Semana do Saul

            Apreciador de vinho em função de minha vida como trader visitando o mundo e desfrutando de bons momentos enogastronomicos com clientes nos mais diversos países, me tornei enófilo quando um amigo me presenteou com o livro Tintos & Brancos de Saul Galvão. Foi paixão á primeira página e minha sede pelo saber do vinho se iniciou nesse momento. Depois desse muitos outros vieram, mas sou especialmente grato aos dois, ao James, o meu amigo, e ao mestre Saul Galvão que me iniciou nesta nossa intrigante vinosfera repleta de diversidade onde não existem verdades absolutas e as incertezas e variáveis fazem parte de nosso dia a dia. Acima de tudo, me ensinou que o nosso mundinho do vinho não deve ter frescuras nem este deve ser colocado em inatingíveis patamares. Quando comecei a escrever, tanto as colunas quanto este blog, uma frase dele me marcou e virou meu mantra. Quero aqui, neste dia especial em que ele nos deixou fisicamente, compartilhar com os amigos leitores essa frase que está em minha página “sobre” aqui acima.

“O vinho só existe para dar prazer. Se ele deu prazer, cumpriu sua função, independentemente de regras cânones e opiniões alheias. Costumo dizer que o vinho precisa descer do pedestal no qual foi colocado por alguns esnobes e pretensos entendedores e ser colocado em seu lugar, que é o copo. Nada mais chato que um esnobe do vinho, que fala pomposamente, como se ele fosse o único ungido a entender termos herméticos.”

        Salute mestre, saudades, meu brinde hoje é para você para quem tiro meu chapéu. Kanimambo e que teus ensinamentos sigam iluminando o caminho dos seguidores de Baco nesta eterna viagem de descobrimentos pelo saboroso mundo dos sabores. Bom fim de semana a todos.