Grande Desafio Merlots do Mundo

Fotos Pietro 006Realizado nas agradáveis instalações da Trattoria do Pietro, onde fomos muito bem recebidos pelo Juan, Armando, Roberto e equipe na última segunda-feira dia 23, tivemos algumas gratas surpresas e outras nem tanto. Foram 12 vinhos provados, tivemos um “no show”, todos de boa qualidade, mas verdade seja dita, a banca mostrou estar mais inclinada ao estilo novo mundo do que ao do velho o que pode ter influenciado o resultado final deste Desafio.

               Para começar nossas atividades e preparar o palato para uma maratona que nos esperava, iniciamos com a degustação de um espumante muito Casillero brutagradável e novo no mercado. É o Casillero Del Diablo Sparkling Brut Reserva, elaborado com 100% de uvas Chardonnay do Vale do Limari. Padrão Concha y Toro, que dificilmente erra a mão, e certamente uma grande adição à linha da Casillero Del Diablo. Muito mineral, fresco, vibrante, perlage abundante, fina e persistente, cítrico com um toque suave de leveduras, muito saboroso, bem feito e de boa persitência. Com um preço ao consumidor aproximado de R$73 a 75,00, surpreende por se tratar de um produto para o qual o Chile não tem mostrado muita aptidão até agora.

               Após a prova, tivemos o prazer de aproveitar o que tinha nos sobrado nas taças acompanhando uma massa e um chateaubriand ao molho madeira servido pela Trattoria. De ressaltar a leveza deste ravioli recheado de mussarela de búfala coberto por um saborosíssimo molho Pietro, uma especialidade da casa que recomendo. Para terminar esta introdução ao Desafio, os resultados e resenha dos vinhos apresento amanhã, não poderia deixar de agradecer ao Roberto que nos atendeu maravilhosamente bem junto com sua equipe e ao Pires do estacionamento do Open Center que, devido ao adiantado da hora e necessidade de fechamento do estacionamento, teve a gentileza de retirar todos os carros e estacioná-los na rua em local apropriado.

             Sempre há correções a serem feitas, estamos apenas no quarto Desafio, mas certamente foi mais uma agradável noite de descobertas e conhecimento. Presentes os degustadores costumeiros:  Emilio Santoro (Portal dos Vinhos) / Evandro Silva e Francisco Stredel (Confraria 2 Panas) / Zé Roberto Pedreira, Fábio Gimenes, e Jaerton Eduardo da Confraria de Embu / Alexandre Frias (Diário de Baco) / Cristiano Orlandi (Vivendo Vinhos), Denise Cavalcante (Assessora de Imprensa), Marcel Proença (Assemblage Vinhos) e eu.  Abaixo a fotos dos desafiantes perfilados após o embate. Amanhã veremos quem faturou o titulo de; Melhor Vinho / Melhor Relação Custo x Beneficio e melhor Compra.

Merlots do Mundo 009

Salute e Kanimambo

Noticias do Mundo do Vinho

Zuccardi, Novos Produtos e Novo Importador. A  Zuccardi, Zuccardi ALAMBRADO malbec 08conhecida vinícola argentina produtora dos vinhos Sta. Julia e o maravilhoso Zeta entre outros ótimos vinhos, aproveitou a Vinexpo para lançar seu novo rótulo ALAMBRADO ainda sem data para chegar ao Brasil. A linha será composta por um Malbec, um Cabernet Sauvignon e um espumante elaborado pelo método tradicional. O que já tem data para chegar, provavelmente em Agosto, será o Sta. Julia Reserva Tempranillo recentemente premiado com medalha de ouro no International Wine Challenge.

         Paralelamente, informa que seu novo representante e importador exclusivo é a  Ravin, empresa jovem porém de gente experiente no mercado com planos de dar uma dinâmica diferente à linha de vinhos da Zuccardi. A linha Fuzion, um dos melhores custo x beneficio do mercado, deverá voltar ao mercado em 2010 conforme me informa a Viviane direto da Vinexpo.

 

VinhoFest II em BHboa noticia para os amigos mineiros. Querendo repetir o sucesso da primeira edição o ano passado, mais uma vez Belo Horizonte será palco de um grande evento viníco na cidade. Afora a mostra de vinhos em si, mais de 350 vinhos, alguns dos principais restaurantes da cidade, também estarão participando com um Festival de Harmonização. Prepare seu coração e taça, a mostra começa agora dia 2 de Julho.

 VinhoFest II

 

CVR Lisboa ganha 10 medalhas.  Em 2009, o Decanter World Wine Awards foi a competição que mais entradas teve em comparação com os outros concursos, reforçando assim a sua posição do maior concurso de cvr-lisboavinhos do Mundo.

Nesta competição concorreram 10.285 vinhos, o dobro desde há seis anos atrás, data do lançamento da competição. A Região de Lisboa alcançou 10 prémios, desta vez 10 medalhas de Bronze atribuídas aos seguintes produtores da Região: Casa Santos Lima, Companhia Agrícola do Sanguinhal, DFJ – Vinhos e Enorport. Fonte: Wine Essência do Vinho.

 

Villaggio Grando – Fiquem de olho e acessem o site – www.villaggiogrando.com.br  – para ver as novidades desta importante vinícola da Serra Catarinense. Para aqueles que não sabem onde comprar seus bons vinhos, agora existirá a possibilidade de compras on-line. Vale conferir!

 Villaggio teaser

 

Novo DOCG italiana confirmada para Prosecco. “Conegliano Valdobbiadene Prosecco Superiore” será a denominação impressa nas garrafas de Prosecco produzidas nesta região coberta por 15 comunas onde 160 produtores terão a honra de ostentar esta marca a partir do ano que vem. Mais nove comunas poderão fazer uso da denominação DOC e o restante estará proibido de afixar o nome Prosecco em seus rótulos, devendo usar o nome Glera, um outro nome pela qual esta cepa é conhecida na Itália. Fonte: Drink Business

 

Vinhas da Ira Fatura Ouro no Concours de Bruxelles. Os vinhos de Henrique Uva/Herdade da Mingorra (www.mingorra.com), no mercado desde 2004, logo conquistaram a preferência de público e crítica exigentes. A atestá-lo estão os 74 prémios entretanto conquistados em prestigiados concursos nacionais e internacionais.

Vinhas da IraRecentemente, no Palácio da Bolsa, no Porto, o vinho tinto regional alentejano Vinhas da Ira foi eleito o segundo melhor de Portugal, na prova internacional “Top Ten Vinhos Portugueses”. Esta distinção aos vinhos de Henrique Uva/Herdade da Mingorra vem juntar-se a muitas outras, recebidas no International Wine Challenge, no Challenge International du Vin e no concurso da Confraria dos Enófilos do Alentejo, “Os Melhores Vinhos do Alentejo”, onde o vinho rosé ganhou a Talha de Ouro – 1.º Prémio – da colheita de 2008.

Agora, no Concurso Mundial de Bruxelas “CMB 2009”, entre mais de 6 mil vinhos provenientes de 54 países, perante 250 provadores profissionais oriundos de 41 países, a Henrique Uva/Herdade da Mingorra conquistou três medalhas, uma de ouro e duas de prata, a que se juntam pontuações elevadíssimas, na senda do que tem obtido em anos anteriores neste concurso mundial. Os vinhos de Henrique Uva estão disponíveis no Brasil através da Lusitana de Vinhos e Azeites. Para ler a noticia completa, clique em http://www.revistabluewine.com/php/premios.php?id=113.

 

Sinal dos Tempos, China Compra Bordeaux. Tá, não é tanto assim, mas que a compra do Chateau Richelieu pelo grupo de produtos de luxo, HongKong A&A International, mexe com as emoções dos mais tradicionalistas, lá isso não restam dúvidas. O quanto um dos mais antigos Chateaus da região de Fronsac, a alguns quilômetros de Saint Emilion, com mais de 1250 anos de história pode mudar ao ser assumido por gente de cultura e tradição tão diferentes, saberemos mais para a frente, mas que é um sinal dos tempos lá isso é! O negócio, estimado em cerca de três milhões de Euros pela propriedade de 15 hectares, seguirá tendo á frente do seu gerenciamento operacional a presente equipe sob a batuta do holandês e sócio Arjen Pen, enquanto os chineses assumirão todos os aspectos comerciais da operação incluindo a distribuição no mercado asiático, em especial o chinês. Vendas de vinhos de Bordeuax na China creceram 36% no ano passado versus o crescimento médio do setor na região, de 15%. Fonte: Revista Decanter.

Salute kanimambo.

Reflexões do Fundo do Copo – o gosto, o desgosto e o degustar.

