Noticias do Front – Avant Premiére

É, mais um ano e os motores se aquecem para mais uma edição de nosso maior evento enófilo, a Expovinis. Nesta época, muitos dos produtores e importadores, aproveitam o momento para uma série de eventos paralelos. Neste ano começamos com a excelente mostra de Vinhos do Porto e Douro promovidos pelo IVDP (Instituto do Vinho do Douro e Porto) em São Paulo ontem. Cerca de 30 importadores representando mais de 50 produtores, mostraram as delicias que compõem o calidoscópio de estilos dos vinhos da região. Produtos de grande qualidade, um verdadeiro avant-premiére do que poderemos ver na Expovinis com um tempero muito especial, duas provas muito especiais; uma de vinhos TOP do Douro comentada e apresentado por Carlos Cabral e uma outra de Vinho do Porto (da qual participei) harmonizado com sobremesas – Branco, Tawny 10 Anos, Tawny 20 Anos, LBV e Vintages harmonizados com as proposta do Chef pâtissier Henri Schaeffer, conduzida por José Maria Santana, jornalista e representante no Brasil do Solar do Vinho do Porto.

 

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Entre os mais de 30 vinhos provados, entre Douros e Portos, alguns me atraíram mais que outros. Por outro lado, pelo menos uma meia dúzia de rótulos importantes não consegui provar. Eis alguns de meus destaques do Douro, já que sobre os Vinhos do Porto farei matéria separada mais adiante, encontrados na feira. Os preços,quando obtidos, são uma indicação de preço sugerido ao consumidor.

 

Domingos Alves de SouzaDecanter – Três vinhos; um branco muito bom, um tinto de ótimo custo X beneficio e um outro tinto divino.

  • Branco da Gaivosa 2007, um corte de uvas autóctones da região, Viosinho/Gouveio/Rabigato/Malvasia Fina e algumas mais. Complexo ao nariz, muito frescor, ótima acidez com toques minerais um vinho realmente de muitas qualidades. (R$91)
  • Caldas Tinto 2006, corte de uvas tradicionais já nossas conhecidas como tinta roroz/touriga nacional e tinta barroca mescladas com outras menos conhecidas como souzão e tinta Francisca. Aromas bem frutados, seco, redondo, boa tipicidade da região e fácil de agradar. (R$53)
  • Quinta Vale da Raposa Touriga Nacional 2005, um senhor vinho fazendo parte da elite dos grandes vinhos portugueses. Aquele floral (violeta) típico da casta está bem presente muito bem equacionada com fruta abundante dando-lhe um perfil aromático harmônico e de boa intensidade. Na boca ainda está um pouco firme , corpo médio para encorpado, taninos finos mostrando força mas bem dosado, boa acidez e um final com toques de especiarias. Belo vinho, não é barato, mas é muito bom. (R$213)

         Quinta do Vale Dona Maria 2006Expand – queria também ter provado o Casal de Loivos, mas não deu tempo. Vou sugerir ao IVDP uma ampliação de horário já que tanta coisa boa para se conhecer, mais provas especiais tudo em apenas 6 horas, é muito pouco tempo! Este vinho é mais um dos grandes e membro da elite dos vinhos portugueses, não só do Douro. Potente firme, ainda uma criança, untuoso e de grande persistência, um vinho que precisa de no mínimo uma hora de decanter ou, melhor ainda, guarde-o por mais uns três anos.

Quinta da Touriga Chã 2004Interfood – vinho que passa por 16 meses de carvalho e pede tempo! Touriga Nacional e Tinta Roriz, num corte em que o nariz é todo Touriga Nacional. Na boca é de taninos firmes, aveludados e algo austeros neste momento de sua vida, final de boca com toques de especiarias e algo balsâmico, ainda muito novo e pedindo decantação para mostrar todo o seu potencial. Um grande vinho. (R$120)

Quinta do CrastoQualimpor – um senhor produtor da região reconhecido por seus excelentes vinhos.

