Dicas da Semana

           Mais uma semana e algumas novidades especiais, entre elas a primeira promoção da Vino & Sapore. Afinal, são tantas semanas dando dicas de compra de outros que agora chegou minha vez. Mas tem mais, vejam abaixo:

Vino & Sapore – a abertura da loja está se tornando uma verdadeira via crúcis, então enquanto isso eis uma primeira promoção, muito especial por sinal, só para “abrir o apetite”. Os vinhos são muito bons e o “pacote” irresistível para quem gosta de uma boa barganha, só tem uma coisa de ruim, a quantidade é limitadíssima, first come first served, e a entrega é regional! O contato por e-mail; comercial@vinoesapore.com.br.

 

Bistro Crêpe de Paris – Ao passar pelo número 2.542 da rua Augusta, entre as alamedas Lorena e Tietê, onde fica a simpática Villa San Pietro, encontramos o charmoso Bistro Crêpe de Paris, do francês Pierre Murcia. Seu ambiente inspirado nos autênticos bistrôs parisienses cria uma atmosfera única e convida ao prazer de degustar um bom vinho de sua carta, enxuta e bem elaborada. Para comemorar seu primeiro ano, o bistrô – já conhecido por oferecer uma carta de vinhos com excelente custo/benefício – organizou um Festival de vinhos  com mais de 20 rótulos oferecidos com até 50% de desconto.

           Para acompanhar, que tal provar a verdadeira fondue de queijo feita com a mistura de queijos appenzeller, emmental e raclette resultando em  um sabor inusitado e harmonioso, a preços ainda mais atraentes, a  R$ 39, ou a fondue de bourguignone, com os tradicionais cubos de filet mignon servidos com molhos rose, bearnaise, mostarda e maionese,  ao custo de R$ 46 por pessoa. Outra boa opção é a raclette tradicional acompanhada de batatas cozidas, tábuas de frios selecionados, picles, pães caseiros e molhos no valor de R$ 59 por pessoal e arrematando a refeição uma fondue de chocolate acompanhada de frutas da estação por R$ 26 à pessoa.

          Instalado em uma charmosa vila nos Jardins, o Bistro Crêpe de Paris é um pedaço da capital francesa no coração de São Paulo, em plena rua Augusta, entre Lorena e Tietê. O nome “crepe” é apenas uma de suas especialidades, já que os proprietários fazem questão de frisar que sua cozinha é de bistrô e, a julgar pelos pratos, de fato, fazem jus aos mais tradicionais bistrôs parisienses. Ali pode-se provar desde um delicioso cassoulet a um suculento boeuf bourguignone, ou Coq au Vin, Steak Tartare, Confit e Magret de Canard, entre outras especialidades como massas, peixes e fruto do mar – a maioria, receitas de família.  No almoço, como é típico dos bistrôs, há sempre os “Pratos do Dia” a R$ 19,00 e, ainda, o Menu Executivo, com entrada, prato principal e sobremesa por R$ 29,00 – considerado um dos preços mais acessíveis da região dentre os estabelecimentos com seu perfil.

                No inverno, a casa serve as tradicionais fondue e raclette, programa ideal para casais em busca de um clima aconchegante e único em São Paulo. Aberto em abril do ano passado, somente agora o Bistro investe em uma maior exposição, depois de exaustivamente testar menus, aprimorar o serviço e fornecedores para melhor atender a clientela. O ambiente e a atmosfera, inspirados nos autênticos bistrôs parisienses, convidam ao prazer de degustar um bom vinho de sua carta enxuta e bem elaborada, com mais de 60 rótulos e excelente custo/ benefício. Um lugar para se conferir, ainda mais aproveitando esta promoção de aniversário!  Para maiores informações, ligue para  (11) 3063.1675

 

MEUS PRAZERES, por Walter Tommasi – mais uma mostra do outro lado do colunista, empresário e editor  (revista Freetime) de sucesso. Artista plástico, com mais de 30 anos de atividades, faz uma exposição individual no Conjunto Nacional aqui em Sampa,  de 1 a 20 de Junho. Aliás, pela proximidade, vale a pena dar uma passada lá e depois jantar no no Bistro Crêpe de Paris. Um belo programa “enogastrocultural”!

 

Restaurante Viena e a Copa – É, a copa está chegando e as ações comerciais começam a pipocar. Eu até tinha bolado um Desafio de vinhos e tapas especiais quando dos principais jogos entre adversários com histórico enogastronomico, mas como a loja não abriu a tempo segue esta dica que achei legal. No ano em que comemora 35 anos, a rede de restaurantes Viena preparou um cardápio exclusivo para o período da Copa do Mundo. Inspirado na culinária do Brasil, África do Sul, Itália, Argentina, Alemanha, México e Espanha, o Viena oferecerá 27 opções entre pratos, sobremesas, bebidas e cafés, que estarão disponíveis em toda a rede Viena, localizada nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

As opções, desenvolvidas pela chef Camila Prado, comporão os cardápios de 07 de junho a 31 de julho. A cada dia da semana haverá pratos temáticos disponíveis no bufê. Na segunda-feira, será o dia da África do Sul, com destaque para o chicken curry, o cuzcuz africano e a queijadinha. Na terça-feira, a Argentina será lembrada, em pratos como as cebollas rellenas, o  matambre e o doce de leite.  Na quarta-feira, é a vez da Alemanha tomar conta do bufê, com o arroz alemão, a salada de batata e a páprica shinitzel. Na quinta-feira, o destaque será a Espanha, com tortilha de batata, paella, sardinha escabeche e creme catalana. E, como não poderia deixar de ser, o Brasil também terá a sua vez: às sextas-feiras, a culinária nacional estará presente no bufê do Viena, com o bobó de camarão, a casquinha de siri, o frango com quiabo e o quindim. No final de semana, os destaques serão o México e a Itália, respectivamente. No sábado, burritos e guaca mole estarão disponíveis aos clientes e, no domingo, braciolla, caponata e tiramisu completam o cardápio exclusivo.

               Entre pesquisas, testes, desenvolvimento e treinamento, a equipe gastronômica e de desenvolvimento de produtos do Viena levou quatro meses para finalizar o projeto. De acordo com a chef responsável pelo cardápio, Camila Prado, foram determinantes os ícones gastronômicos de cada país, mas sem abrir mão de uma identidade brasileira. “Ajustamos o sabor do prato ao paladar do nosso consumidor”, afirma a chef, de apenas 28 anos, seis deles à frente do Viena.

 

Encontro de Vinhos – esse é daqueles que tem que ser agendado desde já. Promovido por colegas blogueiros com link aqui do lado (Papo de Vinhos e Vinhos de Corte), está programado para ocorrer no próximo dia 5 de Agosto. Para não ter erro deixe o dia reservado desde agora e não deixe de acompanhar a preparação do evento através do site www.encontrodovinho.com.br.

Decanter Wine Show 2010 – mais um grande evento de nossa vinosfera e também em Agosto. No Rio de janeiro dia 2 de Agosto, em São Paulo dias 3 e 4 seguido de Belo Horizonte dia 5 e finalizando o tour em Floripa dia 6, quando os afortunados visitantes terão o prazer de degustar vinhos de muita qualidade e conversar com diversos produtores que estarão prestigiando o evento. Um show ao qual os amantes do doce néctar não devem faltar. Vejam mais informações no site .

 Por hoje é só. Salute, kanimambo e uma baita semana para todos.

Vinhos de Espanha I – Señorio de Sarría

Já disse e repito, se pudesse ter uma loja só com produtos enogastronomicos Ibéricos, viveria nas estrelas. No entanto, isso é um pouco mais complicado do que parece e requer uma especialização e caixa que estão longes de minhas posses. Fico então, como “mero” consumidor me deliciando com a rica e diversa gastronomia assim como sorvendo os bons caldos hoje disponíveis no mercado.

                De Portugal, há muito que nos deparamos com bons rótulos de preços bem acessíveis e algumas verdadeiras estrelas de nossa vinosfera, inclusive alguns grandes vinhos brancos que poucos ainda conhecem.  Da Espanha era um pouco diferente. Primeiramente, os produtores espanhóis sempre eram muito bem vendidos especialmente nos mercados de maior consumo como Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha, entre outros, ficando o Brasil como um mercado de menor interesse e de menor investimento. Segundo, as importadoras não davam muita bola e eram poucos os rótulos que aqui chegavam, na maioria de vinhos mais caros o que deu a estes vinhos, uma áurea de vinhos de elite e, por último, creio que o mercado por falta de conhecimento e disponibilidade, também não se interessava muito.

