dezembro 2011

Degustando uma Lenda!

           Como prometi, cá estou para falar um pouco do Vega-Sicilia Unico. Não é todo dia que temos a possibilidade e privilégio de estarmos diante de um vinho ícone. Na minha vida me lembro de outros dois tão somente, o Opus One e o Sassicaia, que nem fizeram tanto assim a minha cabeça. Não que não sejam bons, são ótimos, porém não achei que faziam jus a tanta fama. Desta feita foi diferente e aproveito para contar um causo que ocorreu com um amigo meu daqui da loja. Esse Sr. X estava de visita a um amigo em Barcelona tendo marcado para se encontrarem num restaurante na cidade. Não querendo chegar de mãos abanando, até porque seu amigo espanhol lhe fazia os maiores mimos cada vez que vinha ao Brasil, passou antes numa loja de vinhos e comprou um Vega Sicilia Único. Ao chegar ao restaurante mostrou-se preocupado não sabendo se poderia abrir a garrafa e se havia taxa de rolhas, etc tendo solicitado a seu amigo que conferisse com o dono do restaurante se não haveria qualquer problema. Com a garrafa na mão, o proprietário do restaurante lhe agradeceu a honra de trazer um Vega Sicilia Único para ser aberto em seu restaurante porque isso só dignificaria sua cozinha e que, não só não lhe cobraria rolha, como não lhe cobraria o prato para o acompanhar! Esta é a aurea que cerca este vinho e, nesse dia, eu tive o privilégio de abrir uma dessas garrafas em minha humilde loja sendo que esta jaz agora, junto com algumas outras preciosidades, em meu altar de Baco. Um tremendo presente de natal antecipado!

       Bem, mas você voltou aqui hoje foi para saber o que achei desse vinho, certo? Nestes casos fica difícil falar do vinho pois certamente há gente muito mais capaz que já escreveu um monte então pouco vou acrescentar ao que, provavelmente, você já leu por aí em revistas, livros e na net. O que posso falar sim, é do que eu senti. Jovem, absolutamente jovem de taninos finos bem marcados e muito presentes ainda apesar de seus 12 aninhos nas costas, anunciando que estamos diante de um vinho de longa guarda que tem tudo para evoluir muito positivamente por mais de uma década. A evolução aqui é menos aparente com a fruta ainda muito presente tanto no nariz quanto na boca, cor rubi, muito expressivo em boca com uma riqueza de sabores impressionante para um vinho produzido, também, num ano que não foi dos melhores. Possui um corpo de boa textura, seus taninos são sedosos e o final de boca é supreendementemente fresco para um vinho que passou tanto tempo em barrica,  muito longo, mineral e algo especiado, que nos deixa implorando por mais um gole e outro e outro ……… fazendo com que a garrafa acabe rapidamente. Um Ribera del Duero muito fino, cativante e elegante sem perder os traços de robustez típicos de seu terroir.

          Muitos acham que este vinho é elaborado somente com Tinta del País (Tempranillo) porém ele normalmente leva um corte de alguma outra uva francesa; Cabernet Sauvignon, Malbec ou Merlot, muitas vezes das três dependendo muito do ano. Esta mescla de cepas nos vinhedos da bodega, data de 1864 quando Don Eloy Lecanda Chaves trouxe uma série de mudas de suas viagens a Bordeaux. Neste caso, pelo que pude pesquisar, foram 10% de Cabernet Sauvignon e passa, entre os mais diversos tipos de madeira e cascos, algo como 82 meses em barricas sendo comercializado somente 10 anos após a safra correspondente, neste caso 2009! Não é o melhor vinho espanhol que já provei, mas é certamente o mais eloquente e mais marcante pois não é todo o dia que podemos levar á boca uma lenda. Não harmonizou com o prato, nem precisava, pois harmonizou com ele mesmo e com os amigos presentes, gracias Fernando por esta dádiva. Um vinho que não precisa de um momento especial para ser aberto, pois ao sê-lo faz dele um momento Único!

        Terminei, não falo mais de vinhos este ano e desejo, de todo o coração, que você possa em 2012 ter esse mesmo privilégio que eu. Tomar um grande vinho na companhia de um bom prato e, especialmente, de pessoas tão “gente” quanto estas com quem tive o prazer de compartilhar emoções tão especiais nesta noite tão inesquecível. Um brinde a todos e espero ver alguns de vocês embarcando comigo para Portugal em Fevereiro quanto teremos a oportunidade de passar por algumas dessas emoções juntos. Quem sabe um Barca Velha acompanhado de Javali na Pucura com castanhas portuguesas?!

     Salute e kanimambo por este ano que passou esperando poder seguir contando com vosso apoio por aqui e, porquê não, também na Vino & Sapore onde tem sempre uma taça amiga para brindarmos á vida!

Bons Pratos, Grandes Vinhos, Ótimos Companheiros!