  • Quinta do Crasto Branco 2007, corte de cerceal, gouveio, roupeiro e rabigato o primeiro branco da casa e chega para deixar sua marca. O nariz é estupendo, de grande intensidade mostrando fruta cítrica que se confirma na boca. É muito balanceado, fresco, seco na dose certa um vinho jovial e irreverente. Gostei muito e o preço deverá estar entre R$65,00 a 70,00. (aguardem o sorteio!)
  • Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas 2006 – sua versão 2005 foi o terceiroo colocado no TOP 100 da Wine Spectator no ano passado (primeiro vinho português a chegar nos TOP 10) e um vinho que dispensa apresentações. É meio que chover no molhado, mas talvez seja a melhor relação Qualidade x Preço x Satisfação disponível no mercado e não só de vinhos portugueses. È um grande vinho! Este 2006 só vem nos confirmar que nasceu para ser grande, è daqueles vinhos que sabemos que dará guarda pelos próximos 10 anos, mas já está pronto a tomar, sem qualquer agressividade, mostrando uma incrível elegância, riqueza de sabores e harmonia ímpar. Sedutor, com uma entrada de boca impactante e um final longo e macio, absolutamente divino! (de R$150 a 170).

         Pintas Character 2005Vinci – mais um grande vinho do Douro, com muito caráter e de grande impacto. Aromas sedutores, firme, novo, muito rico e complexo nos sabores, robusto, porém de taninos finos e macios mostrando uma elegância latente que virá à tona com decantação ou mais três anos em garrafa quando deve liberar todo o seu potencial. Para quem poder comprar e guardar, certamente lhe será guardado o privilégio de sorver um verdadeiro néctar. Corte em partes iguais de tinta roriz/touriga nacional e tinta barroca. (aprox. R$280).

         Quinta das Tecedeiras Reserva tinto 2005 – agora na Winebrands – mais um grande vinho da região e de Portugal, corte tradicional com diversas castas do Douro advindo de um vinhedo de cerca de 80 anos e limitada produção. Cor rubi bonita que convida à boca, ainda firme, taninos aveludados presentes, equilibrado, complexo, algo austero, potente, final muito saboroso de grande persistência com nuances de pimenta e especiarias. Mais um que faz parte da elite. ($150 a 160)

        

         Interessante observar que os vinhos portugueses em sua maioria, são vinhos para serem tomados após pelo menos três anos de vida, sendo que estes vinhos de exceção que fazem parte da elite da produção regional do Douro, são vinhos de guarda que realmente se mostram em todo o seu esplendor após o quinto ano de vida. Minha experiência com estes vinhos tem demonstrado que a decantação é quase sempre necessária. Já diz o ditado que “o apressado come cru” o que, neste caso, é absolutamente correto e se aplica integralmente. Dê tempo aos vinhos, compre safras mais antigas, guarde se for possível ou decante por pelo menos uma hora. Você verá, ou sentirá, emoções outras que mostrarão uma enorme complexidade e riqueza de sabores com uma personalidade muito típica da região decorrentes de um terroir muito especial e cepas autóctones de grande capacidade de assemblage resultando em vinhos de real grande qualidade que somente nos últimos anos o mundo vem descobrindo.

          A Wine Spectator já o ano passado publicou matéria dizendo que Portugal é a bola da vez e disso não me resta qualquer duvida. Aliás, não é de agora! As pessoas só precisam deixar os preconceitos de lado e entrar nessa rota de descobertas incríveis. Dos vinhos mais baratos, saborosos e de bom preço para o dia-a-dia, até grandes néctares, Portugal tem uma enorme diversidade de regiões, cepas, estilos e terroirs que valem a pena ser conhecidos, sendo o Douro um bom ponto de partida para essa viagem.

         Assim que der falo dos Vinhos do Porto, experiência intensa e única com alguns dos grande néctares da região. Salute e não deixe de provar, preferencialmente tomar, alguns destes grandes vinhos.

Existe a Safra Perfeita?

A meu ver, e na da maior parte dos entrevistados, a safra perfeita colheita-e-vinificacao1é uma verdadeira utopia desde os primórdios dos tempos, quando o egipcios produziam vinho lá pelo século III a.c.. Não existe a safra perfeita porque não existe perfeição em nada neste mundo, já que sempre algo pode melhorar, ainda mais quando estamos à mercê da tão mal tratada mãe natureza. No entanto, o que faz uma grande safra? Esta foi uma pergunta que me foi feita por diversas vezes e, mesmo sabendo a resposta, acredito que não tem gente mais competente para dar esse esclarecimento do que os enólogos e produtores de vinho que lidam com o vinho, a terra e as entepéries da natureza.