                  Tudo isto vem mudando rapidamente depois que a crise tomou conta dos mercados internacionais, havendo a necessidade de os produtores buscarem novos nichos no mercado mundial e o importadores viram nisso uma oportunidade tendo aumentado em muito o número de rótulos espanhóis em seu portfólio. Antigamente restrito a Rioja e Ribera Del Duero com os eventuais brancos de Rueda e Rias baixas na Galícia e rosados de Navarra, agora se encontram vinhos de boa qualidade e bom preço de todas as regiões. Toro, Bierzo, Cigales, Penédes, Priorato, Navarra, Jumilla enfim, uma imensidão de rótulos e origens para tudo o que é preço e gosto. Estive em uma degustação divina da Viña Sastre (Ribera Del Duero) realizada nas bonitas instalações da Ville du Vin em Moema com o apoio do Juan e Javier da Peninsula, a qual comentarei na semana que vem, mas hoje quero falar de algo absolutamente novo no mercado; a Import Gourmet e os Vinos da Señorio de Sarria.

              Esta empresa recentemente instalada por aqui, nos traz vinhos e produtos gastronômicos espanhóis, tendo sido uma grata descoberta em meus garimpos para compor portfólio da Vino & Sapore. Possui diversos vinhos, outros estão por chegar, em diversas gamas de qualidade. Eu tive oportunidade de degustar diversos, entre eles três rótulos de que gostei bastante com um, em especial, que me encantou. Da linha mais básica, com preço em lojas que deve chegar ao redor de R$50, o Señorio de Sarria Rosado e o Crianza, assim como da linha mais alta, o Viñedo 7 que é um varietal de Graciano.

Señorio de Sarría Rosado 2008 – eles possuem um premiadíssimo rosado (Viñedo 5) que é considerado como um dos melhores de Espanha na atualidade, mas eu gostei bastante deste chamado básico. Foge um pouco daqueles aromas mais comuns de morango e cereja frescos, leves e meio adocicados, mostrando alguma evolução tanto no nariz como na boca, mostrando-se mais complexo e interessante, cremoso, saboroso e muito agradável. Sua ótima acidez o faz uma boa companhia para pratos mais ligeiros, saladas, frutos do mar grelhados, paella, salmão e até um peru á califórnia acho que casaria legal. Por vinhos como este é que a região ganhou fama de produtor de belos rosés.

Señorio de Sarría Crianza 2006 – incrível que já se encontrem crianzas no mercado nesta faixa de preços, lembrando que um vinho crianza passa por 18 a 24 meses de envelhecimento entre barricas e garrafa. Neste caso, um vinho bastante interessante fruto de um corte de Tempranillo e Cabernet Sauvignon que passa por doze de barrica e seis em garrafa com um resultado muito agradável mostrando uma paleta olfativa de frutos do bosque negros (mirtillo/framboesa) com toques balsâmicos e algo herbáceo de fundo. Na boca a fruta aparece mais, de forma muita fresca apoiada numa acidez gastronômica que deixa um final de boca muito apetitoso e chamativo à próxima garfada. Bom volume de boca, taninos aveludados, um vinho que, se não é nenhum  blockbuster, certamente faz bonito á mesa e é fácil de se gostar.

Viñedo Nº 7 2005 – pulamos alguns degraus e provamos um vinho que, tenho que confessar, jamais tinha provado em varietal. A Graciano é comumente usada nos cortes das diversas regiões espanholas assim como a Garnacha, mas um 100% Graciano, foi minha primeira vez e adorei! Tem o estilo de vinho que me seduz; riqueza de aromas e sabores, taninos finos, equilíbrio e uma tremenda elegância, um vinho que deveria vir vestido de fraque e cartola.  Nariz de boa intensidade em que sobressai uma fruta vermelha fresca, algum alcaçuz e nuances de terra molhada que convidam a levar a taça à boca. De boa estrutura e volume de boca, possui taninos suaves e sedosos, rico, frutado, harmonioso, longo e muito delicado com um final mineral com toques de baunilha muito sutis, um vinho absolutamente sedutor que deverá estar nas lojas por volta dos R$100.

                Eles possuem diversos outros rótulos, alguns dos quais fiquei curioso de provar, sendo um produtor para se ficar de olho. Vinhos de Espanha, certamente vinhos a serem provados e apreciados, tenho gostado muito do que tenho visto e degustado, então este será o primeiro de uma série de posts com vinhos deste importante país produtor quando comentarei alguns dos frutos do garimpo. Por hoje é só, salute, kanimambo e tenham um ótimo fim de semana.

Desafio de Petit Verdot, Desvendando os Ganhadores

              Adoro estes meus Desafios de Vinhos quando coloco às cegas uma série de rótulos sob um mesmo tema. Falar e provar desta cepa ainda pouco divulgada no mercado foi em si, já um grande desafio e uma experiência riquíssima para mim e, tenho a certeza, também para boa parte da banca degustadora. Aliás, quase deu casa cheia!

     Venho ao longo dos tempos verificando os benefícios que um pouco desta cepa bordalesa nos cortes de diversos vinhos consegue fazer por eles. Sempre em pequenos porcentuais, a Petit Verdot aporta cor, sabor e corpo aos vinhos dando-lhes uma riqueza e complexidade que muito me satisfazem. É uma cepa difícil em sua terra natal, de amadurecimento muito tardio o que muitas vezes faz com que boa parte da colheita se perca tornando seu uso escasso e caro devido à quebra de produtividade. Nos países mais quentes no entanto, esse tempo de amadurecimento se dá de forma mais administrada devido ás condições climáticas. Um exemplo no Velho Mundo são os vinhos espanhóis, região de verões mais quentes e longos, elaborados com ela.

               Já no Novo Mundo, de condições climáticas mais adequadas, a cepa vem sendo vinificada como varietal com a ocorrência de um fato que já verificamos na vinificação de vinhos Tannat, que é a “amansada” nos vinhos, produzindo rótulos mais harmônicos, menos tânicos enquanto preserva suas características de estrutura  e riqueza de sabores. Foi para ver como estes vinhos se comportam que, desta feita, reuni dez exemplares para este Desafio na busca do Melhor Vinho, melhor Custo x Beneficio e Melhor Compra.

                  Nos reunimos no bonito e bom restaurante Ávila, que por sinal possui uma bela adega climatizada construida pela Joshuá Adegas, onde o Tavares e sua equipe nos atenderam muito bem.  Nove rótulos de que todos tinham conhecimento mais um surpresa, foram servidos ás cegas e em ordem aleatória após alguns saborosos e refrescantes goles de dois espumantes sobre os quais falarei em outra altura. Certamente o que os amigos querem mesmo saber, é o resultado desse gostoso embate, então falemos um pouco de cada um desses vinhos participantes julgados por uma competente banca de degustadores conforme já listado em meu post anterior com a lista dos participantes .

              Como o aereador que iríamos testar não chegou a tempo, os vinhos foram decantados por cerca de uma hora cada um. Eis os vinhos com suas notas conforme ordem de serviço.

Enrique Mendoza Petit Verdot 2005 representante espanhol de Alicante, trazido pela Peninsula e que possui um preço de mercado ao redor de R$120,00. No nariz uma presença  herbácea e algum foral que fazia lembrar violetas. A fruta apareceu mais no palato, de taninos redondos e macios, complexo, um pouco fechado abrindo-se com o tempo em taça, final algo defumado e quente sem prejudicar o conjunto que agradou bastante e posteriormente acompanhou bem a fraldinha. Média de 86,7 pontos.

Pisano RPF Petit Verdot 2007 representando os bons vinhos uruguaios. Importação da Mistral, custa USD31,50 ou seja, algo próximo a R$57 nas taxas atuais. Uma paleta olfativa muito rica, o que não é tão tradicional á cepa, em que o café com aniz estava bem presente, toffee, baunilha, realmente muito interessante e convidativa. Na boca a boa estrutura da cepa, taninos aveludados e de boa qualidade, algo balsâmico com um final suave onde apreceram alguns toques de especiarias. Obteve a média de 86,20 pontos

Morkell Petit Verdot 2004, sul-africano trazido pela d’Olivino, preço ao redor de R$130,00, o mais evoluído de todos os rótulos participantes. Halo de evolução presentes na taça mostrando sua idade, trazendo ao olfato suaves notas tostadas e fruta vermelha. Na boca é um vinho resolvido, de boa textura e volume de boca adequado, algo de couro com nuances terrosas, maduro, muito rico, complexo, de taninos finos, macios e elegantes, final de boca sutil e saboroso mostrando toques minerais. Um vinho literalmente encantador, sem a pujança que se poderia esperar da cepa, porém mostrando uma personalidade muito própria e impressionando muito positivamente a totalidade da banca degustadora. Um belo Petit Verdot, um grande vinho que merece ser conferido, aliás como a maioria dos outros rótulos presentes, tendo faltado garrafa para tanta demanda. Delicioso e a nota só confirma isso, média de 90,70 pontos.

