 10%. Somente 12 pessoas então reserve logo e garanta seu lugar. Como não poderia deixar de ser, rs,este é mais um evento promovido na Vino & Sapore (veja mais informações no site com link aqui do lado) então estarei por lá e em Julho teremos um módulo de aula de Harmonização ainda em data a ser definida, mas assim que tiver detalhes aviso!

Saber Sabor – um novo projeto de meu amigo Breno Raigorodski, profundo conhecedor de nossa vasta enogastronomia, que pretende trazer aos amantes do sabor uma enxurrada de emoções e experiências sensoriais intensas. Só coisa fina, podem ir em frente que vindo dele certamente essas experiências serão inesquecíveis. o primeiro módulo, será Bordeaux e começa dia 7/05. Veja mais abaixo:

Promoção de Vinhos, Aproveite o Feriado – Para ajuste de portfolio abrindo espaço para novidades, já a partir desta Segunda (30/04, chegue mais cedo para a degustação e aproveite) mais de trinta rótulos com descontos variados de até 40%. Eis uma lista de rótulos, apenas parte do que estará por lá, para você aproveitar e já se estocar para o inverno. Temos rótulos com apenas uma garrafa e, no máximo, seis garrafas então o que vai imperar é a diversidade não a quantidade “so”, como já dizem os ingleses, venha logo porque “the early bird catches the worm” e quem chegar tarde vai perder os melhores vinhos:

  • Montessu, Villard Gran Vin, Calvulcura, Quinta Mendes Pereira Reserva Touriga Nacional,  Rocca de la Macie Sasyr, Pacifico Sur Pinot Noir, Crios Malbec, Crios Rosé, Quinta do Vallado Douro, Strabon Crianza Plata, Cavas de Crianza Blend, Don Giovanni Espumante Moscatel e Stravagganza, Don Giovanni Merlot, Tomero Cabernet e Malbec, Vistalba Corte C, Entre II Santos, Marco Luigi Reserva da Familia Brut, Casa Marin Pinot, Batassiolo Barbaresco, Caligiore Bonarda, entre diversos outros, inclusive uma vodka da Estonia e um gin inglês!

Aguardo você. Salute, kanimambo e um ótimo fim de semana apesar do tempo algo fechado por aqui em Sampa. Bom para tomar vinho!!

Salvaguardas – Carta Aberta

        Já publiquei aqui carta aberta do Ciro Lila, nota da Ibravin, manifestação de produtores e agora mais uma, desta feita das associações que representam importadores e supermercados que certamente já formalizaram, junto ao MDIC, defesa mostrando a falácia das informações fornecidas pela Ibravin em sua petição.  Boa parte do que consta aqui já foi comentada por muitos de nós, porém importante que esta nota oficial tenha sido finalmente publicada e, mais uma vez, se estende a mão à Ibravin, Uvibra e Cia com proposta conciliadora porém, a meu ver, não se negocia com a faca no pescoço e está passada a hora do pessoal da Ibravin mostrar também um minimo de disposição ao debate e não ao embate. Enfim, esperemos que neste imbroglio ainda apareça uma luz e o bom senso prevaleça sobre a xenofobia e o protecionismo. Se quiser aumentar a imagem, clique duas vezes sobre ela.

 

Expovinis 2012 – TOP 10 e +

            De acordo com nota do Marcelo Copello e revista Bacco, “O juri deste ano foi composto dos seguintes degustadores: o português Luis Lopes, fundador e diretor da Revista de Vinhos, Andrés Rosberg, presidente da Associação Argentina de Sommeliers, Jorge Carrara (da revista Prazeres da Mesa e site Basilico), José Maria Santana (revista Gosto), Gustavo Andrade de Paulo (ABS-SP), José Luiz Alvim Borges (ABS-SP), Ricardo Farias (ABS-Rio), Mauro Zanus (Embrapa-RS), Marcio Oliveira (SBAV-MG), José Luiz Pagliari (SBAV-SP/Senac-SP), Roberto Gerosa (portal iG) e Celito Guerra (Embrapa).”

Confira o resultado:

CATEGORIA : ROSÉ

NOME – Château de Pourcieux Côtes de Provence

SAFRA – 2011

PRODUTOR – Château de Pourcieux

PAÍS – França

REGIÃO – Provence

IMPORTADO POR: CANTU

CATEGORIA : TINTO NOVO MUNDO

NOME – Bellingham – The Bernard Series Small Barrel
S.m.v.