Mais do que gente que fala de vinho, fui atrás de gente que FAZ vinho e/ou convive com ele na produção há décadas! Conversei com alguns que, gentilmente, me prestaram seus comentários que listo abaixo. No entanto, de forma genérica, a qualidade da safra é determinada pelo nível harmônico entre baixos rendimentos, baixas temperaturas com ausência de calor extremo e variações demasiado altas durante o amadurecimento e colheita assim como um menor índice de chuvas durante a época da colheita . Esses principais fatores regem a qualidade das safras permitindo que as uvas atinjam um melhor nível de maturidade produzindo fruta de altíssima qualidade que certamente será demonstrada nos vinhos produzidos. Também perguntei o que é importante para produzir bons vinhos. Eis algumas dessas respostas:

 

foto2Gabriel Cancino Enólogo da Caliterrea (Grupo Chadwick), Chile

1.- sanidad de la uva

2.- capacidad de esperar la madurez óptima (ausencia de lluvias)

3.- rendimientos controlados

4.- adecuada extensión de la temporada (no menos de 150 días)

5.- una buena planificación (recursos suficientes en la bodega)

 

dosroques6_luisLuis Lourenço – Quinta dos Roques (Dão) – Portugal

Para a safra perfeita (se é que tal coisa existe) precisamos de um inverno frio para induzir um “adormecimento” das plantas  durante algumas semanas e chuvoso para que tenhamos suficiente água no solo durante todo o ciclo vegetativo.

Uma Primavera suave, pode ter chuva em Abril mas não muito frio para evitar a geada e acima de tudo um Maio e princípio de Junho, que é o período da floração, sem chuva e com um pouco de vento para ajudar na polinização.

O Verão deve ser quente, sem exageros, com um ou dois aguaceiros para repor humidade no solo e noites frescas para manter uma boa acidez natural nas uvas.

Muito importante é não haver chuva durante a vindima para que tenhamos uvas bem maduras e saudáveis sem qualquer tipo de doença.

Com as condições acima, será muito provável obtermos uvas bem equilibradas, com boa maturação, aromáticas, taninos firmes mas elegantes, boa concentração e boa acidez. Devo dizer que ainda estou à espera da safra perfeita… mas isso é uma das coisas boas de ser produtor de vinho – esperarmos sempre melhorar e ter esperança na natureza!

 

emmanuelEmmanuel Delaille – winemaker e proprietário da Domaine du Salvard – Loire – França

1/ Sanidade das uvas durante o ano inteiro, especialmente no verão.

2/ Controle de rendimentos. Muita uva na vinha é ruim, assim como pouca também o é pois gera excesso de concentração.

3/ Clima ameno, sem chuvas em demasiado nem seco demais.

4/ Calor é importante, mas sem exageros. Quando muito forte como em 2003, o calor mata os aromas e reduz a acidez.

5/ Controle de qualidade na cantina, desde a colheita, passando pelo processo de vinificação até a última garrafa na caixa. Cada detalhe faz a diferença e é extremamente importante.

 

papaMarcelo Papa – enólogo da Casillero/Concha Y Toro – Chile

El bajo rendimiento, es decir, la presencia de parras con menos uvas, la ausencia de lluvias y un clima más frío en términos generales –  y más fresco en los dos últimos meses- le dio  mayor tiempo a las uvas para madurar. La maduración lenta permitió cosechar las uvas  en el momento óptimo, teniendo como resultado una cosecha perfecta.

El clima es un factor importante en el resultado final. En los años de clima frío se logran vinos mucho más elegantes. La maduración lenta de las uvas nos entregará vinos elegantes, suaves, de mejor acidez natural,  con colores espectaculares y muy concentrados

 

jmpJoão Machete Pereira – Symington Family Estates (Douro) – Portugal

Chuva Mágica:

Começando pelo Inverno, altura em que a vinha se encontra dormente, é extremamente importante ter bastante chuva e naturalmente temperaturas baixas pois queremos que a terra absorva o máximo de água possível para que os lençóis friáticos possam ficar totalmente recarregados. Esta será a reserva de água para a videira na altura de maior calor, o Verão. No Douro a irrigação está totalmente proibida.