Perez Cruz Limited Edition PV 2008, o primeiro chileno da noite e ainda não disponível no Brasil. O importador dos bons vinhos deste produtor, a Wine Company, deverá estar por trazê-lo dentro em breve, mas este viajou somente para este encontro. Baseado no preço do Syrah, acredito que deverá chegar por volta dos R$130,00. Nariz complexo, herbáceo, algo de farmácia e um tico a mais de álcool do que necessário, porém sem ser algo marcante que incomode. Na boca, presença de mentol, alguma casca de laranja confeitada, taninos de qualidade ainda um pouco adstringentes, mostrando-se muito novo, grande estrutura, vinho que precisa de mais tempo em garrafa quando deverá mostrar todo o seu potencial. Vinho para guardar por mais uns dois ou três anos. Média de 87,10 pontos.

Trumpeter Reserva Petit Verdot 2008, o primeiro argentino a se apresentar, novo, com nariz tímido, frutado com algumas nuances florais bem sutis. Na boca sobra um pouco de álcool, taninos um pouco rústicos e doces, final de especiarias com algo de noz moscada, conforme lembraram alguns dos degustadores. Não chega a encantar, mas acredito que precisa de mais tempo em garrafa já que ainda não encontrou seu equilíbrio. Trazido pela Zahil e custando cerca de R$64,00, obteve a média de 84,95 pontos

Landelia Petit Verdot 2005, importado pela Ana Imports e gentilmente cedido pelo colega e membro da banca, o Jeriel da Costa, com preço de mercado ao redor de R$60,00, foi um vinho ansiosamente esperado diversos dos amigos presentes. Foi também o vinho que mais criou polêmica com um pedaço da mesa achando que estava prejudicado e aoutra metade enchendo-o de elogios. No nariz mostrou notas de torrefação e algo químico que foi se dissipando com o tempo. Na boca, fruta compotada, taninos potentes e algo rústicos, alcaçuz, acidez alta e final de boca macio. A nota média não foi das melhores, 83,90, mas por tudo o que falaram deste vinho, certamente é um rótulo que merece uma segunda chance.

Tomero Petit Verdot 2006, mais um argentino presente, desta feita trazido pelas mãos da Domno do Brasil produtor dos saborosos espumantes Ponto Nero, em especial do extra-brut de que tanto gosto. Um vinho que já se encontrou, tendo mostrado sua maturidade tanto nos aromas como no sabor. Fruta madura de boa intensidade com sutis nuances de baunilha, mostrando-se com ótimo volume de boca e boa textura. Os taninos estão sedosos, muito boa acidez, rico, com um final muito saboroso e mineral onde aparece também um toque cítrico muito interessante e cativante. Muito consistente com minhas experiências anteriores, um vinho que obteve a boa média de 88,10 pontos.

Casa Silva Gran Reserva Petit Verdot 2007, de importação exclusiva da Vinhos do Mundo com um preço de mercado ao redor dos R$89,00, foi um vinho que insisti que estivesse presente já que o tinha conhecido, e adorado, numa degustação da Casa Silva em que estive presente no ano passado. Chileno, demonstrou notas herbáceas, couro e nuances balsâmicas no olfato, formando uma paleta algo peculiar e não muito convidativa. Na boca mostrou-se melhor, redondo, taninos aveludados, bom corpo e um final especiado bastante acentuado de média persistência que não chega a encantar.  Achei que o 2006 (recomendo) que provei estava bem superior a este, talvez mais pronto? Média de 84,45 pontos.

Pomar Petit Verdot 2008, o nosso vinho surpresa e sim, Cristiano, é Venezuelano sem importador no Brasil. Da mesma bodega que nos surpreendeu a todos no Desafio de Cepas Ícones, desta feita ficou aquém do que se esperava e mais um dos rótulos em que as notas variaram demais. Tipo ame-o ou deixe-o!  Nariz intenso, frutado, mas algo monocromático, sem grande complexidade que não chega a empolgar. Entrada de boca algo dispersa que necessita de tempo para se encontrar. Acidez instável, algum álcool em excesso, taninos macios e um final algo doce. Um adolescente irrequieto e imprevisível que melhorou com um tempo em taça e, mesmo com todas essas variáveis, obteve a surpreendente média de 85,11 pontos. Preferi o Reserva, um blend mais equilibrado.

Ruca Malen Reserva Petit Verdot 2007, o último representante de uma noite muito gostosa e intrigante repleta de bons vinhos. Argentino, importado pela Hannover Vinhos, foi para mim a mais agradável surpresa de todas, especialmente em função do preço, somente R$54,00. Possui uma paleta olfativa com forte presença de frutas negras compotadas com um leve toque de farmácia, mostrando-se bastante convidativa. Na boca possui boa estrutura, volume de boca adequado, taninos finos ainda presentes, mas sem qualquer agressividade, equilibrado com uma acidez interessante e gastronômica, final saboroso ainda que a madeira tenha aparecido um pouco.  Nota média de 86,25 pontos.

 Sempre listo a preferência de cada um dos membros da banca degustadora, mas hoje não “carece”! Pela primeira vez em mais de um ano destes Desafios, tivemos uma unanimidade em torno do Melhor Vinho Petit Verdot da noite, o Morkell. Realmente um grande vinho e Nelson Rodrigues que me perdoe, neste caso a unanimidade foi sábia! Para compor o pódio, em segundo lugar o ótimo Tomero, seguido pelo Perez Cruz, Enrique Mendoza e Ruca Malen. Pelo voto direto, a Melhor Compra foi o Pisano RPF e pelo cálculo matemático inventado pelo amigo e confrade (médico fisiologista do glorioso alvinegro praiano, salve/salve, campeão paulista 2010) Dr. Luis Fernando, tivemos como Melhor Custo x Beneficio o Ruca Malen.

             Uma grande noite em que ficou constatado que há muito mais vida além dos cabernets e malbecs que andam por aí. Temos que nos abrir para as novidades, para novas experiências, para as cepas menos comuns, porém extremamente ricas. Kanimambo à banca degustadora pela agradável presença, lembrando que os comentários, assim como as notas, são o resultado da média do pensamento de todos e que, certamente, cada um tem sua própria avaliação/opinião que deverá aparecer nos blogs do Alexandre, Jeriel, Álvaro e Evandro que são sempre ótimas fontes de informação. Por sinal, meus parabéns ao Evandro, seu blog da Confraria 2 Panas está detonando, legal!

              Salute, e agora preciso pensar no próximo desafio, o de Junho. Que tema, que vinhos, que lugar? Nos vemos por aqui.

Dicas da Semana

              Mais uma Segunda-feira com Dicas da Semana e, se hoje não temos grandes sugestões de compra, temos de eventos.

Viajando com o Breno – Para aqueles que gostam de viagens vínicas, mas não suportam a idéia de passar o dia inteiro falando da santa bebida. Gente que não confunde gastos desnecessários com conforto. Gente que faz questão de comer muito bem e de conhecer a comida autêntica do lugar, mas que não tem a menor paciência para passar dez dias falando só disso. Para gente que cultiva o bom humor, que gosta de saber a história das coisas, que gosta de arte, boa música e outras tantas manifestações culturais. Gente que gosta de dar risada e que vê com entusiasmo e curiosidade, gente que tenta fugir de preconceitos, pré-conceitos e achismos apriorísticos.

É mais do que uma viagem, é um modelo, que fará seu debut agora em 17 de Junho. Para ver mais detalhes, clique aqui e veja o que o Breno Raigorodski bolou. Eu gostei muito do conceito.

Bordeaux em Paris – esta deu na revista Decanter e tinha que compartilhar como os amigos. Abriu na Galeria Lafayette, departamento Gourmet, não muito longe de um de meus preferidos pontos de Paris, a praça de Madelaine, a maior loja de vinhos Bordeaux do mundo! São mais de 12.000 rótulos em 250 m² com preços que vão de 4 Euros a 20.000 para um Chateau Mouton Rothschild 1945. Entre outras preciosidades; 32 safras de Petrus, 24 de Chateau d’Yquem e o mítico Cheval Blanc 1947! Certamente mais um ponto de peregrinação para os amantes do vinho que visitam esta linda cidade.