 Todo o grande momento enogastronomico tem seu “foreplay” que é o preparo do espirito e de nossas aptidões hedonísticas para algo maior que está por vir. Quanto maior for o êxtase a ser alcançado, melhor deve ser o foreplay! Pois desta feita os amigos desta confraria sem nome (ainda) chutaram o balde e mandaram ver legal tendo sido uma honra e um privilégio ter em minha casa, a Vino & Sapore, gente desta estirpe com seus néctares abençoados por Baco! Falarei deste momento em dois tempos, um agora com a preparação para o momento de maior gozo e um segundo quando me dedicarei a tentar transmitir algo da torrente de emoções que se apossaram de mim. Para começar a preparar a boca, depois de um rosé meio morto que dispensarei de apresentações, abrimos um vinho que descobri há um tempo atrás e segue sendo uma enorme surpresa quando o apresento, Tannat/Viognier da bodega Alto de la Ballena, um vinho diferenciado de uma região e bodega pouco conhecida dos seguidores de Baco tupiniquins e até algums do próprio Uruguai. A grande maioria das bodegas produz seus vinhos em Canelones, próximo a Montevideu, mas esta bodega está próximo a Punta, aliás uma região a ser olhada já que por ali perto também temos a Dominio Cassis que elabora um Tannat de primeira, o Abraxas. Neste caso o Tannat é cortado pelo Viognier que lhe aporta um perfil aromático mais floral e uma acidez muito legal enquanto também doma algo de seus taninos que aqui se apresentam muito finos e elegantes num corpo de boa estrutura. Um vinho que vale a pena conhecer e esta garrafa agradeço ao amigo Mario que me trouxe de Montevideu.

          Para iniciar os trabalhos, um dos amigos nos trouxe um delicioso exemplar de Moet Chandon Brut Imperial 1995 que estava divino e se entrosou maravilhosamente bem com as caudas de lagosta gratinadas acompanhadas de um igualmente delicado risoto de limão siciliano e queijo brie! Minuto para enxugar a boca, espera aí! rs Voltei, mas continuo aguando!! Champagne safrada com idade ganha uma complexidade danada e este ainda se mostrou vibrante com uma acidez muito presente que encantou a todos e harmonizou á perfeição!

         É de conhecimento geral da maioria, que 1984 não foi uma safra lá muito boa para vinhos, exceção feita à Califórnia, porém para pessoas tenho a certeza que sim, pelo menos para um que é o amigo César, um jovem aficionado por bons vinhos e bons pratos! Encontrar-lhe vinhos de 84, todavia, é trabalho árduo e não sabíamos o que esperar deste Chateau Palmer 84 que havia recém chegado ao Brasil. Tinha tudo para estar moribundo , mas…….não foi bem isso que encontramos na taça. Para acompanhar o vinho, um Filé Mignon na Mostarda e Foie Grass! Hoje está difícil escrever, espera aí que vou pegar uma toalha!! rs Voltei e agora, com a toalha, acho que não teremos mais interrupções não. Onde estávamos mesmo, ah, o vinho pseudamente moribundo e seu acompanhante da noite, o Filé. Madre de dios, que coisa!!! Primeiramente o vinho surpreendeu a todos, já que pela safra pouco prometia, porém mostrou-se ainda muito digno, um vinho de muita elegância e complexidade, com aquela classe que um vinho de fina estirpe só adquire com a idade e anos bem acomodados, lembrei-me do amigo Silvestre e sua paixão por vinhos velhos. Toques animais, alguma fruta ainda presente porém de forma muito sutil, mata molhada, algumas notas de torrefação, taninos extremamente elegantes e acidez ainda presentes formam um conjunto que, se não exuberante, demonstrou um equilíbrio bem presente num final de boca macio e algo curto que, no entanto, deixa claro que estamos diante de um digno representante de Margaux e que os bons produtores se conhecem mesmo é nestas safras adversas. Um vinho sedutor que poderia ser “só” isso caso não existisse um prato a lhe fazer companhia e aí o pato virou ganso mostrando que uma boa harmonização pode operar milagres especialmente quando a terceira e quarta partes dessa equação estão presentes; momento e pessoas certas! Como dizem os hermanos, maridaje perfeita e literalmente de lamber os beiços, momento de grande persistência que ficará na memória por muito tempo e não posso deixar de agradecer ao César por isso. A foto, tomados que estávamos pela emoção, não é aquelas coisas e não faz jus ao prato, mas não podia deixar de publicar.