Com o início da Primavera, a videira desperta do seu período de hibernação invernal, e para que a fase seguinte possa acontecer, a floração, é necessário que as temperaturas subam. Esta para mim é uma fase extremamente crítica, é bastante importante que as temperaturas não subam em demasia para que a floração se possa dar de uma forma gradual. Durante a floração um pouco de chuva é sempre bem-vinda pois funciona como um tipo de “poda em verde” natural. Assim a floração será mais pequena e a qualidade de fruta que iremos ter posteriormente será maior. Desta forma a videira poderá concentrar mais energia para cada flor, que irá depois dar lugar à fruta, a uva. É também importante que a chuva não seja demasiada caso contrário a floração não se irá dar, como em todas as outras fases (e talvez como em tudo na vida!) é necessário que seja na quantidade certa.

 

A fase seguinte em que a flor se irá transforma em uva, é importante que não haja chuva e que as temperaturas subam de uma forma gradual. O ideal é que as temperaturas de cerca de 40º C que possam aparecer unicamente a partir de meados de Agosto, na fase final da maturação. No final de Agosto,início de Setembro, caso o Verão tenha sido quente (como normalmente é aqui no Douro) as uvas deverão já estar ligeiramente enrrugadas começando a dar sinais de cansaço…por volta desta altura (e talvez esta é a parte mais importante) se podermos ter um pouco de chuva para que a uva possa recuperar um pouco de todo o calor do Verão é ideal. Aqui mais uma vez é importante que seja na conta certa caso contrário é extremamente prejudicial!

 

 Após esta chuva é importante que as temperaturas altas continuem durante o mês de Setembro e Outubro para que a vindima possa ser feita nas melhores condições. A fase final que também é extremamente importante é acertar com o dia para começar a vindima. Por aqui normalmente dizemos que a vindima começa no Verão e acaba no Inverno. Penso que esta expressão transmite bem o que é a altura ideal para começar a colher as uvas: tentamos aproveitar ao máximo os últimos raios de sol do Verão sem apanhar as chuvas de Outono.

 

Assim sendo, para ter uma safra perfeita é necessário além do calor, ter um pouco desta “chuva mágica” nestes três períodos.

 

         Tenho mais declarações e comentários, italianos/franceses e americanos, porém creio que os acima já mostram claramente que o clima e suas intempéries é que reinam sobre o vinho. Quanto muito, a tecnologia de vinificação conjuntamente com o conhecimento do individuo é que poderão corrigir alguns dos problemas surgidos na vinha numa má safra. Como exemplo gosto sempre de mencionar dois estupendos rótulos de 2002, considerado uma das piores safras Européias (desastrosa em alguns países) na última década; o Barão do Sul Garrafeira (Portugal) e o Marqués de Murrieta Reserva (Espanha) dois vinhos deliciosos e muito equilibrados.

        

luis-leao Finalizo com uma declaração de Luis Morgado Leão, enólogo da Herdade do Pinheiro, Alentejo, Portugal; “Não há requisitos básicos para uma boa colheita, mas sim uma série de fatores que influenciam a qualidade e quantidade dessa mesma colheita, tendo as práticas enológicas uma ação muito pequena nessa qualidade. Cada vez mais os bons vinhos são feitos na vinha e só nos resta a nós enólogos trabalhar bem e respeitar o que dela vem, dando continuidade no trabalho de adega”

 

Salute e kanimambo.

Falando dos Vinhos de Aniversário I

Dizer que todo o vinho caro é bom é uma heresia, mas que certamente os bons vinhos custam uns “trocados” a mais, disso não restam duvidas. Mais uma vez esse fato fica constatado neste belo conjunto de vinhos tomados durante a celebração (30 dias) de meu aniversário, todos de mais de 100 Reais, exceção feita ao Prosecco. Como não era uma data assim tão especial, só considero especiais os aniversários a cada 5 anos, deixei algumas preciosidades para os meus 55 e meus 60, mas os escolhidos de agora deixaram-me extremamente satisfeito dando-me enorme prazer ao tomá-los. Nesta primeira parte, todos vinhos de muita qualidade que adoraria poder tomar, não diariamente, mas pelo menos semanalmente. Para quem pode, recomendo todos eles com grande ênfase.  