Vamos à Montanha – Já ouviu falar? Fora da grande mídia, low profile, é assim que esse grupo de pessoas trabalha e, pelo que pude ver, com bastante eficiência. O “Vamos à Montanha” (VAM) é um evento anual que reúne os participantes do Fórum Enológico, lista de discussão sobre vinhos (http://br.groups.yahoo.com/group/forum-enologico ) criado em 1997 pelo site Academia do Vinho com link aqui do lado, um de meus primeiros aqui no blog, fundado por dois destacados enófilos de Belo Horizonte: Júlio Anselmo de Sousa Neto e Carlos Arruda. Em função de sua estrutura, conteúdo e riqueza de informações sobre o vinho, tornou-se o mais completo e rico da época, ganhando um prêmio do IBEST como o melhor site neste segmento.

            Com o passar do tempo, os participantes do Fórum constataram que o conhecimento e as conversas virtuais não bastavam. Um dos enonautas mais participativos e ativos da época, Edilson Kruger, de Belo Horizonte, apoiado por outros colegas, teve a feliz idéia de criar uma reunião real. Chegou-se à conclusão que deveria ser nas “Montanhas”, daí surgindo a denominação de “Chevaliers de la Montagne”, dada aos participantes do encontro real. Assim, a partir do ano 2000, nasce o Encontro do Fórum Enológico da Academia do Vinho, apelidado de “Vamos à Montanha”.

 Graças ao entusiasmo dos participantes, o VAM, nesses dez anos ininterruptos, tem sido caracterizado por uma programação de alto nível, com degustações, palestras e debates. Apesar da relevância e alta qualidade dos temas técnicos de sua programação, o evento sempre se pautou pela amizade e confraternização em torno do vinho. Pela segunda vez sendo realizado em Campos de Jordão, no mês de Agosto no hotel Orotur, sob a coordenação do Luiz Otávio de Piracicaba, amigo enófilo dos mais ativos. A grande maioria das atividades já está com as reservas esgotadas, mas ainda existem algumas poucas vagas, daí esta dica tão antecipada. Se esperar mais, aí que não dará mais para participar. Das 13 atividades programadas, sobrou algo aqui:

Atividade nº 1- Wine Dinner – Eisbein mit Sauerkraut e Riesling Alemães

Importadora – Decanter

Palestrante- Guilherme Corrêa  e/ ou Tufi Meyer

Menu- Luiz Otávio

Local- Restaurante Capriccio- Orotour Garden Hotel

Dia- 19/08/2010- 20:00h

Preço- R$ 120,00

Vagas- 75

Vinhos apresentados:

1-      Müller Kabinett Forster Mariengarten 2008

2-     Fassian Kabinett Trittenheimer 2007

3-     Dönnhoff Kabinett Oberhäuser Leistenberg 2007

4-     Künstler Kabinett Trocken Hochheimer Höle 2007

5-     Müller Spätlese Trocken Forster Kirschenstück 2006

6-     Fassian Spätlese Piesporter Goldtröpfchen 2007

7-     Dönnhoff Spätlese Oberhäuser Brücke 2008

8-      Künstler Spätlese Hochheimer Kirchenstück 2007

9-     Fassian Riesling Auslese Tritenheimer Apotheke 2007

Situação- 70 reservas- 05 vagas disponíveis

Atividade nº 4- O Planalto Catarinense

Em formatação, para ficar de olho!

 

Atividade nº 5- Degustação/Palestra- O velho e o Novo Mundo sob o olhar da Reloco
Importadora – Reloco
Coordenação- Agilson Gavioli
Palestrante- Humberto Cárcamo
Local- Sala Mantiqueira- Orotour Garden Hotel
Dia- 20/08/2010- 14:00h
Preço- R$ 130,00
Vagas- 30
Vinhos apresentados:
1- Milmanda 2007 – A rainha branca- apresentação


1º Bateria- O touro e a terra.
2- Eral Bravo YBS 2006- Argentina
3- Salmos 2006- Espanha


2º Bateria- A sutil refrescância
4- Inevitavel 2005- Portugal
5- Lagarde Henry 1 Gran Guarda 2006- Argentina


3º Bateria- A rainha negra dos dois mundos
6- Cask 2005- EUA
7- Manso de Velasco 2006- Chile
8- Mas La Plana 2005- Espanha


4º Bateria- O blend segundo Miguel Torres
9- Conde de Superunda 2003- Chile
10- Gran Murales 2002- Espanha

Situação- 22 reservas- 08 vagas disponíveis

Atividade nº 6- Degustação de Grande vinhos de Bordeaux- A margem direita

Coordenação- Luiz Otávio Peçanha

Palestrante- Rodrigo Fonseca ( se não tiver nenhum impedimento na data )

Local- Sala Pinheirinho- Orotour Garden Hotel

Dia- 20/08/2010- 16:00h

Preço- R$ 1200,00, podendo ser parcelado em duas de R$ 600,00

Vagas- 15

Vinhos apresentados:

1-      Jonathan Maltus Le Dome 2005- Saint-Emilion Grand Cru

2-     Comtes de Neiperg La Mondote 2004 – Saint-Emilion

3-     Château Pavie 2003- 1er Grand Cru Classé Saint-Emilion

4-     Château L’Evangile 2002- Pomerol

5-     Château Lafleur 2001- Pomerol

6-     Vieux Château Certan 2000- Pomerol

7-     Château Trotanoy 1999- Pomerol

8-     Château-Figeac 1990-  1er Grand Cru Classé Saint-Emilion

9-     Chateau Petrus 1975- Pomerol

Situação- 14 vagas já confirmadas- 01 vagas em aberto.

 

Atividade nº 8- O Mosaico Vitivinicola Riograndense

Coordenação: Luiz Otávio Peçanha

Palestrantes: Adriano Miolo, Flavio Pizzato, Juliano Carraro.

Local: Sala Itapeva- Orotour Garden Hotel

Dia: 21/08/2010 – 10:00h

Preço- R$ 30,00

Vagas- 45

 Vinhos apresentados:

1-      Espumante Brut- em fase seletiva-Vinho e Arte-Serra Gaucha

2-      Espumante Brut- em fase seletiva- Vinho e Arte-Serra Gaucha

3-     Casa Valduga Gran Reserva Chardonnay 2009- Classificado Enopira

4-     Salton Virtude Chardonnay 2008-Classificado Enopira

5-     Cuvée Giuseppe Chardonnay 2009-Classificado Enopira

6-      Merlot- em fase seletiva-ABS/SBAV Belo Horizonte

7-      Merlot- em fase seletiva-ABS/SBAV Belo Horizonte

8-      Castas ibéricas e Italianas- em fase seletiva-SOCAVI-Três Corações/MG

9-      Castas ibéricas e Italianas- em fase seletiva- SOCAVI- Três Corações/MG

10-  Castas Francesas- em fase seletiva ABS-Campinas

11-  Castas Francesas- em fase seletiva ABS-Campinas

12-  Miolo Lote 43 2005- Classificado ABS/Rio

13-  Lidio Carraro Quorum Grande Vendimia 2008- Classificado ABS/Rio

Situação- Reservas abertas

 Para mais informações  sobre reservas e inscrições para o VAM 2010, contate o Luiz Otávio nos telefones (19) 3424-1583 / (19) 8204-0406.

 

Carnes Australianas no North Grill – já com uma boa reputação de bons cortes de carne, o North Grill (Shopping Frei Caneca) recebe agora carne “from down under”. Dizem ser boa, eu não conheço, então vale conferir.

É isso gente, por hoje é só. Nesta Quarta, finalmente, meu post sobre o Desafio de Petit Verdot 100%. Quem ganhou? Pela primeira vez uma unanimidade pelo primeiro lugar e grande vencedor! Nos vemos por aqui, salute, kanimambo e uma baita semana para todo mundo.

Gam Affari e gli vini d’Italia

            É, no ano passado bem que me faltou uma maior litragem de vinhos italianos, mas gradativamente começo a compensar essa falha. Tenho provado muito para definir os vinhos italianos que colocarei em meu portfólio e entre eles, os vinhos trazidos pela simpática Antonella da Gam Affari. Os vinhos dela não estão em loja, ainda, mas podem ser apreciados nos bons restaurantes de Sampa como o Bassi, La Tambouille e la Vechia Cucina entre outros.