         Para finalizar veio para a mesa um Vega Sicilia Único 1999 e aí eu, que tinha separado uma outra garrafa surpresa para encerrarmos a noite, optei por guardar a viola no saco e sair de mansinho! Gente, há quem pense que só porque militamos nesse meio que temos acesso a tudo o que é grande vinho, ledo engano. Para alguns isso pode ser muito corriqueiro, porém para a maioria de nós isso é sempre um enorme privilégio! Mas espera aí, já falei demais por um post e minha toalha já encharcou, então deixemos esse Vega Sicilia Único para amanhã já que tenho causo para contar e o vinho merece vênia e um post só para ele! Antes de ir-me no entanto, tenho que tirar o chapéu para o mestre cuca da turma que junto com sua parceira fizeram deste encontro e degustação uma verdadeira explosão de sabores e sensações ímpares. Obrigado meu amigo Odair Marcelo, participante ativo e fomentador desta confraria, e Nega pelo verdadeiro show de cozinha que só veio comprovar minha tese de que, em qualquer atividade, só quem tem o dom consegue real destaque e que só suor, apesar de válido e essencial, não leva ninguém ao pódium! Agora precisam é montar vosso serviço de Chef in House, porque capacidade vocês têm e muita então este espaço está aberto para divulgar esse dom especial que vocês possuem.

          Salute, kanimambo e amanhã tem mais um capítulo sobre essa odisseia que foi a semana retrasada. É nestas horas, não só, que me lembro do amigo Didu que sempre nos lembra que chato mesmo, com todo o respeito aos profissionais do ramo, deve ser vender parafusos! Fui.

 

Recuperando Forças!

          Enquanto me recupero de uma semana de dez dias puxados, começo a programar meus posts futuros esperando que o Natal tenha sido pleno de paz e harmonia junto a seus entes mais queridos em volta de uma mesa farta e bons vinhos na taça. Da semana passada ficou faltando eu compartilhar com os amigos minha Experiência II sobre a qual espero ainda falar esta semana. Como dizem que uma imagem vale mais de mil palavras, por enquanto segue um teaser enquanto aguardam. Essa parelha de grandes vinhos foi só parte de uma grande noite reservada entre alguns poucos amigos e proporcionada por gente muito especial!

É Natal

        Faltam dois dias e não poderia deixar de postar hoje pois meus fins de semana, mais ainda este, são de descanso também no teclado. Para cada um de nós o Natal tem um significado diferente que para mim é de momentos de reflexão e reunião familiar sendo, até em função disso, um misto de alegria e saudade. Alegria por poder desfrutar da presença de amigos, pela harmonia e paz que tende a tomar conta das emoções das pessoas deixando-as mais afáveis, solidárias e desprendidas mesclada com a saudade daqueles que já partiram, muita, assim como daqueles que estão longe e que tanto amo gerando uma certa dose de melancolia.

        A fantasia e magia de Papai Noel é, como na Páscoa, um deleite para o coração ao nos depararmos com aquele sorriso franco e doce no rosto de uma criança. Cada um vive o momento a seu jeito e dentro de suas possibilidades, eu curto minha casa, minha árvore, meus amigos, musica natalina e, acima de tudo minha família. Você leitor amigo deste blog com quem compartilho algumas de minhas experiências e fielmente vem passando por aqui quase que diariamente fazendo de Falando de Vinhos um dos três blogs mais lidos de nossa vinosfera, os outros da lista são sites/portais, e entre os 2% de paginas na net mais lidas entre os 30 milhões de páginas acompanhadas pelo site Alexa, (http://www.enoeventos.com.br/201104/rank/rank.htm ) melhorando nosso ranking em quase três vezes saindo da posição de cerca de um milhão seiscentos e cinquenta mil para cerca de seiscentos e noventa mil, meu muito obrigado por esse presente que indica que algo de bom devo estar escrevendo. É um belo presente que recebo nesta semana que antecede o Natal, é o reconhecimento que faz com que eu acabe dando sequência a meus escritos mesmo quando a inspiração e a motivação insistem em não dar suas caras!

       Acredito piamente que esta confraternização, estado de espirito, encontros e sensações são universais, extrapolam os valores de uma religião ou outra primando por trazer aos homens de boa vontade o desejo de praticar o bem, de compartilhar, perdoar, celebrar e de amar o próximo. Uma pena é que tudo isso que pregamos e desejamos para nós, para nossa família, para nossos amigos e para a humanidade como um todo, esquecemos rapidamente ao dobrar a esquina do Ano Novo. Meu desejo e esperança é que todos, independentemente de cor, posição social, raça e religião levem para 2012 a missão de seguir praticando e divulgando estes valores.

      Que os acordes do Natal tragam esperança, alegria e paz a todos os nossos lares. A todos um forte abraço, beijo no coração e desejos de um Feliz Natal na companhia daqueles que mais ama. Muita paz, harmonia, mesa farta e bons caldos nestes dias de felicidade e saudade.

     Salute e semana que vem seguimos nos vendo por aqui ou na Vino & Sapore onde haverá sempre uma taça para brindarmos.