            Quisera poder comparar vinhos com coisas diferentes, para não ter que por em xeque minhas certezas neste quesito. Quisera ser fiel ao meu gosto já determinado, para que pudesse contar com uma sólida base de certezas que me permitissem construir minha adega até o fim da minha vida. Deste ponto de vista, feliz era aquele saloio que vivia em seu canto, consumindo os produtos da região, jamais entrando em contato com o desconhecido. Urbano e mundano que sou, a informação de que existem muitos milhares de vinhos no mercado que eu não conheço me deixa extremamente desconfiado das minhas certezas.

              Quem sabe entre os desconhecidos exista o vinho do dia-a-dia definitivo. Quem sabe entre eles, exista um vinho igualzinho aquele que gostei tanto, mas muito mais barato. Quem sabe entre eles haja sabores inesquecíveis, surpreendentes, maravilhosos, que não posso me permitir morrer antes de conhecer. Vinho é tão bom quanto o prazer que ele pode me dar, simples assim. Até porque ele não é bom em si, enquanto fenômeno que reúne condições dadas e trabalho humano. Ele é bom, na medida em que atende minha expectativa de prazer. Bom porque melhor de outros similares que já tomei, bom porque tem uma boa relação entre qualidade e preço. Bom porque me deu prestígio junto aos meus amigos, já que eles gostaram muito da minha escolha. Bom porque é diferente dos que conheço.

             Mas qual é a minha verdadeira expectativa? Ser fiel aos vinhos que já gosto, defender com unhas e dentes meu conhecimento adquirido? Nietzsche nos dá uma bela pista a respeito das certezas que parecem definitivas, herdadas que são das gerações anteriores. No livro O Connaisseur Acidental de Lawrence Osborne, traduzido e publicado pela editora Instrínseca, no Rio de Janeiro, 2004, encontra-se a seguinte citação imperativa, como costumam ser os resultados das pesquisas intelectuais deste herói do pensamento ocidental – “A vida é uma Disputa entre o gosto e degustação”.

            A simples citação, mesmo que fora de qualquer contexto, põe em moto continuo o conflito entre o gosto adquirido e a compulsão por enfrentá-lo e colocá-lo em xeque. Pois aqui, o gosto é um dado comprovado por práticas que o consolidaram – Gosto da comida da minha mãe, não porque ela ponha duas folhas de louro no feijão. Gosto porque aprendi a gostar assim, através de tanto tempo de experiência, de anos a fio comendo feijão com aquele gosto. Ao me tornar cidadão do mundo, saio por aí experimentando feijões e fico furioso quando constato que há gente por aí que ousa fazer feijão diferente do da minha mãe, quando, para mim, é evidente que aquele é o melhor que o mundo pode criar!

             Já o degustar é o colocar-se numa posição de questionar o feijão da minha mãe. Experimento outros feijões porque estou aberto a outros gostos desconhecidos. Experimento para confirmar as minhas preferências, experimento porque não temo colocá-las em xeque, seja porque estou absolutamente convencido da primazia da minha escolha, seja porque estou disposto a trocá-la. Ou seja, é assim, mais para comprovar o meu gosto consolidado e menos para contestá-lo, que saio por aí abrindo garrafas de vinhos de todo tipo.

              Procuro tateando, determinando horizontes. Eu que não gosto de vinhos de sobremesa, que prefiro vinhos gastronômicos com acidez presente, não fico por ai experimentando tudo que a late harvest que me propõem… Não fico procurando vinhos cheios de taninos de madeira americana, que também não gosto muito. Enquanto tive uma dificuldade inicial de gostar de vinhos com este acento novomundista – principalmente no que tange à exigência de maciez, mesmo em vinhos de mesa – aceito com naturalidade vinhos com cheiro herbáceo, com pouca coloração, com pouca gradação alcoólica. Portanto, a procura começa por vinhos quase iguais aos que já assimilei, o que confirma, mas não radicaliza, a tensão entre o gosto e o degustar. Primeiro procuro vinhos com características extremamente próximas as que já fazem parte do meu gosto.

               Balela procurar extrema objetividade no vinho em si, pois – como acaba de nos dar a chave o filósofo bigodudo alemão, que tanto influenciou a gente como o Freud – a questão do gosto se encontra em boa parte fora da garrafa, fora do terroir, fora da cepa. A questão está mais na nossa capacidade de enfrentar o novo. Evidentemente, o vinho tem características objetivas que o definem, características de toda ordem que podem ser divididos em conjuntos como as características geológicas, como a composição do solo e seus alimentos; as geográficas, como o clima, índice pluviométrico, variação térmica e insolação; as técnicas como os princípios enológicos a que se submete, como o uso de micro-oxigenação e o carvalho americano; a princípios de mercado, como as opções de cepas compatíveis com determinado solo; e até as sociológicas como a que tradição agrícola está inserida, quem planta e consome.

               Sim, é possível estabelecer bases para este critério de valor, bases concretas, a partir de pré-definições que envolvem defeitos reconhecidos como tal, tipicidade, características organolépticas definidas e obrigatórias. Por exemplo, uma espumante feito pelo método de Champagne tem a longevidade de sua borbulha como um critério de qualidade reconhecido. Pode ter o gosto que quiser, mas ninguém lhe nega que a longevidade da borbulha é uma característica objetiva que permite uma avaliação de qualidade. Há ainda um outro fator tão objetivo quanto estes para a formação de determinado gosto: as características físicas do próprio degustador. Em teste aplicado na faculdade do vinho de Bordeaux 2, em 2006, constatou-se que num gradiente de 10 níveis, nenhum degustador profissional era capaz de reagir com a mesma intensidade à moléculas odoríficas diferente presentes no vinho. Os que se mostraram mais sensíveis a uma determinada molécula, invariavelmente eram menos sensíveis a outras. Concluiu-se então, que não há degustador capaz de treinar sua eficiência para todos os milhares de resultados possíveis que se apresenta numa taça de vinho.

              Além disso, vive, no interior de cada degustador, outras tantas características subjetivas, como as lembranças ou referências, boas ou más, associados a determinado perfume, determinada denominação de origem etc. que influenciam obrigatoriamente o veredicto do degustador, seja ele mais ou menos treinado, não importa. Tudo reunido me permito uma reflexão em direção à humildade perante o vinho: Profissionais e amadores, não há forma de imperar sobre o gosto, o desgosto e a degustação dos outros.

 

breno3Genial texto do amigo e colaborador, agora com participação quinzenal aos sábados, Breno Raigorodsky; 59, filósofo, publicitário, cronista, gourmet, juiz de vinho internacional e sommelier pela FISAR. Para acessar seus textos anteriores, clique em Crônicas do Breno, aqui do lado, na seção – Categorias

Dicas da Semana

              Começo as dicas desta semana com um link imperdível de um blog com dicas para quem vai a Paris, harmonização de comida Thai em Porto Alegre, almoço executivo em Sampa, pelas mãos de chef “Cordon Bleu” premiada, por apenas R$39,00, dicas de compra, enfim, não em grande quantidade, mas certamente muito boas!

Conexão Paris, o blog da Maria Lina é dez. Vi que tinha um monte de acessos no meu blog vindos de lá e fui checar. Era um dilema sobre a isenção de vinhos na bagagem, coisa que já tratamos exaustivamente por aqui. Uma de suas leitoras me achou e postou o link para a matéria que fiz já faz um tempinho. Daí descobri que o blog dela está repleto de boas dicas. Onde ficar, o que ver, onde comer, onde comprar, tudo baseado em experiências próprias e/ou de leitores assiduos e muito pé no chão do jeito que eu gosto. Junte essas e mais aquelas minhas sugestões de onde comprar vinho no exterior e parta para curtir Paris com muito mais tranqüilidade e conhecimento. Gostei demais e quando tiver uma oportunidade de estar novamente por aquelas bandas, não deixarei de consultar antes. Link aqui do lado, na nova categoria VIAGENS. Aliás, quem tiver dicas de blogs e sites com esse perfil sobre outras cidades do mundo, não deixem de informar e colocarei link neste novo espaço.

 

Koh Pee Pee | Thai Food & Villa Francioni, mais uma realização e apresentação da enóloga Maria Amélia Duarte Flores em Porto Alegre que me enviou este informe.

           È uma viagem de sabores por nove pratos, conhecendo a gastronomia deste que é considerado o melhor restaurante de Porto Alegre devidamente harmonizado pelos vinhos dessa conceituada vinícola catarinense que produz alguns dos melhores vinhos nacionais.