           O portfólio da importadora ainda é pequeno, mas tive o prazer de tomar três de seus rótulos, um de uma cantina em Montalcino e outra da região de Chianti porém ambas do mesmo proprietário o Sr. Giannelli. No Inicio dos anos setenta, a família decidiu se concentrar nas atividades de desenvolvimento da pequena fazenda que possuíam próximo a Florença. De lá para cá, reformularam vinhedos, investiram em tecnologia e numa nova cantina, compraram terras em Montalcino (azienda Canneta) e por ultimo em Maremma.

               Comecei provando um I Mori Chianti DOCG 2007, boa safra na região, em uma prova com mais cerca de 20 vinhos. Corte típico da região com uma maior participação de Sangiovese e 10% cada de Canaiolo e Colorino duas cepas coadjuvantes, mas essenciais aos bons chiantis.  De bom corpo, taninos já domados, boa fruta vermelha no nariz, algo terroso, saboroso e bem feito, todavia não chega a arrancar suspiros. Certamente uma boa companhia para uma pasta com molho de tomate.

Dias depois, num jantar em casa de amigos, levei o Canneta Rosso de Montalcino DOCG, também 2007 que se mostrou muito bem. Aguardava um vinho com uma certa austeridade e muito encorpado, mas o que chegou na boca foi algo muito diferente. Ficamos agradavelmente surpresos por sua maciez e elegância, taninos muito finos e sedosos, delicado, harmônico e sutil, mostrando caracteristicas quase femininas. A paleta olfativa não possui grande intensidade, mas mostrou-se igualmente delicada e sedutora. Um belo vinho que merece um bom prato e um jantar á luz de velas tendo se dado bem com as massas recheadas.

               Para finalizar, um Chianti Riserva DOCG 2005 que, a meu ver, foi o melhor dos três vinhos provados mostrando-se com toda a garra e exuberância que espera de um vinho deste porte, bastante complexo, ótima estrutura, bom volume de boca e riquissímo. A Sangiovese é maestra, mas neste corte vai um tico de merlot que parece deixar sua marca dando-lhe uma complexidade diferente que me encantou. Daqueles vinhos que enche a boca de prazer combinando ótima estrutura e bom corpo com finesse, coisa que me pareceu uma característica deste produtor, frutado e muito bem equilibrado por uma acidez presente que clama por um bom prato. Um vinho que certamente teria espaço em minha adega e que recomendo tranquilamente.

           Pelo que a Antonella me disse, o vinho deles que vem arrebatando corações, é mesmo o Moresco IGT 2003 que o amigo Paulo Queiroz teve oportunidade de provar e comentar aqui. Enfim, mais um a conferir e a Gam Affari está de parabéns pela escolha, só falta estar mais disponível nas lojas especializadas.  Salute e caso deseje comprar estes vinhos ou saber mais sobre eles, contate a Gam através do e-mail: gam@gamimports.com.br ou ligue para (11) 5080-3816.

           Ainda nesta semana o resultado do incrível Desafio de Petit Verdot quando tivemos a oportunidade de provar dez ótimos exemplares num belo encontro realizado lá no restaurante Ávila.

Dicas da Semana

Uma semana com muitas dicas de compra recebidas de alguns amigos e parceiros, outros nem tanto, mas que em minha avaliação valem ser conferidas:

Enoteca Decanter – è hoje, é hoje, é hoje! Taste & Buy e algumas boas dicas do vasto portfólio desta importadora com destaque para rótulos Ibéricos.

Encontro Mistral 2010 – para muitos o mais importante evento de nossa vinosfera, mas sem duvida alguma está entre os principais programas para os aficionados pelo doce néctar.  Não em tamanho, mas certamente em qualidade é difícil bater este encontro que se realiza a cada dois anos. Como o número de ingressos é muito limitado, é essencial reservar com antecedência e dias 7, 8 e 9 de Junho estão aí, no dobrar da esquina. Não haverá venda de ingressos no local então ligue logo para (11) 3372.3400 e garanta já seu lugar. Mais informações no WWW.mistral.com.br/encontro.

 
 
Mais de 80 das maiores personalidades do mundo do vinho
  França – Champagne Ayala | Joseph Drouhin
Cos d’Estournel | Domaines Barons de Rothschild Château Tour de Mirambeau | Chapoutier / Daumas Gassac | Domaine Cazes / Château de Haute Serre | Dopff-au-Moulin | Delamain Château du Tariquet
  Itália – Masi | Cà del Bosco | Livio Felluga | Biondi Santi / Altesino | Costanti | Castello di Ama
Badia a Coltibuono | Poliziano | Avignonesi
Castello di Montepó | Castello del Terriccio
Le Macchiole | Tenuta di Trinoro
Tenuta di Capezzana | Luigi d’Alessandro
Paolo e Noemia D’Amico | Tasca d’Almerita
Tenuta delle Terre Nere | Passopisciaro | Nonino
  Portugal – Quinta do Carmo | Luis Pato | Campolargo
Quinta da Pellada | Quinta do Vale Meão | Symington Family Estates | Niepoort | Quinta do Pôpa | Quinta da Lagoalva | Blandy’s | Palácio do Buçaco
  Espanha – Pesquera | Martinez Bujanda | Bodegas Valdemar | Artadi | Marqués de Vargas | Paisajes y Viñedos | Julián Chivite | Artazu | Mas Doix | Clos Figueres | Jané Ventura | Tomàs Cusiné | Ànima Negra | El Sequé / Pazo de Señorans | Alión | Perez Páscuas | Finca Antigua
  Grécia – Gaía
  Alemanha – Dr. Bürklin-Wolf | Domdechant Werner
Robert Weil | Hans Wirsching
  Hungria – Tokaji Oremus
  Nova Zelândia – Felton Road
  Austrália – Penfolds | Coldstream Hills | Wynns
  África do Sul – Boekenhoutskloof | De Wetshof
  EUA – Paul Hobbs | Seghesio
  Argentina – Catena Zapata | Altos las Hormigas | Tikal
Bodegas Caro | Masi Tupungato
  Chile – Casa Lapostolle | Viña Carmen | Nativa Viñedos Orgánicos | Viña Montes | Viña Garcés Silva (Amayna)
  Uruguai – Pisano
  Brasil – Vallontano

 

Enoteca Fasano – ligue e fale com o Felipe Massa, não é o baixinho mas dá conta do recado. Gosto especialmente dos vinhos da Joffré e o Maycas Limari Chardonnay é especial.

Wine Dinner da Batassiolo no North Grill – bons vinhos na companhia da boa carne deste restaurante que prima por cortes divinos dignos de serem provados. Eu aprecio sobremaneira o Prime Rib deles, mas há outros. Sei que está meio em cima da hora, mas veja se ainda há vagas e aproveite este Wine Dinner para conhecer a casa e degustar esses bons vinhos.

Expand – grandes vinhos argentinos de alma européia! Rótulos de grande qualidade produzidos por europeus em terras hermanas. Eu sou gamado no Chacra 55 (ano bom esse!), mas o Barda cabe melhor no meu bolso, mesmo que só de forma esporádica. O GrandVin da Cuvelier los Andes, especialmente se for o 2006, é um dos meus vinhos argentinos preferidos. Enfim, podendo, é um prato cheio especialmente com as reduções de preços proporcionado pela importadora.

Kylix –  Last, but not least, como dizem os ingleses, o amigo Simon armando das suas e desta vez com alguns italianos maravilhosos e um jovem espanhol. Pessoalmente, me amarro muito no Il Brusciato!

 

          É isso meus amigos, havendo bolso há muita coisa legal nesta semana. Por aqui, tudo dando certo, ao longo da semana ainda terei o resultado do Desafio de Petit Verdot que pela primeira vez na história destes eventos teve um campeão por unanimidade,  comentarei os vinhos italianos trazidos pela Gam Affari – I Mori e Canneta – assim como falarei um pouco sobre algumas degustações de que tenho participado. Uma bela semana para todos, salute e kanimambo. Nos vemos por aqui.

Amantes do Mosel e do Riesling, Rebelai-vos!

             Um pouco em cima da hora, o prazo termina hoje via internet e dia 15 no facebook, para assinar a petição que é um pouco trabalhosa, mas se você se importa não pode deixar de participar. Só para ver que não é só no Vale dos Vinhedos que as coisas acontecem, esta idílica região produtora de vinhos na Alemanha, corre sério riscos com a contrução de uma ponte sobre ela o que trará graves problemas ambientais e certamente prejudicará os produtores locais. Veja como é como ficará a região com a ponte.