Ps. Aumente o som e curta algumas vozes capazes de aquecer e emocionar os mais frios espiritos natalinos

http://www.youtube.com/watch?v=zmwGHAyw6gM

http://www.youtube.com/watch?v=bPvAQxZsgpQ&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=lhc7MEYY-Ho

http://www.youtube.com/watch?v=eVtNwLIjKJ4

Semana das Boas na Taça e no Prato

         Nesta última semana tive a oportunidade e o privilégio de desfrutar da presença de amigos e clientes em duas degustações de grande satisfação e alegria, sendo que a ùltima ficou para a história. Duas estupendas e marcantes experiências, numa mesma semana puro privilégio!

Experiência I – Começamos pela degustação TOP de Final de Ano na Vino & Sapore que foi de muito bom nível tendo havido um empate técnico entre dois vinhos. Éramos 14 participantes degustando os seguintes vinhos:

Prieure Lichine Margaux 2005 – Para mim o mais complexo de todos, um prazer hedonístico de muita qualidade fazendo jus ao apelido do mais feminino dos Bordeauxs. Aromas florais, boca de boa concentração, rico, untuoso sem perder a elgância tipica da AOC. Melhor se tivesse decantado, mas mesmo assim um vinho de prima que deve evoluir muito pelos próximos 10 anos já que vem de uma safra estupenda na região.

Canalicchio di Sopra Brunello di Montalcino Riserva 2004 – pura elegância e finesse, para mostrar que Brunello não é só potência. Com tudo no ponto certo, sem arestas mostrando-se sedoso e sedutor, especiado com um final de boca muito saboroso de grande persistência.

Marques de Grinon  Petit Verdot 2005 – adoro este vinho que normalmente apresenta ótimo corpo e taninos firmes mas finos. Desta feita não performou como esperado tendo se mostrado muito rustico e de taninos rebeldes e agressivos. Coisas do mundo do vinho, algumas garrafas podem nos trazer surpresas mesmo quando já bem conhecidos.

Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo Grande Reserva 2007 – um vinho que cada vez mais demonstra a grande fase por que passa o Douro, a grande safra que foi 2007 e a excelência dos vinhos desta casa produtora. Encorpado, violetas no nariz, riquissímo no palato, eqilibrado com uma acidez gastronomica que só evoluiu com o prato surpreendendo muitos dos presentes.

        Todos vinhos estupendos de safras nota 10, que tiveram como acompanhamento um dos dois pratos; Cabrito no Forno com batatas douradas ou de Sorentini de funghi com creme de funghi elaborados pelo restaurante Emilia Romagna, nosso parceiro e vizinho. Os pratos estavam ótimos e a harmonização mostrou que o Brunello e a massa fizeram uma tremenda parelha assim como o Quinta Nova e o Cabrito que também foi bem acompanhado pelo Prieure Lichine.  Para meu gosto o Prieure Lichine foi o vinho da noite e o tomaria solo, sem comida e tendo na companhia a única e perfeita harmonização. Com os pratos sigo a maioria conforme acima, mas não havíamos terminado, não!

       Para finalizar, um Graham´s Tawny 10 anos com panettone  de amêndoas italiano da Loison, mais uma ótima harmonização que foi batida por uma outra que fizemos na semana anterior em que juntamos panettone básico de frutas secas da Loison com um incrível Moscatel de Setúbal  98 da Bacalhôa, dos deuses!!

Experiência II – Essa é daquelas para jamais esquecer e os personagens envolvidos só ajudam a tornar a experiência num verdadeiro momento de êxtase. Só que essa eu conto em outro post, porque este já está ficando longo demais.

Salute, kanimambo e espero você para uma taçinha lá na Vino & Sapore.

Copa América de Vinhos – Confirmações e Surpresas

          Como tinha comentado em meu último post, hoje quero comentar esta prova e disputa de grandes vinhos realizado pelo amigo Gustavo do Enoleigos (ainda acho que ele tem que mudar de nome, pois de leigo ele não tem é nada) nas simpáticas instalações da Winet  do também amigo Deco, gente jovem e competente que é o futuro de nossa vinosfera. Foram 21 vinhos degustados ás cegas e algumas surpresas. Porquê de Copa América, porque foram relacionados vinhos da Argentina, Chile, Uruguai e Brasil, a nata da região e só rótulos de grande “respeitabilidade” com alguns poucos intrusos no processo. Muito já foi falado pelo próprio Gustavo em seu blog, assim como pelo Deco, o Beto “Papo de Vinhos” Duarte e Evandro “Dos Panas” Silva, todos blogueiros de primeira linha, então não vou me estender muito sobre o resultado que teve em seus TOP 10 os seguintes vinhos: 10º Valduga Storia (BR) / 9º Marichal Collection Tannat (UR) / 8º Perini 4 (BR) / 7º Vina Maipo Ltd. Edition Syrah (CH) / 6º Trivento Golden Reserve Shiraz (AR) / 5º Jean Bousquet Malbec Reserva (AR) / 4º Perez Cruz Liguai (CH) / 3 º Suzana Balbo Brioso (AR) / 2º Lidio Carraro Quorum (BR) e em Primeirissímo lugar desempatando com os votos do último degustador a apresentar suas notas, o Zuccardi Zeta (AR).          