SAFRA – 2009

PRODUTOR – Bellingham

PAÍS – África do Sul

REGIÃO – Paarl

SEM IMPORTADOR NO BRASIL

CATEGORIA: TINTO NACIONAL

NOME – Testardi Syrah

SAFRA – 2010

PRODUTOR – Miolo Wine Group

PAÍS – Brasil

REGIÃO – Vale do São Francisco

APRESENTADO POR: MIOLO WINE GROUP

CATEGORIA: TINTO VELHO MUNDO

NOME – Casa de Santa Vitória Touriga Nacional (Gostei mais do Inevitável, um grande vinho elaborado com Cabernet e Syrah)

SAFRA – 2008

PRODUTOR – Casa de Santa Vitória

PAÍS – Portugal

REGIÃO – Alentejo

APRESENTADO POR: CASA DE SANTA VITÓRIA/CVR ALENTEJO

SEM IMPORTADOR NO BRASIL

CATEGORIA: ESPUMANTE NACIONAL

NOME – Quinta Don Bonifácio Habitat Brut

PRODUTOR – Quinta Don Bonifácio

PAÍS – Brasil

REGIÃO – Serra Gaúcha

APRESENTADO AO CONCURSO POR: QUINTA DON BONIFÁCIO

CATEGORIA: ESPUMANTE IMPORTADO

NOME – Lanson Brut Rosé

PRODUTOR – Lanson

PAÍS – França

REGIÃO – Champagne

IMPORTADO POR: IMPORTADORA BARRINHAS

CATEGORIA: BRANCO VELHO MUNDO

NOME – Trimbach Riesling Cuvée Frederic Émile

SAFRA – 2004

PRODUTOR – Pierre Trimbach

PAÍS – França

REGIÃO – Alsácia

IMPORTADO POR: ZAHIL IMPORTADORA

CATEGORIA: BRANCO NOVO MUNDO

NOME – Undurraga T.H. Sauvignon Blanc

SAFRA – 2011

PRODUTOR – Viña Undurraga

PAÍS – Chile

REGIÃO – San Antonio

IMPORTADO POR: ABFLUG

CATEGORIA: BRANCO NACIONAL

NOME – Sanjo Maestrale Integrus

SAFRA – 2010

PRODUTOR – Sanjo

PAÍS – Brasil

REGIÃO – São Joaquim

APRESENTADO POR: ACAVITIS

CATEGORIA: DOCES E FORTIFICADOS

NOME – H&H – Medium Rich Single Harvest

SAFRA – 1998

PRODUTOR – Henriques & Henriques

PAÍS – Portugal

REGIÃO – Madeira

APRESENTADO POR: VINHOS DE PORTUGAL

IMPORTADO POR: ZAHIL IMPORTADORA

        Vamos ver se amanhã falo um pouco do muito que ocorreu em nossa vinosfera nesta intensa semana de Debate do Vinho, Encontro de Vinhos OFF e Expovinis entre outras coisas como o Winebrands Lounge e o delicioso encontro com o Champagne Louise Brison , Cave Jado no gostoso e aconchegante La Frontera. Muitas emoções que culminaram numa única e excepcional degustação que foi um enorme privilégio para os poucos presentes que aplaudiram de pé o produtor. A vertical histórica prova de Portos Tawny Colheita da Andresen; Treze vinhos iniciando por 1998 e terminando no longínquo ano de 1900!!!!! Foi de chorar, realmente, e ao final não pude deixar de sentir os olhos humidos pelo momento supremo vivido pois beber história e cultura com mais de 100 anos, é coisa de outro mundo para um pobre mortal! Muito obrigado ao Carlos e Essência do Vinho (Rui Falcão)  pela oportunidade e concordo com o Rui, se existe algo perfeito nessa vinosfera global, esse provavelmente é o Andresen Tawny Colheita 1910. Kanimambo!!!