           Se você acha que o progresso pode passar por cima de tudo sem medir custos e impactos, deixe para lá. Agora, se possui consciência ambiental e acha que para tudo existem limites, então ajude e gaste uns dez minutos de seu tempo, uma pena que só pode ser feito em alemão, mas os amigos da Dr. Loosen dão as dicas em Inglês. Está em risco uma das mais importantes regiões produtoras de Riesling no mundo, com alguns néctares maravilhosos. Eu já assinei, espero que você também o faça e ajude a evitar essa aberração. Veja a mensagem do Kirk Wille, diretor da Dr. Loosen USA:

Greetings Riesling Lovers,

Germany’s Mosel  Valley is the birthplace of some of the world’s finest Rieslings. The steep,  breathtakingly beautiful vineyards have been the defining feature of the  Middel Mosel’s landscape, culture and heritage for more than 2,000 years.  But the planned construction of an enormous bridge across this valley and  through its vineyards may change all that forever. Please join us in our  efforts to stop this colossal mistake.

Please sign the  petition!

There is an official German government petition against the  bridge that you can sign online. The petition is in German, but attached to  this email you will find step-by-step instructions in English. Please visit  this web site: http://www.stop-the-bridge.org

And  then follow the instructions.

It will take you a few minutes to get  through the registration process so that you can sign the petition. We know  how busy you are, but we implore you to take the time. It is imperative that  we stop this bridge, and we need 10,000 signatures for this petition to have  an impact. The deadline for signing the petition is May  15.

Please pass this message on to any friends or colleagues who  you think would be willing to help.Thanks for your time and  support.”

Salute e Danke Shön(kanimambo)

Prova Freetime de Chardonnays do Novo Mundo

                           A Chardonnay é a uva branca mais conhecida e consumida no mundo. Originária da Borgonha e com excepcional poder de adaptação, espalhou-se por todos os países produtores, brindando-nos com vinhos de alta qualidade que servem de referência para as outras variedades brancas. Para surpresa de muitos não é a França seu maior produtor, ficando em segundo lugar, mas sim os Estados Unidos com 48 mil hectares plantados; dos países do Novo Mundo, vem a Austrália em terceiro e a África do Sul fica em sexto, o Chile em sétimo, a Argentina em oitavo e a Nova Zelândia em décimo. Por ser uma uva muito versátil, pode gerar vinhos elegantes e minerais como os Chablis, amanteigados como os Meursaults ou frutados e potentes como os vinhos do Novo Mundo. Foi baseado nesses dados que o amigo Walter Tommasi da Revista Freetime promoveu mais uma de suas sempre interessantes provas temáticas, Chardonnays do Novo Mundo.

          Juntos para avaliar os vinhos dessa prova, alguns craques de nossa vinosfera; Aguinaldo Záckia, Alessandro Tommasi, Beto Acherboim, Didú Russo, Fábio Miolo, Fernando Quartim, José Luiz Pagliari, Marcello Borges, Miguel Lopes, Nelson Luiz Pereira, Paulo Sampaio, Ralph Shaffa, Sergio Inglês de Souza e Walter Tommasi. Vejamos o resultado da média de suas opiniões e avaliações.

 EQ MATETIC 2007 – CHILE – Palha verdial, brilhante. Complexo, frutado, abacaxi, pêssegos, cítrico, pimentabranca, herbáceo, toque lácteo e tostado bem integrado. Macio, harmônico, ótima acidez, untuoso, bem estruturado, bom corpo e persistência longa, final de boca agradavelmente frutado. CASA DO PORTO –  Preço R$175,00 – Nota 87,4 e Campeão da Noite.

ANDELUNA RESERVE 2006 – ARGENTINA – Dourado Intenso. Abacaxi em compota, limão siciliano, pêssego, leveduras, lácteo e tostado. Leve agulha, ótima acidez, estruturado, corpo médio, persistência longa, quente, retrogosto com abacaxi e tostado, típico Novo Mundo. WORLD WINE – Preço R$ 55,00 – Nota 86,4

WILLIAM COLE COLUMBINE 2004 – CHILE – Amarelo dourado, toque de evolução. Abacaxi em calda, baunilha, lácteo e tostado, aromas evoluídos. Macio, bom balanço de acidez com álcool, persistência longa e retrogosto frutado, ligeiro amargor. ANA IMPORT – Preço R$ 76,00 – Nota 86,3

BILL 2007 – CHILE – Amarelo dourado, média concentração, brilhante. Cítrico, tostado, químico, pêssego, sottobosco e ervas aromáticas. Boa acidez e estrutura, fresco, persistência longa e retrogosto com toques de pêssego. ANA IMPORT – Preço R$110,00 – Nota 86,2 

BOGLE 2007 – EUA – Palha com toque verdial, brilhante.Químico, especiarias, cravo, tostado, floral, caramelo. Boa acidez, bom equilíbrio de boca. Corpo bom e persistência correta, retrogosto lácteo. WINE LOVERS – Preço R$ 89,00 – Nota 86.0

BOWL RIDGE 2005 – USA – Dourado brilhante. Abacaxi evoluído, caramelo, lácteo, toque de especiarias e tostado intenso. Na boca, equilibrado, acidez correta, corpo bom e persistência longa, retrogosto frutado e tostado reafirmando o olfativo, típico Novo Mundo, no limite. WINE LOVERS – Preço R$124,00 – Nota 86,0

VENTOLERA 2008 – CHILE – Palha verdial brilhante. Aromas florais, toques cítricos e minerais. Elegante, acidez correta, seco, corpo bom e persistência média, retrogosto cítrico. CASA DO PORTO – Preço R$ 68,00 – Nota 86,0

ARBOLEDA 2007 – CHILE – Palha verdial. Abacaxi maduro, pimenta, químico e toques de baunilha, lácteos e levedura. Boa acidez, corpo correto, persistência média para longa e retrogosto frutado com toque amanteigado. EXPAND GROUP – Preço R$ 85,00 – Nota 85,9

CRIOS SUSANA BALBO 2007 – ARGENTINA – Dourado, alta concentração de cor. Aromas intensos de abacaxi, lácteo, baunilha e toque herbáceo. Amanteigado, acidez correta, seco, corpo bom e persistência média para longa. CANTU – Preço R$ 50,00 – Nota 85,9

SOL DE SOL VIÑA AQUITÂNIA 2007 – CHILE – Palha verdial pouco intenso. Predominância cítrica, casca de laranja, abacaxi e toques herbáceos. Acidez marcada, bom corpo e persistência, final de boca com ligeiro amargor. ZAHIL – Preço R$ 155,00 – Nota 85,7

LARIVIERE YTURBE 2007 – ARGENTINA – Dourado brilhante. Frutas exóticas, lichia, maracujá, manteiga e tostado. Boa acidez, corpo bom e persistência longa, ligeiro amargor final. – PORTO MEDITERRÂNEO – Preço R$ 65,00 – Nota 85,7

MEERLUST 2006 – ÁFRICA DO SUL – Amarelo com toques verdiais. Olfativamente floral, abacaxi em compota, lácteo, tostado e toques evoluídos. Redondo, muito bem balanceado em sua relação acidez, álcool, fresco, corpo e persistência corretos, com retrogostro frutado. PARALELO 35 –  Preço R$179,00 – Nota 85,6

TERRA 2006 – ARGENTINA – Dourado brilhante. Mineral, especiarias, mel, abacaxi, herbáceo, erva-doce. Acidez correta, taninos presentes, corpo médio e persistência longa. VINEA – Preço R$ 55,00 – Nota 85,3

RUTINI 2008 – ARGENTINA – Amarelo palha com toque verdial. Delicado, floral e frutas brancas frescas, melão. Vinho fácil, com acidez correta, corpo e persistência médios, final fresco. ZAHIL – Preço R$66,00 – Nota 85,3

DE MARTINO QUEBRADA SECA 2007 – CHILE – Dourado claro e brilhante. Floral com leve especiaria lembrando cravo, toque mineral. Harmônico, boa acidez, corpo e persistência médios, final de boca com ligeiro amargor. DECANTER –  Preço R$ 84,00 – Nota 85,2

FINCA DE LAS PALMAS TRAPICHE 2007 – ARGENTINA – Dourado brilhante. Fechado, abacaxi, baunilha, tostado. Alta acidez, corpo médio, persistência longa, madeira evidente na boca, amargor marcado. INTERFOOD  – Preço R$ 53,00 – Nota 85,2