      Meus comentários vão mesmo para algumas surpresas que mexeram comigo me levando à reflexão sobre conceitos e necessidade premente de rever, agora de forma aberta, alguns vinhos provados de forma a comprovar minha análise sensorial, ou não, e algumas confirmações já esperadas.

Sem surpresas

  • Ravin envia quatro rótulos para a disputa e três deles se qualificam entre os TOP 10, sendo um deles o grande ganhador da peleja, o Zeta que é um baita vinho, só acho o preço algo salgado demais, tendo sido meu segundo colocado. Por sinal, meu primeiro também foi deles.
  • Lidio Carraro envia dois rótulos. Quorum, para mim o melhor vinho deles e o Elos Touriga/Tannat que a cada prova só me confirma ter sido uma escolha infeliz de corte e o resultado desta prova demonstrou bem isso com o Quorum em segundo e o Elos em último e minha pior nota.
  •  Valduga Storia 2006 – Um bom vinho lançado no intuito de aproveitar os sucesso do 2005 que foi e segue sendo um vinho estupendo. Este 2006 falta algo ficando bem distante do patamar de excelência estabelecido por seu predecessor que segue arracando suspiros e uaus de quem tem o privilégio de o tomar.

 Surpresas

  • Marichal Collection Tannat – Vinho de R$55 (o mais barato na prova) nos TOP 10, entre vinhos de mais de quatro vezes o preço, e meu PRIMEIRO!!!! Preciso abrir outra garrafa, pois foi o último dos vinhos provados, então preciso ter a certeza que o palato já não tivesse isso para a glória! A principio, a maior surpresa para mim que precisa ser conferida.
  • Perini 4 – diferentemente de muitos dos presentes, nunca tinha ouvido falar! Do vinho, já que a Perini dispensa apresentações na vinicultura tupiniquim. Foi uma grata surpresa até porque também é um vinho de cerca de R$66,00 lá no Rio Grande do Sul. Corte de Ancellota, Cab. Sauvignon, Merlot e Tannat, foi meu sétimo vinho.
  • Jean Bousquet Malbec Reserva – mais um vinho que surpreende e que possui uma excelente relação Qualidade x Preço x Prazer pois custa algo ao redor de R$57. Foi meu sexto vinho.

        Mais uma bela experiência que comprova que preço não é tudo, apesar de que o ganhador é sim um dos mais caros, e que está na hora de enterrar preconceitos com relação aos vinhos nacionais pois, podem até padecer de uma certa irregularidade e falta de estratégia comercial , mas já temos disponíveis vinhos tintos de muito gabarito, sem falar dos nossos ótimos espumantes que esses sim são bem preçificados. Salute, kanimambo e, trabalho permitindo, antes do Natal ainda publico algo mais.

Papai Noel, Não Inventa!

Já escrevi minha cartinha para o Papai Noel e, como sempre, uma “wish list” de belos rótulos e títulos de livros com foco em enogastronomia. Anualmente, como sempre, Papai Noel se espanta e pergunta, mas mais?! Não tem outra coisa que você deseje? Bem, desejos outros tenho de monte; uma horda de políticos mais honestos, bandidos (inclusive politico corrupto) na cadeia que poderia ser numa ilha perdida no meio do oceano – preferencialmente o Indico, paz e harmonia entre os povos, uma aposentadoria digna e humana, um estado justo que nos respeite e não nos faça de palhaços, um povo mais culto e antenado para parar de vender seu voto por meia duzia de trocados, justiça e juizes mais ágeis e eficazes antenados com a sociedade, menos direitos e mais deveres, bom senso, mas tudo isso é uma verdadeira utopia! Tem mais e esses bem mais palpáveis como; felicidade plena para meus filhos, neto e amigos; loja lotada e bem sucedida, saúde, Tour Enogastronomico a Portugal lotado e com fila de espera para poder já programar a próxima, enfim coisas difíceis de alcançar, mas que dependem essencialmente muito mais de dedicação e trabalho sendo que papai Noel, por mais bondoso que seja, pouco pode fazer.

         Acho que Papai Noel, aquele que traz presente no final do ano, esse tem mais é que aceitar minha carta e parar de inventar! O que dar para uma pessoa que possui paixão por algo? Óbvio que a resposta é; mais daquilo que motiva tal paixão!!! Não inventa chinelo, pijama (a não ser que queira enviar mensagens subliminares), gravata, camisola (sim porque mulheres apaixonadas  pelos doces néctares são muitas) e faça um/a seguidor/a de Baco feliz, traga neste Natal aquilo que ela mais quer, algo de sua “Wish List”.

         Agora, tem que ajudar, né?! Faça sua Wish List em duas cópias. A primeira envie pelo correio, dizem que tem uma série de duendes adotando cartinhas por lá (rs), e a outra esqueça em cima da mesa na sala de estar, quem sabe alguém não se toca!