Recepção

Ilha de espumantes brasileiros

Entradas

  • Goong Pad Grateum | Camarão, alho e gengibre
  • Poh Pia | Rolinho primavera thai style
  • Sa-teh | Espetinhos de frango gelhado com molho agridoce e molho de amendoin
  • Goong / Thod Pla | Camarão e filé de peixe crocante com molho agridoce

Villa Francioni Sauvignon Blanc São Joaquim

Villa Francioni Joaquim Cabernet Sauvignon / Merlot

Pratos Principais

  • Koh Pee Pee | Frutos do mar, legumes diversos com arroz thai jasmin
  • Khao Pad Ton Kra Thian – Hed Hawm | Arroz frito com camarão, cogumelo shitake e alho poró
  • Kaeng Goong Ka-Rhaee | Camarão ao molho de pasta de curry amarelo, servido no abacaxi com leite de coco natural, abacaxi e moranga
  • Pad Neua Ayuttaya | Filé ao molho de ostras, cogumelos frescos e arroz thai jasmin
  • Gai Pad Med Mamuang | Frango com castanha de caju ao molho de ostras (acompanha arroz thai jasmin)

 Villa Francioni Rosé

Villa Francioni Chardonnay

Villa Francioni Francesco

Degustação Especial | Villa Francioni Tinto 2005

Sobremesas

  • Kluai Buat Chee | Bananas cozidas em leite de coco natural e açúcar de palmeira,com sorvete
  • Tub Tim Grob | Amêndoa da flor de lótus com calda de açúcar, lichias e leite de coco natural
  • Sorvete com calda natural de fruta 

Valor individual | R$ 155,00 e as vagas são limitadas. Reservas e informações pelo fone (051) 9843 0588 com Alexandre, ou mariaamelia@vinhoearte.com

 

Paço do Conde na Lusitana . Este é um recado da amiga Eliza lá da Lusitana de Vinhos & Azeites, “quem ainda não teve a oportunidade de provar estes vinhos, façam agora: apesar das garrafas serem muitas, a sede por Paço do Conde é maior ainda! Não vale dizer que não avisei!”. Gosto muito dos vinhos da Sociedade Agrícola Encosta do Guadiana, produtora alentejana destes vinhos, em especial do Herdade Paço do Conde tinto, um vinho de ótima relação Qualidade x Preço x Satisfação elaborado por um dos melhores enólogos portugueses da atualidade, Rui Reguinga. Eis os rótulos e preços que a Lusitana tem para estes vinhos e uma promoção legal que eu conto no finalzinho:

  • Herdade das Albernoas Branco 2007 – R$ 28,22
  • Herdade das Albernoas Tinto 2007 – R$ 28,22 – Prêmios: Safra 2004: “Revista de Vinhos” de Portugal, a “Melhor Compra 2005” (relação custo/benefício). Revista “Gula”, “Boa Compra” em seu “Guia de vinhos 2006”.
  • Herdade Paço do Conde Tinto 2007 – R$ 42,34 – Prêmios: Safra 2004: Selo de “Melhor Compra 2005” – “Revista de Vinhos” de Portugal; “Medalha de Ouro” no ” Mundus Vini Great International Wine Awards 2006″ na Alemanha; “Medalha de Prata” no “International Wine Challenge” e a ” Medalha de Bronze” no “Decanter World Wine Awards” em Londres. “Os melhores Vinhos do Alentejo – Menção Honrosa” – 10 melhores no Alentejo; Prêmio “Melhor Compra 2004″ – Revista de Vinhos” de Portugal; Prêmio “Melhor Compra 2003” – “Revista de Vinhos” de Portugal.
  • Herdade Paço do Conde Reserva 2005 – R$ 118,81 – Prêmios: Safra 2004: “Melhor Compra 2006” Revista de Vinhos; Medalha de Ouro no”International Challenge du Vin 2007” na França; Medalha de Ouro no “ Concours Mondial de Bruxelles 2007” na Bélgica; Medalha de Bronze no “International Wine Challange”, Medalha de Bronze no “Decanter World Wine Awards”; Ouro Excelência” no II Concurso de Vinhos do Baixo Alentejo. Safra 2003: Medalha de Prata no ” Concours Mondial de Bruxelles 2005″; Revista Gula (ABRIL/06) “Primeiro lugar do Alentejo”; 1 Prêmio no III Concurso de Vinhos Engarrafados do Alentejo em 2005; Medalha de Bronze no ” Challenge International do Vin”, em Bordeaux 2005.

Em cima desses bons preços, agora vem a boa noticia e a boa dica de compra da semana, usando esta promoção de descontos progressivos; monte seu mix e na compra de 3 garrafas ganhe 5% de desconto, na compra de 6 garrafas 10% e na compra de 12 garrafas um total de 20%. Mais ainda, se a conta der mais de R$200, 00 (fácil/fácil) eles entregam gratuitamente em São Paulo. Para outras regiões ligue para (11) 4508-8880 e consulte.

 

Restaurante Babette Agora com Pratos Executivos ao Almoço. Inaugurado há pouco mais de um mês, em um aconchegante sobrado da Rua Melo Alves, nos Jardins, o restaurante Babette agora também abre para o Babette Elianealmoço. De terça-feira a sábado, além das opções à la carte da casa, a bonita chef Eliane Carvalho servirá três diferentes sugestões de menus executivos, que serão alterados semanalmente. Eis aqui uma boa noticia até porque a chef premiada pelo Cordon Bleu, prepara três sugestões de cardápios de receitas contemporâneas com couvert, entrada, prato principal e sobremesa, por apenas R$39,00. De certo uma razão para passar lá e conferir já que com bebida e serviço, onde se pode comer bem assim por cerca de R$50,00 nesta cara São Paulo? Entre os cardápios desenvolvidos pela chef para o almoço do Babette estão as opções abaixo:

  • Mix de salada verde, lascas de parmesão, tomate seco, e molho de mostarda
  • Escalopes de filé mignon ao molho de vinho e arroz puxado no molho ao creme e champignons
  • Creme com chocolate e Sonho de Valsa crocante

 

  • Alface americana com carpaccio de salmão, salsão e molho de maracujá
  • Bacalhau desfiado, batata, ovos cozidos, cebola, azeitonas, tomate e arroz branco
  • Torta gelada de morango com chocolate e nozes

 

  • Salada verde, mix de legumes e vinagrete de laranja
  • Picadinho de filé mignon, feijão com bacon, arroz branco, ovos de codorna fritos e couve
  • Pudim de caramelo

Eliane Carvalho se formou em gastronomia pela escola Le Cordon Bleu de Paris, em 2000, alcançando o 1º lugar no curso e recebendo menção Babette escalopeshonrosa da instituição, que todos os anos convida a chef para dar aulas em Paris. Para abrir o Babette, Eliane escolheu um imóvel centenário nos Jardins. A fachada, toda em branco, ganha iluminação colorida à noite, as janelas do andar superior receberam delicadas floreiras e, ao redor de uma antiga árvore do sobrado, um pequeno jardim foi instalado. Logo na entrada, estão o bar e a área de espera, mobiliados com requinte, com poltronas de couro pretas e mesinhas de vidro. À esquerda, há uma salinha que comporta quatro mesas e ao fundo, uma pequena área ao ar livre. A escada de madeira, em pátina provençal, leva os clientes ao salão principal, que se divide em três ambientes e está sob a responsabilidade do maître Luciano Brito, ex-Antiquarius.

Babette ricotaOlha, eu não sei vocês, mas eu já coloquei no meu caderninho e certamente passarei para conferir. Se incluírem um bom vinho à taça com a mesma política de bons preços, aí será o nirvana e vira ponto obrigatório para todos os amigos enófilos que moram e/ou trabalhem no pedaço. Onde fica? Calma, também não precisa correr! Rua Melo Alves, 216 – Jardins – Telefone: (11) 3063-4838. Horários: Almoço – terça a sexta, das 12h às 15h, e sábado, das 12h às 16h. Jantar a la carte (também disponível no almoço) – terça a quinta, das 19h à 0h, e sexta e sábado, das 19h à 1h. Quer ver mais, clique aqui. www.elianecarvalho.com.

Quem tiver mais boas dicas como esta, este blog está aberto para divulgação, pois, assim como no vinho, está na hora dos restaurantes cairem na real!

 

Tributo a Michael Jackson. Personagem controversa, mas sem dúvida um dos grandes artistas dos últimos 40 anos. Não olhemos a cara, cavaleiro de triste figura, concentremo-nos no essencial, sua obra que teve inúmeros grandes sucessos de qualidade indiscutível tendo atingido, a meu ver, o ápice com We Are The World, em parceria com Lionel Ritchie sob a batuta do maestro e arranjador (sempre ele) Quincy Jones, assim como Heal the World que, lamentavelmente, não teve a repercussão que merecia sendo uma de suas musicas que mais mexe com minha emoções.  Foi-se o artista, ficou sua obra, que não é pequena. Nem Thriller, nem Bad, nem Ben nem Black & White, Beat It, Billie Jean ou Will You Be There entre as dezenas de seus garandes sucessos, minha dica é, dê um “time out” aumente o som, se puder, e assista estes dois videos pois, recordar também é viver e estas são, na minha opinião, o Créme de la Créme de sua obra!