SEPTIMO DIA 2008 – ARGENTINA – Dourado com um leve verdial. Aromas químicos, especiarias como cravo e canela, toque floral. Boa acidez, ligeiramente alcoólico, bom corpo e persistência, amargor tolerável. INTERFOOD – Preço R$ 50,00 – Nota 84,8

DUETTE INDÓMITA GRAN RESERVA 2007 – CHILE – Amarelo intenso, brilhante. Químico, pólvora, marcado pela madeira. Boa acidez, estruturado, retrogosto amadeirado. BARRINHAS – Preço R$ 75,00 – Nota 84,4

BELLINGHAM OUR FOUNDER’S 2007 – ÁFRICA DO SUL – Dourado translúcido. Olfativo ligeiramente prejudicado, químico, sottobosco, lácteo, tostado, oxidação presente, ligeiro papelão. Boa acidez, maduro, bom corpo e persistência, retrogosto lácteo. EXPAND GROUP – Preço R$ 68,90 – Nota 84,0

ECHEVERRIA UNWOODEN 2008 – CHILE – Palha brilhante. Pera em calda, leve cítrico, casca de laranja e toque químico, sem tipicidade. Alta acidez, corpo médio, persistência média, retrogosto frutado. PARALELO 35 – Preço R$ 50,00 – Nota 83,3

           Como diz o Walter na matéria em sua revista; “No intuito de facilitar aos leitores, as principais características organolépticas (características percebidas pelos sentidos humanos, como cor, sabor e odor ) dos Chardonnays do Novo Mundo, por inicialmente terem sido produzidos em regiões quentes com uso intensivo de barricas, são: vinhos bem estruturados, marcados pela madeira, toques lácteos, muito frutados, tendo o abacaxi maduro e outras frutas tropicais como principais referências; costumam também ser mais pesados, alcoólicos e menos ácidos. Por outro lado, os irmãos do Velho Mundo que servem de referência a aqueles que buscam fazer a mudança são: vinhos mais elegantes, minerais, cítricos, frescos, menos estruturados e pouco marcados pela madeira. Muitos produtores do Novo Mundo já chegaram lá, outros estão a caminho e outros ainda mantêm o mesmo padrão que lhes deu destaque até hoje.”  Eu sou mais o estilo velho mundista, prefiro os vinhos menos “excessivos”, elegantes e minerais com pouca ou nenhuma madeira. De qualquer forma, faça você sua própria prova e defina seu estilo. Para ver um pouco mais desta uva, clique aqui em Uvas & Vinhos.

Salute, kanimambo e nos vemos por aqui.

Dicas da Semana

            Ontem foi Dia das Mães e dia em que minha filha voltou de viagem, saudades. Dia longo, (acordei às cinco num Domingo!) e árduo já que o almoço sobrou para mim, um belo churrrasco e depois o aniversáro do meu sobrinho, ufa! Feliz, mas cansado com falta de ânimo para me sentar e trabalhar em cima do Dicas da Semana. Alguma coisa, no entanto, consegui juntar hoje pela manhã antes de sair para uma série de reuniões:

Kylix – começo por uma viagem pela Itália sem sair daqui, ou melhor, aqui em Sampa, mais precisamente nas aconchegantes instalações da Kylix em Higienópolis.

Ministro 1153 – Não sei se é bom, há que conferir, mas gostei do conceito e jeitão informal, comida caseira, até os preços me parecem interessantes. Veja o release recebido: Os pratos do dia apresentam sugestões bem brasileiras que são servidas de segunda a sábado, a partir das 12h, sem intervalo. Às segundas, Virado à Paulista, com tutu de feijão, arroz, couve refogada, torresmo, bistequinha de porco e ovo frito (R$ 28). Às terças, Picadinho de Carne, que acompanha arroz, feijão, farofa e pastel (R$ 24). E assim segue até a tradicional Feijoada do sábado, com arroz, banana frita, couve, laranja e farofa (R$ 35). E todos os dias, é preparado o ‘PF’, que vem com arroz, feijão, bife acebolado (ou à cavalo) e batata frita (R$ 25,00).

De uma grelha especial, instalada no fundo do salão, saem carnes suculentas, ao estilo das steak houses nova-iorquinas, como o Steak do Ministro (R$ 42) e o Bife de Picanha (R$ 38), servidos com molho chimichurri ou barbecue, além de peixes, como o Filhote (R$ 38). Para acompanhar os grelhados, há diversas sugestões de guarnições. Salada Russa, Baked Potato e a Farofa do Pará, feita com farinha de mandioca e tempero especial, são algumas delas (R$ 9,99 cada). Para petiscar, há opções como o Torresmo de Joanópolis (R$ 11), a Linguiça Artesanal (R$ 25) e as porções de Pastéis – carne, queijo e palmito (R$ 16 – 6 unidades) e de Bolinho de Bacalhau (R$ 21 – 8 unidades). E para quem não dispensa um sanduíche, Mortadela no Pão Francês (R$ 12), o Hambúrguer do Ministro, com 200 gramas de carne na grelha, queijo cheddar, cebola, tomate, alface e picles, servido com batata rústica (R$ 25), e o vegetariano Hambúrguer da Horta, de quinua, berinjela, abobrinha e ervas finas, com alface e tomate (R$ 22). As sobremesas também têm um gostinho de “feito em casa”, como o Brigadeiro de Colher, o Pudim de Leite, o Manjar de Coco e a Cocada (R$ 9 cada).

Endereço: Al. Ministro Rocha Azevedo, 1153 – Jardins – São Paulo / Telefone: (11) 3064-1153 | Site: www.ministro1153.com.br

 

SISAB 2011 – esta é dica para os importadores e profissionais da área de enogastronomia. Estive lá em 2010 e recomendo a visita, então programe-se. Três dias de feira com inúmeras degustações, conversas e negócios num clima descontraído e aconchegante com a marca da já tradicional hospitalidade lusa. Se quiser saber um pouco mais do se passa por lá, digite “SISAB” no espaço de pesquisa aqui em cima e veja as reportagens que fiz sobre o evento. Eis o convite que recebi e estendo a todos os que trabalham na área, vale muito a pena!

O SISAB 2011 – Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas – terá lugar de 21 a 23 de Fevereiro de 2011 em Lisboa, Portugal (ver a localização). Esta será a décima sexta edição de uma iniciativa consagrada pelo mercado internacional como o “Maior Encontro Anual do sector, especializado na importação de produtos alimentares portugueses”. A edição de  2010 contou com um aumento de 22% em termos de presenças nacionais e internacionais, superando todas as expectativas iniciais da organização. Este crescimento permitiu a consolidação do SISAB, que foi preenchido com a melhor seleção das mais importantes empresas portuguesas dos sectores de vinho, bebidas não alcoólicas, pescado, pecuária, lacticínios, doçaria, fruta, vegetais, produtos biológicos, entre outros.

Em 2011, o SISAB contará com a presença das 400 maiores empresas portuguesas do sector, o que representa maior mostra das marcas e produtos de prestígio e alta qualidade. Salientamos, que este certame é restrito a profissionais, e o investimento realizado no SISAB através da sua inscrição, terá certamente um retorno muito superior para o seu negócio, dada a excelente qualidade das marcas e produtos portugueses. Neste sentido, gostaríamos de solicitar que programe os seus compromissos de forma a marcar presença no SISAB 2011 a decorrer de 21 a 23 de Fevereiro de 2011 em Lisboa, Portugal, para poder estabelecer contactos com os principais responsáveis do sector  – produtores, administradores, directores comerciais e de marketing das empresas portuguesas. Para o efeito, tomamos desde já a liberdade de enviar em anexo as condições de inscrição neste certame. O pacote inclui viagem de avião (S. Paulo – Lisboa – S. Paulo em classe econômica, acesso ao evento, três almoços e dois jantares, transporte hotel/feira/hotel,  hotel,  variando em preço dependendo da quantidade de estrelas desse hotel. :

A)    Hotel Cinco Estrelas (3 noites) – Valor:  1.850 EUR

  • Valor com desconto até 2010-07-31: 1.387,50 EUR
  • Valor com desconto até 2010-11-30: 1.572,50 EUR
  • Valor com desconto até 2011-01-31: 1.757,50 EUR

      B)   Hotel Quatro Estrelas  (3 noites) – Valor: 1.450  EUR

  • Valor com desconto até 2010-07-31: 1.087,50 EUR
  • Valor com desconto até 2010-11-30: 1.232,50 EUR
  • Valor com desconto até 2011-01-31: 1.377,50 EUR

             Variações aos pacotes podem ser conversados com a organização, clique aqui, se houver quaisquer duvidas me avise que tentarei um contato direto. Eu recomendo a ida e acho muito em conta, sugerindo que estendam a estadia por mais uns três ou quatro dias em Lisboa e região. Fiquei no Tryp Oriente, que fica a, 10 minutos do aeroporto, duas quadras da Feira, uma do metrô e estação de trem do Oriente, assim como do shopping. Vale a pena!