Salvaguardas – De Luto Contra as Salvaguardas na Expovinis

     Manifestação pacífica e cidadã dos amantes do vinho em terras brasilis. Quem for à Expovinis e Debate do Vinho no Brasil (Fecomercio) e compartilhar da mesma indignação pelo que a Ibravin e seus patrocinadores estão querendo armar contra nós consumidores, demonstre seu desagravo indo de preto! Não esqueça, aproveite e IGNORE-OS também. Para ver quem é quem, clique aqui.

Salvaguardas – Convocação Geral

         Salvaguardas, chegou o momento de mostrar nossas caras! O assessor de imprensa da malfadada Ibravin, de acordo com o blog do Didu, postou em sua página do Face a seguinte frase, “Restam poucos “chatos da salvaguarda” em atividade. Cansou!”. Parece-me que se arrependeu da asneira dita, ou alguém mais acima se tocou do disparate e lhe instruiu a retirar, porém não mais está lá!
        Mais uma vez, o total despreparo e erro de estratégia desse pessoal que decidiu vir de forma truculenta para o embate destrutivo e separatista em vez de escolher o caminho construtivo do debate, vem á tona desrespeitando consumidores e enófilos de plantão. Acreditam que vamos esquecer este golpe que estão armando e que tratam de nos forçar goela abaixo. Que brasileiro é bonzinho e vai deixar para lá, sem boicotes ou qualquer ação contrária. Que não estamos unidos nesta imensa manifestação que prega o Não às Salvaguardas ao Vinho Nacional, pelo direito de escolha e por reduções de tributos.
       Nesta próxima semana de importantes feiras do setor, Encontro de Vinhos Off e Expovinis em especial, vamos dar a resposta adequada a esse arrogante e deselegante assessor de imprensa da Ibravin? TODOS DE LUTO circulando nas feiras de preto ou com algo similar (braçadeira, laço na lapela, etc) evitando e ignorando os eventos da Ibravin, que tal deixá-los vazios (será que entenderiam, finalmente, o recado?) e IGNORAR os estandes dos coronéis do vinho que não se dignam a descer do pedestal e nos dar uma resposta objetiva do por quê de tanta truculência e se aprovam ou não as ações da Ibravin? Gente que patrocina o pedido de salvaguardas como; Miolo, Aurora, Lovara, Don Giovanni, Domno, Valduga, Perini, Garibaldi, etc. ou pelo menos aparentam fazê-lo porque insistem em permanecer calados apesar dos insitentes questionamentos, IGNORE-OS como eles insistem em fazer conosco!
     Cada reação depende do tipo de ação e creio que as ações, atitudes e postura desse pessoal já está mais que clara para todos e essa última manifestação do assessor de imprensa só vem reiterar isso. Esse tipo de gente só entende uma linguajem e, lamentavelmente, não é a da sutileza! Tem que ser claro, objetivo, ações contundentes e cidadãs sem descambar para a falta de educação, a xenofobia ou agressividade. Temos que nos manifestar na paz, mas de forma concreta e clara para que não pairem duvidas do que achamos dessa excrecência chamada Salvaguardas. Não concorda com o que está sendo pleiteado por esse pessoal, então marque sua posição e mostre seu descontentamento, as armas estão aí, basta usá-las e convocar todos os amigos que estarão na feira para fazer o mesmo. Como diz o Lalas, BASTA de abusar de nossa paciência, BASTA de nos desrespeitar, BASTA de nos fazer de idiotas, BASTA de acharem que somos!
Assinado
Um Chato CONTRA as Salvaguardas, porque Chatos das Salvaguardas, são eles! Salute e kanimambo.

Dicas da Semana

       Semana cheia esta próxima! Afora os mais diversos eventos paralelos que acontecem em Sampa, temos dois que são imperdíveis; o Encontro de Vinhos OFF e a Expovinis, cada um com seu estilo. Quero aproveitar, no entanto, para antes de falar desses eventos fazer aqui uma chamada geral a todos aqueles que são contrários ao pedido de Salvaguardas ao Vinho Nacional. Se você, como eu, é contra essa excrecência defendida pelos coronéis do vinho brasileiro, aproveitemos este momento para demonstrar, pacifica e ordeiramente, nosso repudio de duas formas:

  • Vamos de preto mostrando nosso luto pelo que estão, teimosamente, tentando nos impor. Uma blusa, camisa, camiseta, braçadeira, laço na lapela pretos, quanto mais melhor!
  • Ignoremos os estandes dos coronéis, esvaziemos os eventos deles e da Ibravin. Mostremos nosso repudio da mesma forma que eles fazem conosco, IGNORANDO-OS!