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[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=Jpz5eD9L4dA]

Salute e kanimambo

Nova Leva de Chilenos na Vinea

              Algumas semanas atrás tive o grato prazer de voltar a visitar a Vinea Store depois de algum tempo e um inicio de ano algo morno. Como sempre, muito agradável participar de eventos no local, ainda mais em função da simpatia que irradia das pessoas e alto astral do local, estava com saudade disso. O convite foi para conhecer os novos rótulos vindos do Chile e rever os excelentes vinhos da Casa Marin, uma vinícola realmente impar e sobre a qual já tive oportunidade de comentar o Syrah que, para mim, é o melhor vinho que eles têm e certamente é um dos grandes Syrahs hoje disponíveis no mercado. Agora quero falar mesmo é das outras três vinícolas que chegam, seus vinhos e, importante seus preços. São três as vinícolas; San Esteban com a marca In Situ, Butron Budinich com Cumbres Andinas e Catrala.

  • Para começar, dois brancos muito agradáveis. O In Situ Chardonnay bem típico dos vinhos do novo mundo com madeira aparente, nariz intenso de boa tipicidade, equilibrado, leve amargor final que não chega a incomodar. Com preço de R$39,00, é uma boa opção de Chardonnay nesta faixa. Já o Sauvignon Blanc Cumbres Andinas da Butron, é especialmente agradável, ótima paleta olfativa que convida a tomar, acidez muito boa tornando-o muito fresco, sedutor e refinado para um vinho de apenas R$30,00. Certamente um vinho que faz a minha cabeça.
  • Nos tintos afora os incríveis e já amplamente divulgados vinhos da Casa Marin que são um caso à parte e meio que Hors Concours em qualquer evento,  provei mais dois vinhos que são grande surpresa em função do preço. Em meus Desafios de Vinho tenho colocado como fator surpresa alguns rótulos mais baratos, mas de qualidade, que conheço e têm se dado muito bem nas degustações às cegas. Estes são rótulos que têm este tipo de estirpe apesar do preço; Merlot Cumbres Andina um vinho bem feito que não me parece que passe por madeira, gostoso, macio e fácil de tomar, uma ótima opção para aqueles encontros com pratos menos sofisticados do dia-a-dia por apenas R$30,00 e o In Situ Carmenére Reserva um vinho de corpo médio, boa intensidade aromática, firme na boca, muita concentração, mas de taninos bem balanceados mostrando especiarias e notas terrosas no final de boca o que é um achado num vinho de R$39,00 e o San Esteban Cabernet Sauvignon VSE Classic, um vinho muito saboroso e fácil de tomar, uma ótima pedida para aquela pizza com os amigos e custa apenas R$28,00.
  • Num Patamar um pouco acima, três vinhos me chamaram a atenção; o In Situ Winemaker´s Selection Cabernet Sauvignon mostra bastante estrutura e está ainda um pouco jovem, pois é de 2007, mas mostra uma riqueza de sabores muito boa e taninos finos que prometem desabrochar com mais um ano de garrafa, um bom vinho ainda apresentando uma certa rusticidade que deve arredondar com o tempo. Bom vinho por módicos R$67, mas é seu irmão mais velho, o In Situ Gran Reserva que mostra todo o potencial da casa com esta cepa e custa R$98,00. Uma pena que seja de 2007, pois está ainda muito fechado, mas mostra ser robusto, nariz em que a madeira ainda se encontra bem presente, mas sem exageros, algo floral e tabaco mostrando uma certa complexidade. Na boca está um pouco duro ainda, denso, de boa textura mostrando alguma mineralidade e um final de boca algo herbáceo, notas de pimenta e boa persistência. Vinho para guardar mais uns dois ou três anos para aproveitá-lo melhor. Na mesma faixa de preço, o Catrala Merlot Grand Reserva Limited Edition também está muito novo, 2007, mas já mostra qualidades. Nariz de bastante fruta negra com algo químico e madeira por arredondar, mas sem incomodar. Na boca é um vinho muito expressivo, de bom volume e estrutura, saboroso, taninos finos e aveludados de muito boa persistência.
  • Por falar em Catrala, interessante saber que o nome é alusão à mulher chilena do século XVII, mulher elegante, impetuosa e misteriosa; conhecida por suas excentricidades e extranhos costumes, vivendo um mix de realidade, lenda e fantasia. Legal essa homenagem. O Pinot  também demonstra muita qualidade, mas foi o Catrala Sauvignon Blanc deles que mais me encantou. Da região de Casablanca, possui aromas muito cítricos e frescos de grande intensidade que te seduzem facilmente. Na boca mostra tudo isso com muito refinamento, harmonia e alguma mineralidade que encantam os sentidos. Vinho muito bom que mostra que os chilenos realmente produzem ótimos vinhos desta cepa, tantos os mais baratos como vinhos premium como estes e os consagrados vinhos da Casa Marin em que o Laurel é destaque e meu favorito. Preço deste Sauvignon Blanc é de R$87,00 e me vi acompanhando um delicioso prato de frutos do mar com peixe grelhado. Muito yummy!
  • Falar de Casa Marin é chover no molhado. Todos seus vinhos são apontados por grandes críticos internacionais com no mínimo 90 pontos, falar o quê?  Seus Abarca Pinot e Miramar Syrah são absolutamente estupendos e de uma elegância impares, seus brancos divinos sejam eles Gewurtzraminer, Sauvignon Blanc ou Riesling e os preços acompanham tanta maestria. Faz parte, não existem grandes vinhos a preços baixos!

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Mais um acerto dos amigos da Vinea. Vinhos para todos os bolsos e para todos os momentos. Melhor ainda é sentar naquele magnifico jardim gourmet, pedir uma dessas garrafas e jantar em uma das várias noites enogastronômicas que eles promovem. Não se gasta muito e a satisfação é imensa! 

 Salute e kanimambo.

Garimpando Bordeaux

                Bem, o garimpo mesmo não foi feito por mim, eu só fui sorver do trabalho do CIVB (Conselho Interprofissional dos Vinhos de Bordeaux) em seu projeto “Bordeaux ao Seu Alcance” que tem tudo a ver com os objetivos deste blog. Como disse ontem, vinhos BGB (Bons, Gostosos e Baratos) existem em qualquer lugar e, mais do que nunca, há que se divulgar isso. Parece que os produtores e importadores, pressionados pela crise, finalmente veem descobrindo o que nós consumidores queremos, Qualidade com Preço, sendo este evento um claro exemplo disto.

                Muito bem organizado pela Cristina Neves num local muito bonito (Espaço Siquini Gourmet), o evento teve a participação de cerca de 15 importadores com algo ao redor de uns 80 ou 90 rótulos à prova. Nesta faixa de preços de até R$100,00, com alguns poucos desvios, os vinhos são mais jovens e prontos a beber não sendo rótulos de grande guarda apesar de que alguns podem evoluir com mais dois ou três anos de garrafa. Na grande maioria, no entanto, são vinhos já prontos a beber. Destes provei uns 28 a 30, na grande maioria bons, tendo cerca de uma dúzia deles se destacado. Falemos desses vinhos:

Casa do Porto, três rótulos entre eles o famoso Mouton Cadet, o Baron Nathaniel e o que mais me agradou, o Chateau Bastian 2005 Com 50% de Merlot, vinho muito saboroso, redondo, fresco e frutado sem grande complexidade porém bastante equilibrado e fácil de tomar. Uma boa relação Custo x Beneficio por R$65,00, o que acabou sendo uma constante no evento.

La Cave Jado, um pequeno e seletivo importador que tem por filosofia trabalhar com pequenos produtores e grandes sabores, escolhidos a dedo, ou melhor, a goles garimpados em diversas viagens pela região. Dois muito bons vinho; um mais leve e fácil de agradar porém já mostrando alguma complexidade e o outro um degrau bem acima, ambos da margem direita o que significa uma maior influência da uva Merlot no assemblage. O Chateau Piron 2005, um bom ano na região, é um vinho de médio corpo, pronto mas podendo evoluir um pouco mais em garrafa com uma entrada de boca cativante, taninos finos, cheio sem ser denso, boa acidez um vinho que agrada aos sentidos e ao bolso já que custa apenas R$59,00. O Cuvée Hommage 2003, um outro bom ano, apesar de características diferentes, mostrou-se um pouco mais fechado, complexo, de corpo médio para encorpado, fresco, boa estrutura e volume de boca, mostrando ser um vinho de guarda que deve evoluir bem por mais uns três ou quatro anos. Produção orgânica e um preço de R$92,00, o mais caro de seus vinhos, o que demonstra que este é um importador a se visitar e garimpar.

Decanter. Parceiro firme, importador sério e com ótimo portfolio trouxe quatro rótulos ao evento (Chateau Bel Air Perponcher branco e tinto, Chateau La Gasparde e Chateau Noiallac), todos bons porém com destaque para dois vinhos. O Bel Air Perponcher Reserve 2007 branco, um corte de Sauvignon Blanc, Sémillon e Muscadelle produzido pela família Despagne é muito saboroso, cítrico, balanceado e fresco por cerca de R$72,00 e o muito bom Chateau Noaillac 2005, corte de Cabernet Sauvignon/Merlot e Petit Verdot da sub´região do Medoc sendo produzido pelo conceituado Chateau La Tour de By. Um Cru Bourgeois de primeira com aromas de boa intensidade frutado e algo floral, na boca mostra-se ainda levemente fechado, mas já delicioso, complexo, estilo clássico da região, bem equilibrado, taninos aveludados, final algo mineral. Vinho para hoje e melhor ainda em mais dois ou três anos e o preço de R$104,00 é bem em linha com o que entrega.