        Bem, dica dada para esta importante semana que se aproxima, termino com um pedido que apela para seu espirito Natalino, coloca um PS na cartinha vai? Avisa Papai Noel que na Vino & Sapore tem, assim você facilita a vida do bom velhinho e garante o leitinho do Bruno! rs Salute amigos, nesta Segunda (inshala) falarei um pouco de algumas surpresas degustadas na Copa das Américas promovida pelo amigo Gustavo Kauffman do gostoso blog Enoleigos com link aqui do lado e estou trabalhando na lista de meus melhores de 2011 que neste ano muda um pouco para Melhores Achados de 2011!

     

Kanimambo e nos encontramos por aqui ou na Vino & Sapore onde os amigos sempre encontram uma taça cheia para brindar ao prazer!

Champagnes, Proseccos e Otras Cositas Más, o Que Beber Neste Final de Ano?

                   Estamos chegando a mais um final de ano e, como de praxe, é o momento de se consumir espumantes e celebrar. Discordo disso, acho que toda a hora é hora e, como já dizia Vandré, “quem sabe faz a hora não espera acontecer”, mas se o povo quer …….vamos lá, vamor falar um pouco mais de espumantes até porque do ano passado para cá muita borbulha passou por minha taça. Antes, de dar alguma dica de quais espumantes curtir neste final de ano, no entanto, pensei em colocar em pauta algumas dicas do que procurar no mercado, até porque com minha experiência de loja neste último ano tenho observado a falta de conhecimento que hà sobre estes borbulhantes caldos. O que entra de gente procurando um Prosecco ou Champagne enquanto na verdade buscavam um espumante ou até Lambrusco, é uma grandeza! Então partamos do inicio lembrando que todo o Prosecco e Champagne são espumantes, mas o inverso não é verdadeiro

Saiba o que procurar na loja.

Prosecco (denominação de origem – DO italiana elaborado com a uva Glera), Champagne (DO francesa) Franciacorta (DO italiana), Cava (DO espanhola), Sekt (denominação alemã), Asti (DO italiana de espumanes doces – moscatel), Sparkling (denominação inglesa para espumantes), Cremant (denominação francesa para espumantes elaborados fora de champagne porém com o mesmo método de segunda fermentação na garrafa – método clássico), Mousseaux (denominação francesa para espumantes elaborados pelo método Charmat – fermentação em tanque), Espumante, termo genérico usado no Brasil, Portugal e outros paises de idioma Português para definir todos estes produtos elaborados fora de regiões demarcadas de nome registrado e protegido.

Teor de açúcar: Alguns países possuem legislação diferente, então em vez de ficar aqui falando de cada uma, eis uma lista, de certa forma genérica, do mais seco para o mais doce > Zero Dosage ou Nature /Extra Brut /Brut/Extra-dry/Dry/Demi-sec;/Doux – Moscatel. Como, no entanto, as faixas de açúcar residual são bastante amplas e a acidez que se contrapõe nem sempre é a adequada, o melhor é experimentar antes, até porque como já dizem os ingleses, “practice makes perfect” e vinho se conhece mesmo é tomando!

Dicas ao servir:

1) Para não derramar o espumante ao servir, uma dica é servir primeiramente um fundo de aproximadamente um a dois centímetros para esfriar a taça e, após alguns segundos, completa-se a dose preenchendo dois terços do volume.

2) A temperatura adequada, como em todos os vinhos, é essencial para se apreciar um espumante. Os mais leves e doces deverão ser servidos em torno de 5 a 6º e os espumantes de maior qualidade e complexidade a uma temperatura um pouco mais alta entre 8 a 10º

3) Quer chacoalhar e estourar o espumante com aquele estampido espalhando esse néctar pelo chão? Tudo bem, vá em frente, é tudo festa mesmo! Agora, se for apreciar um bom espumante não judie, você estará eliminando um monte de gás que fará falta ao vinho que você tomará em seguida, sem contar a sujeira que fará. Nesse caso, solte o arame em volta da rolha (gaiola) e apóie o gargalo na palma da mão. Segure o gargalo com os dedos e a rolha com o polegar. A seguir, gire a garrafa com a outra mão provocando uma leve pressão para baixo até que, gentilmente, a rolha se solte com um leve suspiro, Voilá!