 

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Prosecco Bedim, um dos melhores disponíveis no mercado, freqüentando minha taça com uma certa assiduidade. Extremamente saboroso, sedutor, delicado e muito fresco com ótimo balanço de acidez, bem cítrico e macio de perlage abundante e fina com muito boa persistência. Retrogosto agradável de quero mais, e mais, e mais, ………..Para quem ainda não experimentou, uma grande opção de Prosecco, até para quem não é muito chegado em proseccos! A importação é da Decanter.

 

Peter Lehmann Cabernet/Merlot 2004, um vinho australiano de primeira linha que me foi presentado por meu sobrinho que mora por aquelas bandas. Sim, já provei alguns vinhos de lá que mostraram ser excessivamente concentrados, potentes e repletos de madeira. Por outro lado, a maioria do que tenho tomado, confesso não serem muitos, têm me surpreendido por sua elegância e madeira bem balanceada no conjunto. Este é mais um desses exemplos de vinho com classe que mexem com nossas emoções. Não é grande, mas é um vinho que provoca enorme prazer ao ser tomado devido a sua harmonia, riqueza de sabores e ótima estrutura. Os taninos estão domados, aveludados final de boca muito agradável e frutado, um vinho sedutor. A importação deste produtor é feita pela Expand, mas não vi este rótulo em seu portfolio.

 

Il Brusciato 2005, um vinho da região de Bolgheri na Toscana, produzido pela Tenuta Guado el Taso, Antinori, muito elegante e extremamente saboroso. Um delicioso corte de 40% Merlot com 40% de Cabernet Sauvignon que passam por barricas francesas, aos quais é adicionado Syrah que passa por barricas americanas. Boa paleta aromática em que sobressaem as frutas vermelhas, algo de especiarias e salumeria. Na boca é muito agradável, mostra boa estrutura, fruta madura e taninos leves e macios, acidez moderada, elegante e harmônico com um bom e longo final de boca. De médio corpo para encorpado, possui ótimo volume de boca com um final algo mineral que convida à próxima taça. Uma das boas relações Qualidade x Preço x Satisfação no mercado e um vinho que me encanta cada vez mais cada vez que o tomo. Disponível na Expand.

 

D. Pedro de Soutomaior 2007. Vinho branco elaborado com Albariño na região de Rias baixas na Galicia, Espanha. Esta uva também tem grande importância na região do Minho, norte de Portugal, onde é conhecida por Alvarinho, sendo usada tanto em varietal como em cortes, na produção de Vinhos Verdes. Os Albariños são algo mais encorpados e secos do que seus primos portugueses, porém sem perder seu frescor e característica cítrica que tanto me encanta. Este vinho é um reflexo de seu terroir mostrando aromas de frutas brancas como pêra e melão, muito agradáveis ao nariz. Na boca é super saboroso, fresco na medida e muito bem balanceado, bom volume e algo cremoso com um agradável final de boca de ótima persistência que nos deixa um retrogosto que lembra pêssegos. Um belo vinho que acompanhou maravilhosamente bem um prato de lulas recheadas. Importação da Península.

 

Emme Grande Escolha 2003. produzido em Azeitão, Terras do Sado, próximo a Setúbal por um produtor que me agrada muito, a Cachamoa. Um dos poucos varietais tomados neste lote de belos vinhos, este sendo elaborado com 100% Cabernet Sauvignon e um senhor vinho ainda com muita vida pela frente. Ainda no outro dia comentei sobre um outro vinho deles que me seduz, o Barão do Sul Garrafeira 2002 que fica melhor a cada garrafa que tomo e acho que este seguirá o mesmo caminho. Nariz intenso, algo tostado com nuances vegetais. Na boca é austero, terroso firme e de grande estrutura, potentoso e gordo, muito rico em sabores, complexo, taninos finos presentes, cheio bastante equilibrado e muito longo. Com este vinho, esta casta mostra sua perfeita adaptação à região da península de Setúbal, trazendo-nos mais um ótimo Cabernet Sauvignon português. Acompanhou uma rabada desfiada, puxada num molho do próprio vinho, maravilhosamente! Importação da Lusitana.