Se concordar, avise os amigos e divulgue a demonstração lembrando que, quem perde a educação perde também a razão, então tudo na paz! Mas vamos aos eventos:

Segunda-feira (23) Encontro de Vinhos Off de meus amigos Daniel e Beto. A partir do meio-dia já estarei lá provando e ajudando a eleger os TOP 5 do evento. O lugar é um jardim, vamos torcer por bom tempo, muito agradável onde poderemos provar mais de 150 vinhos e conversar com importadores e produtores de forma informal e sem a zorra, legal mas zorra nevertheless, da Expovinis. Sem frescuras como tem que ser nossa vinosfera, descontraido e simpático, é esse o ambiente em que somos recebidos nesta mais que conceituada pizzaria, a Bendita Hora. Ingressos a R$60 estão sendo vendidos na porta, mas tem também na Vino & Sapore (pessoal do Butantã, Embu, Cotia, São Roque, Carapicuiba, Granja Viana – passem lá até Sábado já que estarão abertos no feriado). Para mais detalhes veja meu post anterior sobre o tema clicando aqui. Uma última coisinha, as vendas estão liberadas então certamente alguns dos expositores terão alguma coisa a vender por lá. Não será geral, mas…..

Terça, Quarta e Quinta-feira (24, 25 e 26) tem Expovinis 2012, o maior e mais importante evento vínico da América Latina. Uma verdadeira viagem de descobrimentos onde se podem provar algumas centenas, quiçá milhares, de vinhos que já estão no mercado e outros nem tanto. Uma verdadeira festa para os amantes dos caldos de Baco, porém há que se montar roteiros pois as distrações e tentações são imensas! Comece pelos brancos e espumantes, marque os principais estandes que quer visitar, tome muita água, cuspa muito! Vá e volte de metrô, van ou taxi, porque aqui os excessos serão difíceis de serem controlados e a segurança tem que ser preservada. Para quem puder, vá pelo dois dias pois é uma imensidão de coisas a conhecer. Para quem quiser mais informações, acesse o site

Segunda -feira (30/04) – Para quem não foi viajar no fim de semana prolongado, encontro na Vino & Sapore, ás 20:00, degustação temática com os vinhos da Austrália, que não estarão nem no Encontro de Vinhos nem na Expovinis. melhor ainda, no dia seguinte dá para acordar mais tarde!! No evento, apresentação da região e prova de vinhos diversos mostrando que os vinhos de “down under” vão bem além do Shiraz,  com vinhos escolhidos pessoalmente por mim inclusive um saboroso vinho produzido com a rara cepa Saint Macaire. Reservas antecipadas para somente 13 pessoas já se encontram disponíveis. Preço desta degustação temática é de R$45 com 10% de desconto para grupos de duas pessoas ou mais e ainda um crédito de R$15,00 na compra de qualquer um dos rótulos degustados. Ao final, para acompanhar o Element Late Harvest serviremos uma torta ou strudel de maçã, IMPERDÍVEL!! Ligue para (11) 4612.6343 ou 1433 e, se preferir, via mail para comercial@vinoesapore.com.br .

Sem mais por hoje, salute kanimambo e um ótimo final de semana para todos.

Salvaguardas – Hamlet e o IBRAVIN.

       Luís Henrique Zanini é enólogo, winemaker (Vallontano) e poeta. Quando ele fala, nós reles aprendizes nos curvamos e admiramos a obra. Desta vez ele extrapolou num texto curto e direto, algo que não consigo fazer, que li no Face do Alexandre Lalas e não poderia deixar de compartilhar com os amigos.