Dicas de Produtos: Lógico que se de bolso recheado, a escolha é bem mais fácil porque as boas lojas do ramo na região estão repletos de grandes vinhos. A maioria de nós, no entanto, tem que buscar aqueles frutos do garimpo que nos garantam o máximo de prazer por um preço mais acessível. São enormes as opções disponíveis, inclusive brasileiras que estão num patamar de qualidade e preço muito bons, então eis algumas sugestões nos diversos estilos e origens para agradar aos mais diversos bolsos e gosto:

  • Prosecco: Moinet*, Cecília Beretta Brut*, Bedin*, Incontri, Corte Viola, Tosti e Villa Sandi. Preços variam de R$30 a 80,00 e tendem a ser, na sua grande maioria, extra-dry ou seja, algo mais doces que os Brut. Fora dessa faixa, tanto para baixo como para cima, já se começam a correr riscos desnecessários.
  • Cava: Palau*, Marrugat*, Cristalino, Don Roman, L’Hereu de Raventos*, Juve y Camps*, Mont Marçal Cuvée*, Freixenet, Codorniu. A faixa aqui é mais ampla até porque existem grandes Cavas no mercado, porém creio que entre R$40 a 120,00 cobrimos a grande maioria dos bons e agradáveis Cavas.
  • Itália:– Ferrari* (Trentino), Ca Del Bosco (Franciacorta). Os bons ficam na faixa entre os R$100 a 210,00 e são tão bons, se não melhores, que uma boa porção dos champagnes disponíveis no mercado. O grande rival de champagne em espumantes de alta qualidade.
  • Champagne: Canard-Duchêne*, Barnaut Cuvée Edmund*, Bollinger*, Taittinger, Pommery, Mailly, De Sousa, Veuve Cliquot, Piper Heidsieck, Drappier. Sky is the limit diriam os ingleses, então depende da sofistiação que se busca. De R$150 a 250 já se podem encontrar ótimos caldos e se formos acima disso, como no Bollinger, já começamos a falar de verdadeiros néctares.
  • Portugal: 3b Rosé, Murganheira, Vértice Gouveio, Luis Pato Maria Gomes, Quinta da Romeira, Raposeira. Bons vinhos que variam entre R$50 a 100,00.
  • Argentina: Norton Cosecha Especial Extra-brut*, El Portillo Brut, Santa Julia Brut, Trapiche Extra Brut . Alguns verdadeiros achados variando entre R$40 a 90,00.
  • França Outros: Marc Brédif Vouvray Brut*. Kritter Rose*, Veuve Paul Bur, Bulle 1. A partir de R$60 já se acham boas opções.
  • Brasil: Miolo Millésime, Valduga Arte Brut*, Stravaganza*, Marco Luigi*, Valduga 130*, Miolo Cuvée, Marson Brut, Salton Evidence, Chandon Excellence, Cave Geisse Brut ou Nature*, Valmarino & Churchill Extra-brut*, Bossa brut e demi-sec*, Pizzato Brut. Nos espumantes o Brasil já aprendeu a precificar e existe muita coisa legal no mercado a partir do R$25,00 indo até os R$100,00. Abaixo ou acima disso caimos um pouco nos mesmos riscos do Prosecco. Abaixo pode faltar qualidade e acima sobrar frustração.

              Agora, espumantes não são só para fim de ano e festas, não! São ótimas companhias para nossas quentes tardes de verão, então não se acanhe e, passado o reveillon, siga festejando. Sim, por que se só se toma espumantes para festejar, então arrumemos uma razão para isso todo o fim de semana, você vai ver que a vida ficará bem mais alegre! Como já dizia Oscar Wilde “Só pessoas sem imaginação é que não conseguem encontrar um motivo para beber champanhe”!  Espero nunca sofrer desse mal! rs Ainda temos um tempinho até o Natal e Reveillon, então se precisar de alguma dica ou informação adicional tentarei lhes responder dentro de minhas possibilidade de tempo e conhecimento, mas talvez lhe seja interessante dar uma lida neste que foi um dos meus primeiros posts e que, após quatro anos, segue sendo um dos meus mais acessados e comentados > “Tudo o Que Você Queria Saber Sobre Espuamantes Mas Tinha Vergonha de Perguntar”.

Salute e kanimambo.

Ps. Por sugestão do amigo Josmar, agora coloco um asterisco nos rótulos provados e comentados que podem ser encontrados na Vino & Sapore.

Oiça Lá Ó Senhor Vinho

          A pedidos dos amigos, já que muitos encontraram alguma dificuldade para entender a Mariza, o Luis Antonio até pediu para traduzir (!), eis a letra da canção interpretada por ela no link que postei. Mais uma semana brava, mas Segunda publico mais sobre as coisas de nossa vinosfera. Por enquanto, aproveitem o fim de semana, com moderação para não ter que “andar de gatas”  para curtir “mais um copinho”!  

Oiça lá ó senhor vinho,

vai responder-me, mas com franqueza:

porque é que tira toda a firmeza

a quem encontra no seu caminho?

 

Lá por beber um copinho a mais

até pessoas pacatas,

amigo vinho, em desalinho

vossa mercê faz andar de gatas!

 

É mau procedimento

e há intenção naquilo que faz.

Entra-se em desequilíbrio,

não há equilíbrio que seja capaz.

 

As leis da Física falham

e a vertical de qualquer lugar

oscila sem se deter

e deixa de ser perpendicular.