Expand. Três vinhos entre eles um velho conhecido o Chateau David 2005, vinho simples, e saboroso porém sem grandes atrativos. Gostei bastantate do Clos du Roy 2006 branco que, apesar da safra, ainda apresenta uma boa acidez e conseqüente frescor assim como uma paleta olfativa muito aromática e convidativa. O destaque, no entanto, vai para o Chateau Le Monastère 2005 um mui agradável assemblage de Merlot/Cabernet Sauvignon e Malbec com12 meses de barrica. Frutado, intenso, bom volume de boca e final muito saboroso por apenas R$60,00, uma das muito boas relações Custo x Beneficio apresentados neste evento. Não presentes, porém ótimas sugestões também, são os Chateaus:  Rocher Calon, Jalousie e Plaisance sem contar a baba que é o Chateau Peyruchet Blanc.

Mistral. Dentro seu imenso portfolio, a agradável e simpática presença do Chateau la Gatte apresentado por seu proprietário. O elétrico e apaixonado, Michael Affatato um Ítalo-americano produzindo vinhos muito bons em Bordeaux junto com sua esposa francesa. Seu La Butte Vieilles Vignes (100% Merlot) representou os Merlots franceses em meu Desafio de Merlots do Mundo realizado ontem à noite. O resultado, bem esse é um outro assunto que postarei mais adiante.Foram quatro bons rótulos (La Gatte Rosé 07, com sabor e corpo de vinho, Domaine de Montalon 05, La Gatte Tradition 05 e La Butte Vielles Vignes 05) todos dignos de destaque. O que mais impressiona pela relação Custo x Beneficio e, nesse sentido, o melhor que vi no evento é o La Gatte Tradition 2005, um vinho jovem que não passa por madeira e está com um preço ao redor de R$45. Pleno de sabor, leve, suave, fácil de beber e harmonizar com os pratos de nosso dia-a-dia, mineral e harmônico, um grande achado que certamente virá a freqüentar minha mesa com uma certa assiduidade. O La Butte Vieilles Vignes 2005 é um Merlot produzido com vinhas de mais de 50 anos de idade, bem equilibrado, boa concentração, gostoso de se tomar e com um bom preço, ao redor de R$85,00, apesar de uma produção limitada. Domaine de Montalon 2005, o mais complexo deles todos, um vinho de muito boa estrutura, ainda firme, porém elegante na boca, vibrante mostrando um bom frescor, ótima textura, taninos finos e elegantes, um Bordeaux Superieur de primeiro nível e o preço é bem em linha com o produto, algo em torno de R$82,00.

Vinci. Três rótulos; Chateau Rauzan-Despagne Reserve 05, Chateau Saint-Marie 06 e, a meu ver, o destaque entre eles, o Legende R 2006, de Domaines de Baron de Rotschild, com tudo no lugar. Pronto, redondo, rico em sabores, sedoso e equilibrado, um vinho vibrante que enche a boca de satisfação deixando um gostinho de quero mais. O Preço ronda os R$90,00.

Vinea. Três rótulos; Chateau Grand Jean 2004, Chateau Desclau Cuvèe Marguerite 2002 e o Chateau la Raze Beauvallet 2005. Os dois últimos são ótimos e o Cuvée Marguerite 2002 (R$98,00) já me tinha sido recomendado pelo Luiz Horta. Como as sugestões dele dificilmente dão errado comigo, este mais uma vez comprovou uma certa sinergia de gostos. Muito bom corte de Merlot, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Malbec e Petit Verdot, com uma paleta olfativa intensa e frutada, frutos negros tipo cassis e nuances de couro. Na boca possui taninos sedosos, corpo médio, redondo e absolutamente pronto a beber com um final de boca algo especiado e de boa persistência. O Chateau La Raze Beauvallet 2005 (Mèdoc) foi o vinho que me virou a cabeça e me conquistou. Muito raramente numa degustação destas, tenho a capacidade de escolher um como o vinho da noite. Sempre tem alguns que me encantam por uma ou outra razão, mas desta vez cravei este vinho desde que levei a taça ao nariz e confirmei na boca. Um vinho que mostra ser ainda um pouco jovem, mas como a maioria dos bons vinhos, já mostra uma harmonia, riqueza de sabores e elegância de taninos que permite que seja tomado desde já e com muito prazer. Certamente evoluirá muito ainda, mas seu final de boca longo, bem fresco e frutado convida a mais uma taça. Tá, o preço está um pouco fora do combinado, está por R$127,00, mas ô R$27  bem pagos!

Vitis Vinífera. Mais uma das dicas do Luiz que tive que conferir. Não tive oportunidade de pegar preços, mas vi que o Luiz tinha mencionado em seu blog um preço ao redor de R$82,00 para o Chateau Lesparre 2002 de Michel Gonet (o mesmo do Champagne) que foi o vinho de maior destaque disponível no estande desta importadora do Rio de Janeiro. Macio, saboroso, bem equilibrado, boa estrutura, algo vegetal, taninos sedosos e um final de boa persistência. Realmente um bom vinho que agrada fácil, mesmo não sendo um vinho simples, e está prontíssimo para ser apreciado em toda a sua plenitude. Da linha de vinhos provados, o Lesparre Rosè e o Merlot também são vinhos muito agradáveis, simples, mas bem saborosos. Dependendo do preço duas interessantes escolhas.

Winery. Bons vinhos com bons preços. Dois vinhos em destaque; Grand Palais 2004, um vinho fácil, simples, macio e saboroso porém descompromissado sem grandes apelos emocionais, com um preço arrasador, em torno de R$35,00. O que mais me chamou a atenção foi o Chateau Giraud – Cheval-Blanc 2006 alguns degraus acima do primeiro, ainda um pouco fechado, mas mostrando taninos finos, elegante e amistosos, bem equilibrado, final aveludado e saboroso um bom vinho para acompanhar comida, mais do que para tomar solo e um preço muito camarada, por volta dos R$50,00.

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                Adorei a concepção do evento que vem demonstrar ao publico, através da imprensa e de formadores de opinião de nossa vinosfera, de que até da França chegam bons vinhos que cabem em nosso bolso. É isso que queremos e é isso que esperamos venha a ter mais divulgação, tanto é que a própria disseminação de blogs de vinho acaba sendo decorrência e indicação disso; a busca de bons vinhos a bons preços. Os grandes vinhos são ótimos, mas passam longe do poder aquisitivo da maioria do consumidor médio que não tem cartão corporativo e tem que trabalhar para pagar suas contas. Estes eventos mostram-nos que existe luz ao fim do túnel e não é um trem chegando! Parabéns aos promotores do evento, espero que ocorram mais do gênero com vinhos da Itália, da Espanha, de Portugal, da Austrália, Nova Zelândia, etc.

Salute e Kanimambo

Noticias do Mundo do Vinho

Wine globe 3Por problemas de conexão à rede neste Domingo, não pude publicar este post semanal. Como sei que tem gente que curte e sem querer que estas noticias fiquem demasiado velhas, optei por publicá-las hoje. Amanhã falo sobre vinhos e garimpo de vinhos de Bordeaux.  Sim, lá também existem vinhos BGB (Bons, Gostosos e Baratos). 

Espanha “surpreende” e é segundo maior exportador mundial em volume. De acordo com dados da OIV (organização Internacional do Vinho) referente a 2008, a Itália exportou 17.2 milhões de hectolitros, Espanha 16.9 milhões e a França caiu para terceiro com 13.6 milhões. As exportações espanholas de acordo com dados da Agência Tributária Espanhola, cresceu 8,5% em volume e 8% em valor quando comparado ao ano anterior.  Fonte: Vinos de Espana.

 

Miolo, Fortaleza do Seival. Os vinhos deste projeto sob a batuta do amigo e competente enólogo Miguel de Almeida encaçapam mais uma. Desta feita foi o vinho Quinta do Seival Cabernet Sauvignon 2006 que recebeu medalha de prata no Concurso Seléctions Mondiales realizado em Quebec, no Canadá, de 26 a 31 de maio. O evento reuniu 1.836 amostras inscritas por 600 empresas de 32 países. Boa, Miguel e equipe!

 

Alandra tinto. Um vinho de mesa básico, sem safra, produzido pela portuguesa Herdade do Esporão que dispensa apresentações. Legal mesmo é que este vinho leve, fácil e frutado, disponível por aqui a preços abaixo de R$20,00, obteve 84 pontos da Dana Nigro (Wine Spectator) e já em 2008 levava 85 pontos pela avaliação às cegas da Wine Spectator. Só para mostrar que um vinho de mesa também pode ser bem feito, ser barato (mais ainda na origem) e ser bom. Duas outras boas dicas nesta mesma linha são o Charamba e o Quinta de Cabriz Colheita. Sem erro!