Semana passada assistimos estupefatos ao vídeo de um programa em que a Dra. Kelly Bruch, assessora jurídica do IBRAVIN, de forma deselegante acusa o Sr. Adolfo Lona, de ter posição contrária a salvaguarda pelo fato de ser argentino. Como diria Shakespeare “há algo de podre no reino da Dinamarca”. A falta de um pedido de desculpas público por parte do IBRAVIN ao Sr. Adolfo Lona e a estratégia do silêncio das grandes indústrias em relação ao pedido de salvaguardas tem a mesma raiz: a prepotência e a arrogância. Se este comportamento não mudar, em breve, o vinho brasileiro corre o risco de desaparecer, com ou sem salvaguardas. “Olhos em tacto, tacto sem vista, ouvidos sem mãos ou olhos, olfato sem nada, a mais insignificante parte de um só e são sentido, teria bastado para impedir esta estupidez. Oh! Vergonha! Onde está teu rubor?” (Hamlet)”

Truco! Precisa comentar algo? Não né, só tirar o chapéu para o mestre! Salute e kanimambo Zanini, que belo e certeiro texto!!! Melhor que isso, só lendo isso acompanhado de seu divino espumante Extra Brut.

VinoPiadas da Semana

       Nesta semana, mais duas Vino Piadas para você curtir lembrando que nossa campanha contra a adoção de Salvaguardas ao vino nacional segue e temos que nos mobilizar no Encontro de Vinhos Off e Expovinis na semana seguinte. Todo mundo de luto, ordeiramente e sem radicalismos, usando algo preto e ignorando os ditos cujos, vamos participar?!

O Degustador Participação de Dalmo M.

O degustador oficial de uma importadora de vinhos faleceu e o diretor começou a procurar por um novo a quem pudesse contratar. Um beberrão com aparência suja e maltrapilha veio até a loja para se candidatar ao cargo.

Ao ver o homem, o diretor começou a imaginar uma forma de mandá-lo embora. Deram então a ele uma taça de vinho.

Após beber, o homem disse: “É um Moscato, três anos de idade, cultivado no norte, amadurecido em containers de aço, não é da melhor qualidade mas é aceitável.”

“Está correto!”, disse o diretor surpreso. “Mais uma taça…”

É um Cabernet Sauvignon, oito anos de idade, do sudoeste, barris de carvalho francês de primeiro uso, fermentado a 18 graus, ainda precisa de mais três anos para melhores resultados.”

“Correto novamente”, disse o diretor. E então se seguiu uma terceira taça…

É um Champagne Blanc de noir safrado, provavelmente de 98, muito equilibrado e exclusivo”, disse calmamente o beberrão.

O diretor, a esta altura já espantado com tanta capacidade, piscou para sua secretária sugerindo algo diferente.

A secretária deixou então a sala, e voltou em seguida com uma taça cheia de urina.

O alcóolatra provou e disse, “É uma loira, 26 anos, três meses de gravidez… e se você não me der o emprego, digo o nome do pai da criança!”

 

InsôniaParticipação de Affonso G.

Dois amigos que padecem de insônia conversando:

_ O que você faz quando a insônia está braba?

 

_ Eu bebo uma boa taça de vinho!

 

_ E funciona?

 

_ Não, o sono demora do mesmo jeito…

 

_ !?

 

_ Mas a espera fica muito mais agradável!
 
Por hoje é só, mas a luta continua! Salute e kanimambo pela visita.

 

Salvaguardas – Tecnicamente não Passa!

       Dando uma resposta aqueles que desejam um debate técnico decidi tocar nesse tema e fica muito claro que, se houver seriedade por parte dos técnicos do Ministério, e acredito que assim seja, esse pedido de Salvaguardas não passa porque os argumentos apresentados são fracos para se sustentar e é um tremendo risco econômico e politico pois as eventuais retaliações podem custar muito mais caro ao país!

1 Vejamos, qual a razão da existência de Salvaguardas?  De acordo com o site do MDIC >  “As medidas de salvaguarda têm como objetivo aumentar, temporariamente, a proteção à indústria doméstica que esteja sofrendo prejuízo grave ou ameaça de prejuízo grave decorrente do aumento, em quantidade, das importações, em termos absolutos ou em relação à produção nacional, com o intuito de que durante o período de vigência de tais medidas a indústria doméstica se ajuste, aumentando a sua competitividade”.  Tendo como base essa premissa e o pleito apresentado pela Ibravin, Uvibra e Cia. por conta e ordem do oligopólio produtor nacional, leia-se Miolo/Lovara (mesmo que Miolo)/Aurora/ Salton (que depois voltou atrás) e outros como Perini, Garibaldi, Don Giovanni, etc. e o que esses mesmos produtores e entidades divulgam na imprensa, fica claro que houve erro de informações/comunicação entre os peticionários e seus seguidores ou má fé, na qual prefiro não acreditar dando-lhes o beneficio da duvida, com graves consequências tanto jurídicas como morais já que 2011, mas palavras deles mesmos, mostra grande recuperação versus o que eles alegam e consta da Circular do MDIC – “Considerando os anos extremos da série, 2006 e 2010, a receita acumulou declínio de 11,2%.”:

  • Site da Miolo: “É a maior exportadora brasileira de vinhos e está entre as três principais produtoras de espumantes, com participação de 15% no mercado. Em 2009, seu faturamento foi R$ 95 milhões, 32% acima do de 2008. “Todas as linhas têm mantido um crescimento constante. Nosso objetivo é fortalecer cada marca e aumentar a participação de mercado”, explica o diretor comercial Alexandre Miolo. A empresa projeta, para 2011, crescimento 30% nas vendas do produto no mercado interno. A linha superpremium – que engloba o Bueno Prestige e o Millésime – registrou crescimento ainda maior, de 50%. Estamos nos preparando para consolidar em 2020 nossa posição como líder nacional na produção de vinhos finos e espumantes e figurar entre os três maiores grupos de vinhos da América do Sul.” Por curiosidade, 2012 + 8 de Salvaguardas = 2020 e nós pagamos a conta!
  • Noticias no site da Perini: “A convenção anual de vendas da Vinícola Perini, realizada na sede da empresa, neste último mês de Março em Farroupilha (RS), reserva um desafio especial aos cerca de 70 participantes, entre diretores, gerentes, representantes e equipes de venda: superar a própria competência. Com crescimento de 23% em 2011, acima da média do mercado, a empresa ambiciona fazer ainda melhor em 2012: “Nossa meta é de crescer 30%. Para isso, estamos investindo cerca de R$ 10 milhões.”
  • Vinicola Aurora – Deu no Jornal Semanário De Bento Gonçalvez última edição! Falando sobre as eleições no conselho de administração e o êxito do comando da empresa nos últimos anos, declaram que “houve um crescimento de 15% no  faturamento em 2011 em relação a 2010, passando de 200 milhões para 231 milhões.”
  • Do site da Salton“O diretor de planejamento da Vinícola Salton, Maurício Salton, recebeu a premiação Grandes Líderes – 500 Maiores do Sul, promovida pela Revista Amanhã, em evento realizado esta semana em Porto Alegre. O ranking da revista destaca empresas de referência do Estado, sempre com ênfase em excelência e gestão. A Salton figura entre as 100 maiores do Rio Grande do Sul. A Salton, hoje a maior produtora de espumantes do Brasil, faturou em 2010 R$ 238 milhões e espera crescer 15% ainda em 2011.”
  • Vinícola Garibaldi – nota do assessor de imprensa enviado ao amigo Beto Duarte do ótimo blog Papo de Vinhos. “A Cooperativa Vinícola Garibaldi atingiu um faturamento de R$ 51,7 milhões em 2011 e pretende alcançar os R$ 62 milhões este ano. Os 347 associados comemoram a evolução da safra de uva, que alcançou 17,3 milhões de quilos este ano, 6,8% a mais do que os 16,2 milhões de quilos de uvas colhidos em 2011. O balanço do ano passado aponta que a comercialização do suco de uva foi ampliada em 28,5% e a venda de vinhos finos cresceu 90% com a aquisição da marca Granja União no final de 2010, reafirmando a posição da empresa como uma das líderes do mercado nacional. Os investimentos realizados nas atividades da empresa alcançaram o valor de R$ 2,4 milhões em 2011, aplicados na modernização da fabricação de vinhos e sucos de uvas com uma nova linha de produção, fundamental para o alcance das novas metas de 2012. “A comemoração das oito décadas de atividade da vinícola teve um saldo vitorioso na produção, no crescimento e no fortalecimento da Garibaldi. Projetamos um futuro, a cada ano, mais promissor para a nossa cooperativa, com resultados positivos constantes e surpreendentes para os nossos associados”, observa Oscar Ló, que foi reconduzido ao cargo de presidente do Conselho Administrativo da Cooperativa Vinícola Garibaldi

    As ameaças de prejuízo grave e declínio na receita são tão evidentes baseado nos dados acima que me assusta ver que as Salvaguardas ainda não tenham sido aprovadas! É uma tremenda injustiça com esses desamparados, não?! Não tenho nada contra seus vinhos nem contra eles fazerem dinheiro, trabalham para isso, agora devagar com o andor, né?! Burro é …….deixa para lá vai!