 

“Eu já fui”, responde o vinho,

“A folha solta brincara ao vento,

fui raio de sol no firmamento

que trouxe a uva, doce carinho.

 

Ainda guardo o calor do sol

e assim eu até dou vida,

aumento o valor seja de quem for

na boa conta, peso e medida.

 

E só faço mal a quem

me julga ninguém

e faz pouco de mim.

Quem me trata como água

é ofensa, pago-a!

Eu cá sou assim.”

 

Vossa mercê tem razão

e é ingratidão

falar mal do vinho.

E a provar o que digo

vamos, meu amigo,

a mais um copinho

Salute, kanimambo e uma ótima semana para todos.

Festival de Vinhos Portugueses em Restaurantes – Fui Conferir

Já tinha informado sobre o festival aqui mesmo no blog e prometido conferir. Como promessa é divida, fiz minha escolha e deveria, do ponto de vista jornalístico, ter optado por um restaurante brasileiro, mas e o tuga aqui lá resiste? Escolhi, um pouco em função da proximidade e um pouco por curiosidade, a nova filial do Trindade, um restaurante do grupo Bela Sintra, no Shopping Iguatemi de Alphaville. Que bela escolha! Não foi tudo perfeito pois só tinham um vinho branco, o Prova Régia, que estava em falta e eu tinha me entusiasmado com um prato de “Lulas Algarvias”, desta forma  acompanhando minha esposa com sua escolha de Linguado e vinho. Nada no entanto, que simpatia e bom serviço não resolvam! A Jane, sommelier que nos atendeu, gentilmente nos trouxe um resto de garrafa do Prova Régia como cortesia. Deixei que minha esposa ficasse com ele e mudei meu prato para um delicioso arroz de pato. Prato pesado que merecia um alentejano me levando a escolher o Roquevale Reserva 2005 que estava divino e casou perfeitamente com o prato. Pouca gente conhece este vinho e não sabe o que está perdendo pois está no ponto para ser apreciado, muito complexo e já com uma certa evolução, riquissímo, um caldo de primeira linha que nos deixa com aquele gosto de quero mais na taça e que só cresceu com o arroz de pato, belo vinho. Aliás, bons vinhos do Alentejo e Douro tomados no tempo certo são dificeis de bater!

As entradas do Trindade são um caso á parte e comi, depois de bastante tampo, Rissóis (sim esse é o nome por lá) de camarão deliciosos, Pasteizinhos de bacalhau muito saborosos e sequinhos  (bolo por lá é coisa doce!), Grão de bico com bacalhau e um Queijo da serra (castelão – mais suave) derretido com torradinhas que estava dos deuses, valeu mestre Arnaldo (maitre)! Os pratos estavam divinos e a harmonização de ambos nem se fala, mas ainda tinha mais, as sobremesas! Me lembrei na hora de um deslumbrante doce que vem no carrinho de sobremesas do Bela Sintra elaborado com ovos nevados  e que só ele já merece uma visita ao restaurante. Bem, mas voltemos á realidade, ás sobremesas do Trindade que também são uma tentação. Toucinho do Céu maravilhoso, Encharcada de lamber os beiços, porém foi com a delicadeza e leveza, podem crer, da Siricaia (elaborado com leite condensado e gemas de ovos) que me deixei levar. Ainda teve um ótimo café e uma Amarguinha para arrematar a noite, bão demais da conta sô!

Faltou um vinho de sobremesa no festival, a casa tem outros, e sugeri a inclusão do Burmester Jockey Club Tawny Reserva já que o importador é participante do evento e o vinho casa muitíssimo bem com os doces conventuais da casa. Preços dos vinhos sem exageros, comida divina, bons vinhos, serviço de prima, o restaurante está de parabéns e espero que a filial que fica no recém inaugurado Shopping Iguatemi de Alphaville tenha o mesmo sucesso que os outros empreendimentos do grupo. Qualidade e equipe têm para isso e o recomendo aos amigos, inclusive os que moram aqui na Granja Viana pois com o Rodanel, é coisa de 15 a 20 minutos tops. Valeu Arnaldo e equipe, show de bola!

Conferi, gostei e agora a melhor noticia, o Festival foi prorrogado até dia 11 de Dezembro, não deixe de conferir você também, recomendo.  Uma ótima ação da ViniPortugal no sentido de promover o consumo de vinhos portugueses entre os brasucas em terras brasilis, por sinal um ótimo trabalho que vem sendo desenvolvido já faz um tempinho e que o volume de importações da terrinha vem comprovar sua eficácia.  Salute e kanimambo, vejo você por aqui ou lá, na Vino & Sapore onde bom vinho português espera por você. Por falar nisso, uma homenagem a Portugal e ao Senhor Vinho!

http://www.youtube.com/watch?v=gvDGijbmoXs

Como diz a canção, “vamos lá meu amigo a mais um copinho?!”