 

Trattoria do Pietro. Simpática cantina do Brooklin agora na região do Morumbi (Av. Dr. Guilherme D. Vilares 1210 – Tel. 2579-6749 – Shopping Open Center) , recebe Falando de Vinhos e sua trupe para uma mega degustação. Será o Desafio de Vinhos Merlots do Mundo em que 12 vinhos representando 10 países produtores competirão pelos títulos de Melhor Vinho, Melhor Custo x Beneficio e Melhor Compra. Clipboard

 

A vinícola espanhola Torres, produtora de grande vinhos em diversas partes do mundo, em colaboração com a “Grace Vineyards” vinícola chinesa, começa a produzir um vinho branco por essas terras asiáticas e destinado a consumo local chinês. É mais um dos grandes produtores europeus que se rende ao potencial chinês, tanto de produção como de consumo. O Vinho é o primeiro de uma linha chamada “Symphony Seiries”. Este branco é produzido com Muscat cultivada na província de Shanxi e tirá uma produção inicial de 12.000 garrafas, nada para o mercado. Só para que se tenham uma idéia do tamanho deste mercado, as previsões são de que em 2011 a China se torne o oitavo mercado consumidor do mundo com “irrisórios” 8.1 milhões de hectolitros! Fonte: Vinos de Espana.

 

Cai tudo na França; preço, volume de exportações e consumo interno. Dos cerca de 55 litros per capita em 2001, os números de 2007 já apontavam uma forte redução chegando a 47 litros. Pois 2008 mostrou uma queda ainda maior chegando a 43 litros per capita. Paralelamente, os números deste ano mostram uma queda de 8.4% em volume e 14.6% nos preços de exportação com a maior redução ocorrendo na região de Champagne com queda de 16% no volume exportado e 21% nos preços. Isto junto com um novo fortalecimento do Real perante o Euro, poderá significar que poderemos estar vendo uma boa redução de preços nos próximos meses aqui no Brasil, ainda mais se pensarmos que houve um aumento generalizado no inicio do ano. Será? Fonte: Decanter Magazine

 

ViniPortugal com direção nova. Não de rota, mas de seu corpo diretivo. Francisco Borba, presidente, Luís Pato e Jorge Paiva Raposo, vice-presidentes, foram eleitos em Assembleia Geral pelos representantes dos produtores e comerciantes de vinhos nacionais, e são agora os principais responsáveis pela promoção dos vinhos portugueses no mercado interno e externo.

Viniportugal

             A equipa coordenada por Francisco Borba sucede assim a Vasco Avillez, Paulo Amorim e Oliveira e Costa, que presidiam aos destinos da Viniportugal. A passagem do testemunho ocorrerá no início do mês de Julho. Francisco Borba ocupou vários cargos em instituições públicas e, a título de curiosidade, é um apaixonado da fotografia. O presidente cessante, Vasco Avillez, disse-nos que não tem ainda planos para o futuro e que irá, para já, tirar um período de férias. Fonte: Revista de Vinhos

 

Aumentam exportações de produtores sul-americanos. Aproveitando o downgrading de preço feito pela maioria dos consumidores dos principais mercados importadores, os produtores de nossa região abocanharam uma maior fatia de mercado, especialmente nos Estados Unidos, mesmo que com uma necessária redução de preços. O Chile, por exemplo, aumentou seu volume de vendas em Março por cerca de 21% e em Abril por um pouco mais de 15% e apresentou uma queda de cerca de 11% nos preços. As exportações Argentinas também aumentaram, inclusive na faixa mais baixa de preços. Crescem exportações de espumantes brasileiros e até de vinhos Peruanos e Bolivianos. Ou seja, no momento de crise os mercados saíram buscando fornecedores novos e preços mais em conta tentando não perder consumidores. Fonte: Decanter Magazine

 

Vallontano na Itália. O Zanini me enviou informação de que, entre os dias 06 e 10 de Maio último, a Vallontano Vinhos Nobres foi destaque durante a exibição do documentário VINHOS DE CHINELO, da diretora Paula Prandini, no Festival Internazionale di Cinema e Cibo de Bologna – Itália, promovido pelo movimento Slow Food.

          O filme retrata a busca pela identidade de um vinho brasileiro e as diferentes filosofias de produtores. Traz a história da Vallontano como típico representante de quem traduz o clima e o solo do Brasil na produção de seus vinhos, a despeito da tendência de se produzir vinhos de estilo internacional ou globalizado. Após a exibição do documentário, os presentes puderam degustar vinhos elaborados pela vinícola. Na oportunidade o enólogo Luís Henrique Zanini e Talise Valduga Zanini, proprietários da Vallontano, também foram convidados a participar do debate entitulado – “Un altro vino è possibile? Questioni su vino, giustizia e libertà” – Um outro vinho é possível? Questões sobre vinho, justiça e liberdade – na Università di Scienze Gastronomiche, em Pollenzo, juntamente com o cineasta Jonathan Nossiter, de Mondovino.

Salute e kanimambo

Dicas da Semana

          Bem, Dicas é que não faltam nesta semana, desde um exótico festival de jacaré no prato preparado por uma irmã franciscana , um passeio por uma degustação de grandes vinhos no Chile, um criativo restaurante japonês, curso de degustação no Rio até as tradicionais oportunidades de dicas de boas compras e promoções de toda a Sexta-feira. Vejamos:

Prato de JacaréJacaré Grill realiza seu primeiro Festival de Carne de Jacaré, de 23 a 25 de Junho. No jantar dos dias 23, 24 e 25 de junho, o Jacaré Grill realiza o seu primeiro Festival de Carne de Jacaré. Para preparar os pratos, os proprietários do bar e restaurante Marcelo ‘Jacaré’ Silvestre e Cíntia Camargo convidaram a irmã franciscana Miryan Feitosa. Antes de se tornar missionária da Pastoral do Mundo do Trabalho, Miryan foi proprietária de uma cantina italiana no bairro do Brás, onde preparava pratos com carnes exóticas, incluindo a de jacaré.

Para o festival no Jacaré Grill, irmã Mirian traz quatro de suas receitas com carne de jacaré. Serão duas entradas, Petiscos empanados de jacaré – com cauda, isca, coxa e sobre coxa – e Croquete de jacaré (R$ 25 cada), e duas opções de prato principal, o Jacaré grelhado à Pantanal e o Jacaré ao vinho branco com farofa de maracujá (R$ 35 cada).

Rica em proteínas e muito macia, a carne de jacaré é livre de gorduras e tem baixo teor calórico. Produzida pela Cooperativa de Criadores de Jacaré do Pantanal (COOCRIJAPAN www.coocrijapan.com.br ), a carne, ecologicamente correta, não possui aditivos químicos e vem diretamente da cidade de Cáceres, no Mato Grosso do Sul, dos criadouros da empresa, pioneira na comercialização de carne de jacaré, certificada pelo serviço de Inspeção Federal (S.I.F), do Ministério da Agricultura do Brasil.

Endereço: Rua Harmonia, 305/ 321, Vila Madalena. / Telefone: (11) 3816-0400 – Reservas: (11) 3031-5586   www.jacaregrill.com.br 

 

Curso de Degustação da Escola Mar de Vinho no Rio de Janeiro. Marcelo Copello com toda a sua bagagem de degustação compartilha com os amigos sua experiência na arte de degustar. Esta se fosse em Sampa até eu marcaria presença.

Data – 02, 09 e 16/07/2009 – 5as feiras

Hora – de 19:00 às 22:00 (às 19h recebemos os pontuais com espumantes e às 19:30 começamos)

Endereço – Escola Mar de Vinho – Rua Buarque de Macedo, 75 – Flamengo

Programa:

AULA 1 – 02/07

  • Boas vindas com espumantes Chandon e Valduga
  • Degustação e análise técnica orientada de dois vinhos brancos e dois vinhos tintos
  • Estudo e avaliação das cores, aromas e sabores de cada vinho
  • Exercícios de percepção para treinar o olfato
  • Ao final será servido mais um vinho harmonizado com um prato quente elaborado pela chef Maria Vitória
  • Menu – Oricchiete com caponata e gamberi

AULA 2 – 09/07

  • Boas vindas com espumantes Miolo e Pizzato
  • Degustação e análise técnica orientada de quatro vinhos tintos
  • Estudo e avaliação das cores, aromas e sabores de cada vinho
  • Exercícios de percepção para treinar o olfato
  • Ao final será servido mais um vinho harmonizado com um prato quente elaborado pela chef Maria Vitória 
  • Menu – Risotto ai funghi

AULA 3 – 16/07

  • Boas vindas com espumantes Salton e Valduga
  • Degustação e análise técnica pelos alunos de um branco e um tinto para equalizer os sentidos
  • Prova de degustação as cegas com premios aos melhores alunos
  • Exercícios de percepção para treinar o olfato
  • Ao final será servido mais um vinho harmonizado com um prato quente elaborado pela chef Maria Vitória
  • Menu – Couscous de cordeiro 

Ao final da última aula, o vinho servido será surpresa, às cegas, revelado depois no Blog de Marcelo Copello, com sorteio de brindes aos que acertarem. Todos os participantes recebem material didático, certificado e chocolates finos da Associação dos Profissionais do Cacau Fino e Especial como brinde.