Por hoje é só, salute, kanimambo e uma ótima semana para todos.

Prova de Barbera

                Volta e meia o amigo Walter Tommasi da revista Freetime, por sinal uma bela revista focada no mundo dos executivos, me chama para compor sua banca de avaliação em provas de vinho com os mais diversos temas. Aprendo muito já que os vinhos são sempre de grande qualidade e os colegas presentes gente do maior gabarito em nossa vinosfera. A Barbera, uva do Piemonte (cidades de Alba e Asti próximo a Turin) sobre a qual já falei aqui, é essencialmente feminina, por isso ser tão apreciada (rsrs), gerando vinhos deliciosos, equilibrados, taninos finos e de muito boa acidez sendo uma ótima escolha para estar sobre a mesa neste Dia das Mães que se aproxima. Provamos onze vinhos, alguns de grande relação Custo x Benefício, então aproveitem para ver abaixo como foi a performance de cada rótulo na ordem de classificação final e média dos comentários a banca, lembrando que a degustação foi às cegas como manda o figurino.

Barbera D’Alba Fides 2006 – Pio Cesare – Granada de média concentração, halo de evolução. Complexo, frutas vermelhas em compota, figo seco, toque balsâmico, floral, café, tostado e especiarias lembrando pimenta-preta. Na boca, o tripé acidez, taninos e álcool perfeitamente equilibrado, sem arestas, persistência longa e retrogosto balsâmico com um toque de chocolate amargo. DECANTER – Preço R$ 191,20 – Nota 88,6. Este foi meu segundo vinho e um dos Barberas que mais me encantam por sua complexidade.

Villa Giada Barbera D’Asti Surí 2007 – Andrea Faccio– Rubi, média concentração, leve halo. Aromas evoluídos, frutas vermelhas, cereja, ameixa, especiarias, terroso, animal, couro. Na boca, muito macio, ótima acidez, taninos finos, corpo médio, persistência longa e retrogosto terroso. EXPAND GROUP –  Preço R$ 59,00 – Nota 87,6. Talvez a maior surpresa da noite no cômputo geral.

La Cresta Barbera D’Alba 2005 – Rocche dei Manzoni  – Violáceo, média concentração, sem halo. Boa complexidade com destaque para frutas vermelhas, floral, especiarias, pimenta-branca, baunilha, café. Acidez correta, taninos finos, corpo médio e persistência longa. Redondo. INTERFOOD CLASSIC –  Preço R$ 141,50 – Nota 87,4

Camp Du Rouss D’Asti 2005 – Luiggi Coppo – Rubi, média concentração, leve halo. Aromas confeitados, complementados por frutas evoluídas, cereja, sottobosco e empireumáticos. Na boca elegante, ótima acidez, taninos finos, corpo médio e boa persistência, ligeiro amargor. MISTRAL –  Preço R$ 79,00 – Nota 87,1

Valfieri D’Asti Superiore 2002 – Granada, média concentração, halo de evolução presente. Aromas evoluídos, ameixa, sottobosco, toque químico e um agradável tostado. Ótima acidez, taninos finos, bom corpo e persistência, retrogosto lembrando alcaçuz. VINEA – Preço R$ 114,00 – Nota 87,0

Braida – Il Monello D’Asti 2006 – Giacomo Bologna – Granada, pouca concentração, halo de evolução. Balsâmico, frutas vermelhas em compota, especiarias, couro e toque de baunilha. Vinho simples, mas honesto, bem equilibrado, corpo médio, boa persistência, final frutado. EXPAND GROUP – Preço R$ 58,00 – Nota 86,9

Cipressi della Court D’Asti 2006 – Michele Chiarlo – Rubi, média concentração, sem halo. Ameixa, tostado, caixa de charuto, floral, violeta, levemente adocicado. Ótima acidez, taninos presentes, corpo e persistência corretos, ligeiramente alcoólico. ZAHIL – Preço R$ 128,00 – Nota 86,7

Brea Barbera D’Alba 2005 – Azienda Bróvia – Rubi, média concentração, sem halo. Frutas vermelhas em compota, violetas, pimenta, baunilha e tostado e leve mentolado. Macio, tripé equilibrado, ligeiro retrogosto frutado, toque adocicado, fácil de beber. PREMIUM – Preço R$148,00 – Nota 86,4

Barbera D’Asti Libera 2007 – Bava  Azienda Cocconato – Violeta, muito concentrado, sem halo. Frutas vermelhas maduras, toques floral, herbáceo, especiarias, pimenta-preta e lácteo. Redondo, acidez correta, taninos finos, corpo médio, persistência longa, retrogosto frutado. WORLD WINE – Preço R$ 74,00 – Nota 86,4. Não sendo superior ao Fides de Pio Cesare, nesta noite foi o vinho que me arrebatou o coração. Ótima acidez e muito vibrante na boca, um vinho realmente sedutor mostrando toda a tipicidade e sutileza dos bons vinhos produzidos na região.

Seghesio Barbera D’Alba 2006 – Violáceo, alta concentração, sem halo. Cereja, especiarias, noz-moscada, lácteo e toque herbáceo. Ótima acidez, taninos finos, corpo e persistência média, retrogosto vinoso. MISTRAL – Preço R$ 82,00 – Nota 86,2

Arquatesi – Colli Piacentini 2008 – Granada, média concentração, sem halo. Vinoso, morango, químico, animal, toque herbáceo. Boa acidez, taninos ainda verdes, bom corpo e persistência, vinho jovem e rústico. ANA IMPORT – Preço R$ 52,00 – Nota 84,1

        Cada um dos degustadores teve seu preferido, comum nestes casos de provas ás cegas, porém tendências ficaram claras. Veja quem esteve presente neste delicioso encontro, os vinhos preferidos de cada um e nota dada.

  • Aguinaldo Záckia Albert – Barbera D’Alba Fides – Nota 89
  • Alessandro Tommasi – Villa Giada Barbera D’Asti Surí – Nota 90
  • Alvaro Cezar Galvão – La Cresta Barbera D’Alba – Nota 90
  • Beto Acherboim – Villa Giada Barbera D’Asti Surí – Nota 89,5
  • Carlos Hakim – Barbera D’Alba Fides – Nota 89
  • Gustavo Andrade – Barbera D’Alba Fides – Nota 89
  • João Filipe Clemente – Barbera D’Asti Libera – Nota 89
  • Nelson Luiz Pereira – Seghesio Barbera D’Alba – Nota 89
  • Paulo Sampaio – Barbera D’Alba Fides – Nota 88,5
  • Ralph Schaffa – Barbera D’Asti Libera – Nota 88,5
  • Walter Tommasi – Barbera D’Alba Fides – Nota 91

OS CAMPEÕES

Melhor Vinho da Noite

Barbera D’Alba Fides – Pio Cesare – Nota 88,6 – Decanter – Preço R$ 191,20

Melhor relação Custo x Beneficio

Villa Giada Barbera D’Asti Surí – Expand – Nota 87,6 – Expand – Preço R$ 59,00

              Espero que tenham aproveitado e que tenhamos podido jogar uma luz nos vinhos elaborados com esta cepa. Muito mais existe no mercado e fica claro, mais uma vez, que preço não é documento em nossa vinosfera, mesmo que o Melhor Vinho tenha sido o exemplar mais caro na prova, coisa que deve ser esperada. Senti-me muito honrado em sentar com essas feras para desfrutar desta bela disputa de vinhos, de onde saiu a idéia para meus Desafios de Vinho.  Logo após esta prova ainda fizemos uma degustação vertical do famoso vinho chileno VIU 1. Estupendo o 1999, ótimo o 2001, mas marcante mesmo, o vinho que mais me chamou a atenção pelo nível de complexidade, vigor e elegância, um grande vinho de uma grande safra.

 Salute, kanimambo e tenham um bom fim de semana.