2 – Declinio de preços – Eles alegam que houve um decréscimo de preços de cerca de 20,3% de 2006 a 2010. Neste caso acho que os advogados das entidades que certamente estarão apresentando defesa contrária à instalação dessas Salvaguardas poderão facilmente apresentar cópias das tabelas de preços dessas empresas no período e não se esqueçam de incluir as de 2011 e 2012, porque estas não param de subir! Só por curiosidade, desconsiderando eventuais promoções, eis uma comparação de preços feita com vinhos aqui em São Paulo:

  • Em julho de 2010 a garrafa de Aurora Espumante Pinot Brut, escrevi aqui sobre ele, tinha um preço que variava entre R$23 a 30,00. Hoje, essa mesma garrafa gira em torno dos R$40,00 a 45,00.
  • Há dois anos se comprava um Quinta do Seival Castas Portugesas da Miolo por cerca de R$50, também escrevi aqui sobre ele, e hoje não se encontra por menos de R$65,00.

e por favor não me venham com histórias de que quem aumentou foram as lojas, porque aí já é abusar de nossa paciência!

 3 – Da similaridade – aqui acho importante os técnicos do Ministério fazerem o trabalho de casa pois vinho não é parafuso! Não existe no Brasil, ou em qualquer outro lugar do mundo, um similar aos vinhos da Borgonha, do Piemonte ou do Douro, só para citar alguns. As diferenças são enormes e o conceito meramente técnico, sem estudar as características e especificidades do setor, de similaridade não se aplicam aqui. Não existe um Barolo nacional, nem um Brunello, nem um Madeira, nem um Bordeaux e tão pouco um Tokaji!!!

4 – Da representatividade –  as partes em negrito ressaltadas no texto a seguir, retirado da Circular do MDIC, não é por si só incoerente? “Segundo os peticionários, o setor de vinhos é composto por um grande número de produtores, com forte concentração em pequenas e médias vinícolas, o que impossibilitou a apresentação de dados individualizados de todas as empresas do setor.

Isto não obstante, foram tomados os dados da Cooperativa Vinícola Aurora Ltda., Vinhos Salton S/A, Vinícola Miolo Ltda., Cooperativa Viti Vinícola Aliança Ltda., ABEGE – Participações Ind. e Com. de Bebidas Ltda. e Lovara Vinhos Finos Ltda., que, segundo consta da petição, representam, em conjunto (6 produtores), mais de 50% da produção do Estado do Rio Grande do Sul, proporção considerada substancial para fins de análise da existência de prejuízo grave ou de ameaça de prejuízo grave.”  Ou seja, o que vale é o poder econômico e não a representatividade do grosso das empresas coisa ao qual eu teimo em chamar de democracia!

        Será que passa? Estou sem tempo para esmiuçar mais ainda o pleito constante da circular, lamentavelmente ninguém salvaguarda meu negócio contra a concorrência e desaparecimento de clientela, então tenho que correr atrás para garantir o pão sobre a mesa, aliás algo que a grande maioria de nós tem que fazer. Certamente as entidades representativas dos supermercados e importadores com seu corpo de advogados especialistas já prepararam sua defesa com esses e muitos outros fatos que contestam os dados apresentados, então resta-nos seguir fazendo barulho, elucidando o leitor da melhor maneira possível, e esperar que o bom senso e seriedade dos órgão competentes prevaleça sobre interesses políticos menos claros. Com tanta mídia expondo esse verdadeiro golpe contra o consumidor em pról dos coronéis do vinho, imagino que politicamente ocorra um certo constrangimento (será que isso ainda é possível?) nas hostes do poder para que não se repita a vergonhosa aprovação de bastidores do Selo Fiscal mesmo após parecer negativo da Receita!

       Salute, kanimambo e uma ótima semana para todos. A luta continua; no Encontro de Vinhos OFF e Expovinis, todos de luto usando algo preto e ignorando os estandes dos coronèis e seus testas de ferro, vamos aderir a esse movimento?!