Preço: R$ 335,00 até o dia 29/06, após R$ 435,00 / Vagas limitadas a 20 pagantes

Reservas:

Com Renata no tel.: (21) 3507-0337 ou pelo email marketing@mardevinho.com.br ou Com Andréa ou Lourdes no local ou, ainda, pelo tel: (21) 2285-6087

 

Visite a Assemblage Vinhos e Aproveite para Degustar e Comprar. A Bete e o Marcel estarão recebendo os amigos em sua loja neste Sábado, degustando alguns de seus bons rótulos, entre eles o conceituado Punto Final. Não perca se vocês estiver por aqui na região da Granja Viana.

 Assemblage - Punto - promoção

 

Olha a Peninsula de novo no pedaço. A Nina me enviou mais algumas dicas de compra com desconto especial de 15% na compra de uma caixa com seis vinhos. Vejam só a lista e desta vez negociem com ela uma garrafa de Hecula, um belo vinho;

  • 01 GF ALAIA TINTO (CASTILLA Y LEÓN)
  • 01 GF CÓDICE TINTO (LA MANCHA)
  • 01 GF CASTAÑO MONASTRELL (YECLA)
  • 01 GF JAVIER ASENSIO TINTO (NAVARRA)
  • 01 GF SEÑORIO DE LAZÁN (RESERVA-SOMONTANO)
  • 01 GF SIERRA CANTABRIA COSECHA ( RIOJA)

Preço Total R$ 349,00 / Desconto 53,00 / Valor a pagar R$ 296,00. Frete gratuito na cidade de São Paulo. Válido até 30 de Junho ou final de estoque. Fale com a Nina, (3822-3986 / nina@peninsula1.com ).

 

Degustação Icones do Chile em Santiago. Anualmente, este é o segundo ano, os grandes produtores se reúnem no Ritz Carlton em Santiago para uma degustação de seus vinhos ícones. Uma chance ao ano e o amigo Felipe Kaufmann me avisa que se lhe enviar um e-mail para reservar o seu ingresso, você tera 25% de desconto (de CHP 21.000 por CHP 15.750). Este é o e-mail dele: vinhos@jjimp.com. Belo programa para quem estiver por aquelas bandas!

Cata Iconos 2009

 

Miolo Wine Group inicia pré-venda. É, está virando moda e os amantes do Lote 43 e do Merlot Terroir podem puxar do talão de cheques (ainda existe?) e já garantir suas garrafas.

Miolo pré-venda 

 

Mistral. Não é que estejam com alguma promoção especial, mas com seus preços dolarizados e o câmbio abaixo de R$2,00, seus vinhos voltam a ficar bastante interessantes. Pincei alguns rótulos que acho imperdíveis, alguns deles verdadeiras barbadas, achados dentro do incrível portfólio de nossa principal importadora.

  • Bonachi Montpulciano D’Abruzzo 07 USD15,25
  • Altano Tinto 06 (Douro imperdível) USD19,90
  • Rio de los Pajaros Merlot/Tannat 05 USD15,50
  • Pisano Cisplatino Torrontés 08 USD14,50
  • Jerez Manzanilla La Gitana (375ml, do tamanho certo) USD19,50
  • Alamos Chardonnay 07 USD16,50
  • Chartron La Fleur Blanc 05  (branco de Bordeaux) USD22,50
  • Quinta da Lagoalva de Cima 04 castelão/Touriga Nacional USD22,90
  • Gran Feudo Crianza 04 USD22,90
  • Danie de Wet Chardonnay (achado da África do Sul) Sur Lie 07 USD21,90
  • Montes Selección Cabernet Sauvignon/Carmenére 06 USD24,90
  • Chateau La Gatte Tradition 05 (Bordeaux) USD24,90
  • Parallel 45 rouge USD27,90
  • Pisano RPF Tannat 06 USD27,50
  • Cotes Du Rhone Belleruche Rouge 06 USD31,80
  • Blason D’Aussiéres 05 (Languedoc) USD37,90
  • Wynns C. Sauvignon/Shiraz/Merlot 05 (Austrália) USD35,00
  • Porcupine Ridge Syrah 07 (África do Sul) USD29,90
  • Soalheiro Alvarinho 06 USD41,90
  • Montes Alpha Syrah 07 USD41,50
  • Baumard Coteaux Du Layon Carte D’or (branco doce do Loire) USD47,50
  • Pisano Arretxea Tannat/Petit Verdot 04 USD57,80
  • Niepoort LBV 04 (está divino) USD48,50

 

Para os amantes da Touriga Nacional. Dia 30 de Junho, o jornalista Ricardo Castilho, diretor editorial da revista Prazeres da Mesa, é o convidado da próxima edição do ciclo “O Vinho e Seus Prazeres”, organizado pelos restaurantes Rubaiyat. Com o tema “Touriga Nacional – uma casta portuguesa, com certeza”, a degustação será realizada no às 20h, no restaurante Baby Beef Rubaiyat da Av. Faria Lima.

Provavelmente originária na região do Dão, a Touriga Nacional é o grande exemplo da postura ousada de Portugal no mundo dos vinhos. Ao contrário de diversos países, que adotaram conhecidas castas internacionais, como a Cabernet Sauvignon, Malbec e Merlot, Portugal apostou em suas próprias uvas, identificadas com a sua cultura e seu terroir. Até pouco tempo, a Touriga Nacional se restringia à elaboração de Vinhos do Porto na região do Douro e vinhos mais rústicos no Dão. Mas com a moderna vinicultura e a disseminação do plantio por todas as regiões produtoras de Portugal, a casta evoluiu e hoje resulta em vinhos concentrados, complexos, elegantes e muito agradáveis de beber.

Na degustação, serão provados os seguintes vinhos:

  • Adega de Borba 2006
  • Quinta dos Roques 2002
  • Quinta dos Carvalhais 2000
  • Quinta da Pellada 2004
  • Só Touriga Nacional 2005
  • Quinta do Vallado 2004
  • Quinta da Garrida Reserva 2003

 Ao final da prova, será servido um corte especial de carne do Baby Beef Rubaiyat a todos os participantes. Cá entre nós, só vinho bala, conheço alguns e já deu água na boca!

Inscrições: pelo tel. (11) 3170-5001, com Elyane, ou e-mail ovinhoeseusprazeres@rubaiyat.com.br

Vagas: 60 – Preço: R$ 190,00 (cento e noventa reais por pessoa)

Preço promocional para sócios ABS–SP: R$ 170,00 (cento e setenta reais por pessoa) – para obter o desconto, os sócios ativos devem fazer as inscrições até o dia 26 de junho diretamente com a secretaria da ABS-SP pelo tel. (11) 3814-1269 ou e-mail: abs-sp@abs-sp.com.br

 

Expand. O amigo e confrade Zé Roberto me alertou e fui conferir. Uma série de rótulos com 30% de desconto entre eles alguns bons rótulos da Norton, Zuccardi Serie A e Santa Julia. Do que vi destaco dois rótulos imperdíveis:

Santa Julia Torrontés Late Harvest 07 por R$27,00, uma baba que já está na minha adega.

Achaval Ferrer Malbec 07, o Malbec “básico”deste estupendo produtor que teve seu preço reduzido de R$98,00 para 78,00. Uma ótima compra por um belíssimo vinho. O Quimera, um bom degrau acima, também é uma bela opção e um grande vinho de corte por R$118,00

 

Logo Vini VinciVinci. Esta recebi ontem do importador e fiz questão de ressaltar dois rótulos muito interessantes que valem a pena possuindo uma ótima relação custo x beneficio.

La Posta Armando Bonarda 07, de R$42,92 está por R$38,61 (um dos melhores Bonardas argentinos e a este preço não tem para ninguém) e o Tilia Merlot 06 de R$29,20 por R$26,26.

Mesmo não estando numa promoção especifica, aproveite que o câmbio está favorável (abaixo de R$2,00) e veja também o La Posta Cocina Blend e os Tilias Chardonnay e o corte de Malbec/Syrah.

 

Original Shundi, um japonês diferenciado. Inaugurado há dois anos, atrai principalmente a clientela ávida porEntrada Espera iguarias exóticas, os destaques da casa, na qual utilizam muitos produtos importados e pratos incomuns em outros restaurantes japoneses. O nome da casa não poderia ser mais apropriado, pois se há algo que o Original Shundi não é, é lugar-comum. O restaurante preza pela originalidade em todo seu conjunto, desde a comida à decoração e pequenos detalhes de originalidade que podem ser observados no formato do cardápio, nos suplás, no copinho de água que acompanha o café e até nos toaletes.

                      A maneira que Shundi mais gosta de apresentar suas sugestões é em menu degustação que chama de “Especialidades” onde reúne diversas criações do dia. Só para citar algumas, pois variam a cada dia conforme os ingredientes que encontra disponível quando vai às compras, está o carpaccio de polvo; sashimi de toro (barriga do atum) e de vieira; a salada de iguarias composta por salmão, alevinos, ovas de peixe voador, barbatana de tubarão, água-viva e minipolvo; cavalinhas marinadas ou grelhadas e mais 500 combinações deferentes que Shundi garante que pode criar. São 5 battera de salmaoopções de Especialidades, com preços variando entre R$80,00 e R$320,00 formado por porções individuais com 8 a 20 pratos diferentes, em pequenas quantidades, para delícia dos amantes da culinária japonesa, variando entre frios e quentes. Para os menos aventureiros a casa tem um menu tradicional, mas a busca pelo novo e a criatividade na descoberta de novos pratos é uma constante.

                O novo cardápio, criado por Shundi, também respeita a atual situação econômica do mundo e promove uma alteração considerável em alguns de seus preços. As novidades são muitas, na entrada: Carpaccio de anchova negra defumada (R$30,00);  Tempurá de Salmão com caviar (R$55,00); Sashimi Space Tuna (atum selado, temperado comcarpaccio de anchova negra pimenta sete sabores, azeite e limão – R$35,00); as porções de Battera (sushi prensado na forma com 8 unidades – R$38,00 a R$65,00) e o Tyapon (sopa de macarrão lamen com legumes e frutos do mar – R$38,00) como principais. No campo das sobremesas, o que não é a especialidade desta culinária, criaram algumas delícias que completam muito bem a rejeição. Claro que oferecem a Animitsu, sobremesa típica japonesa feita com gelatina e feijão (R$18,00), mas a Banana Enpanada com corn flakes e sorvete ou as Frutas Vermelhas Flambadas com pimenta servidas em cestinhas de massa de rolinho primavera, acompanhadas de sorvete de gengibre são um arraso, tanto para o visual quanto para o paladar.

             Muito originais também são as duas adegas que a casa exibe logo na sua entrada, uma de vinhos e outra de sakê onde exibem 40 rótulos diferentes como os importados Junmai Daí Ginjo e Kassen, vendido com exclusividade no restaurante. Na adega climatizada de vinhos oferecem 30.rótulos, priorizando espumantes e brancos por sua melhor harmonização com a gastronomia japonesa. Ambas as adegas estão sob a responsabilidade da sommelier Priscila Mallmann, que está se aperfeiçoando em sakê.

Rua Dr. Mário Ferraz, 490 – Itaim Bibi – São Paulo – Tel.: 3079 0736 www.originalshundi.com.br

Salute, kanimambo e bom fim de semana.

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Domno Traz Vistalba

                Domno, o novo projeto da Famiglia Valduga tem como objetivo produzir bons espumantes em sua sede em Garibaldi, no Vale dos Vinhedos, e importar e distribuir vinhos em geral. Uma de suas primeiras aquisições como importador foi a Vistalba, como já informado, e fui convidado a conhecer a linha de produtos trazidas por eles degustando alguns dos rótulos já disponíveis no mercado. Duas linhas principais de duas regiões diferentes, a Tomero e a Vistalba com os cortes A, B e C.

Foto  Tomero Petit VerdotA Linha Tomero é bastante ampla com oito varietais elaboradas com uvas do Valle do Uco advindas de 400 hectares de vinhedos plantados a cerca 1.100 metros de altitude. Destes oito, provamos o Sauvignon Blanc, Semmillon,  Malbec, Malbec Gran Reserva, Pinot e Petit Verdot Reserva. Todos bons vinhos; o Sauvignon Blanc por sua sutileza, frescor e equilíbrio resultando num vinho muito agradável de tomar. O Malbec Gran Reserva é um vinho de grande potência, robusto, firme e, em se tratando de um 2006, ainda muito novo para se apreciar todo o seu potencial. Pinot agradável, de maior potência e volume de boca do que estamos acostumados mostrando uma cara bem “novo mundista”, mas foi o Petit Verdot que me encantou. Já tinha provado alguns varietais desta cepa, comumente usada em cortes, e não me tinham agradado por sua rusticidade e agressividade. Este mostra força, mas sob controle, nariz de boa intensidade, boa concentração, taninos finos e aveludados com um final algo quente, mas de boa persistência e muito saboroso, um vinho que surpreende e é isso que mais me agradou.

         A gama de vinhos Vistalba é diferente a começar pelo conceito, já que são todos cortes. Vêm de Vistalba, LujanVistalba Corte B 2004 de Cuyo, de um vinhedo de 53 hectares plantado a cerca de 980 metros de altitude onde se plantam Malbec, Cabernet Sauvignon, Merlot e Bonarda. A linha é composta de de três cortes. O Corte “C” que é um blend  majoritário de Malbec com Merlot, o Corte “B” um pouco mais complexo em que se juntam quatro cepas; Malbec, Cabernet Sauvignon, Bonarda e Merlot e, finalmente, o topo da linha o Corte “A” em que se usa a Malbec e Cabernet Sauvignon em partes iguais e complementa-se com 20% de Bonarda. Já tinha provado anteriormente e mais uma vez confirmei a minha impressão, os Cortes B e C me parecem mais equilibrados e harmônicos do que o A que, ainda por cima é bem mais caro e com algo de excesso de álcool que já se sente no nariz e confirma na boca. Já os outros dois me agradam muito, em especial o Corte B que se apresenta muito bem equilibrado, rico e denso na boca com boa concentração, mas sem excessos mostrando taninos sedosos e uma acidez equilibrada num final de boca aveludado e longo, um belo vinho.

         O único senão desta equação é o preço já que estes rótulos estão chegando mais caros do que na importadora anterior que já não tinha fama de econômica. Talvez fosse interessante rever a estratégia, mas essa não é seara minha e sim de quem está envolvido com o negócio. De minha parte ficam aqui duas ótimas dicas de vinhos muito bons que valem a pena ter na adega, o Tomero Petit Verdot Reserva e o Vistalba Corte B. Esses eu teria na minha.

Salute e kanimambo.

Innominabile II – O Retorno

         Se há uma coisa que sou nesta vida, é persistente e tive que fazer o Innominabile II retornar a minha taça! Tudo bem, tem gente que diz que estou mais para teimoso, mas acho que isso é intriga da oposição. rsrs Conheço este vinho e, tanto quanto o pessoal de vinícola como o de um leitor amigo com comentário consternado que estava com o resultado do Desafio de Vinhos Assemblage, sentia que tinha que abrir logo a garrafa que me restava na adega e fazer a prova dos nove. Esperava o momento adequado e este finalmente chegou quando decidi fazer um fettucine com bacalhau aqui em casa, seguindo a receita do amigo Alexandre do Diário de Baco. Realmente super simples e rápido de fazer tendo harmonizado muitissímo bem com este vinho.

         Como pode ser visto pela foto, mesmo que não muito boa, o vinho possuía uma cor bonita ruby com leve halo aquoso. Nada a ver com o que Innominabile 002tínhamos tomado no Desafio, já de cor atijolada e rala. Este está vivo, com aromas algo florais, na boca mostra madeira bem integrada, taninos macios,  maduros, finos e sedosos mostrando bastante elegância, saboroso, delicado mostrando bom equilíbrio e acidez correta, um vinho gastronômico que cresceu com o prato e necessita de um tempinho em decanter para realmente mostrar seu potencial. O final é de média persistência e muito agradável,  mostrando um estilo bem velho mundo.

         Repetiu o que já conhecia dele e mostrou ser um vinho de muitas qualidades em que se destaca a finesse e harmonia ao contrário dos muitos vinhos anabolizados que se vê por aí.  Combinou muito bem com o bacalhau en função da elegância dos taninos que se equilibraram de forma harmoniosa com a delicadeza do prato. Poderia ter ganho o desafio caso fosse esta a garrafa em disputa? Provavelmente não, mas certamente se haveria bem melhor do que o resultado que obteve, pelo menos no meu conceito, dando uma maior canseira aos seus adversários da noite. Uma pena, mas aprendi mais uma; de que duas garrafas de um mesmo vinho, de uma mesma safra e guardado num mesmo lugar, podem envelhecer e evoluir de forma totalmente diferenciada uma da outra. São estas peculiaridades que fazem com que viver em nossa vinosfera jamais seja um tédio. Para quem quer mesmice, adote whisky ou cachaça! 

Salute e kanimambo.