 

Allende 2004, mais um dos varietais tomados, aliás acho que os três estão aqui nesta primeira metade da matéria já que o Albariño também o é. Este é da Rioja e 100% Tempranillo, um vinho que já andava na adega há algum tempo me tentando cada vez que lá ia buscar um vinho. Achei que merecia uma ocasião de maior importância e finalmente a abri e que beleza. Um vinho que necessita de decantação de cerca de uma hora, por sinal o EMME ficou 45 minutos, para mostrar todos os seus predicados. Mais um vinho potente e opulento com um nariz complexo.  Muito rico, denso e complexo na boca, harmônico conseguindo balancear muito bem esse seu vigor com elegância, taninos firmes, mas aveludados mostrando que com 5 anos de idade ainda é uma criança em plena evolução. O final de boca é longo, saboroso e algo mineral com nuances de baunilha advindos de uma madeira muito bem trabalhada. Importador Península.

 

         Não existe um preferido, cada um destes vinhos me fez sorrir bastante, deixando-me imensamente feliz. Cada um me atendeu de uma forma diferente e é isto que faz com que nossa vinosfera seja tão intrigante. É a diversidade que seduz nossa curiosidade sempre na busca do novo e de satisfação total. Estes primeiros 6 vinhos, de um total de 12 tomados nesta celebração, deixaram-me com água na boca e mal acostumado!

Salute e kanimambo.

Desafio Decanter de Vinhos Syrah

               Como já disse antes, o Desafio de Vinhos deste mês de Abril será uma degustação às cegas de grandes vinhos Syrah do ótimo portfolio da importadora Decanter. Parceiro antigo de Falando de Vinhos, a Decanter possui um projeto de Enotecas, já são cinco (Camboriu/Santos/BH/Curitiba/São Paulo), tendo a de São Paulo sido inaugurada em 2008. São 350 m2 em que você encontra todo o portfolio dos produtos importados pela Decanter, e uma vasta e especial seleção de vinhos disponíveis à taça no wine bar, ambientados num projeto arquitetônico de muita beleza e extremo bom gosto num ambiente super aconchegante. Sua área para cursos e degustações, onde faremos o desafio, é de primeira, muito aconchegante e espaçosa.

No wine bar, O «Le Verre du Vin», equipamento desenvolvido na Inglaterra e trazido ao Brasil com exclusividade pela Decanter, é uma máquina que, depois de abertas as garrafas, preserva a frescura do vinho por até 3 meses, na medida em que lhes retira o ar que ficou entre o líquido e a rolha, criando um vácuo e evitando assim que o néctar oxide. Nesse wine bar, 50 rótulos diferentes fazem a festa dos enófilos que queiram desfrutar de bons vinhos à taça e degustar alguns acepipes elaborados pelo renomado chef italiano Sauro Scarabotta do Fricó.

Um grupo de experientes sommelieres, capitaneados pelo gerente Fred Rezende, o atenderão e assistirão na compra dos mais diversos rótulos de mais de 100 produtores. Dos vinhos mais em conta como os saborosos cortes elaborados pela Estampa (Chile) e Callia (Argentina) até grandes vinhos como um Cote-Rotie la Divine de Jean-Luc Colombo ou um Barolo Ornato de Pio Cesare ou, ainda, um Champagne Grand Cru como o Millésime Brut 1998 da Barnaut, há néctares para todos os gostos e bolsos. São mais de 700 rótulos, então impossível conhecer todos, mas eis uma lista de alguns dos vinhos que conheço e recomendo:

  • Domaine du Salvard – Cheverny Le Vieux Clos – branco do Loire, apaixonante e de bom preço.
  • Chateau de Tracy – Mademoiselle de T – um Pouilly Fumée delicioso com um dos melhores preços do mercado.
  • Prosecco Bedin – um dos melhores disponíveis no mercado.
  • Despagne – Chateau Bel-Air Perponcher Reserve – um Bordeaux diferente feito por gente diferente.
  • Pio Cesare – Barbera d’Alba Fides – um verdadeiro elixir dos deuses, sem contar o Barolo e Barbaresco!
  • Castellani  I Castei – Valpolicella Clássico Superiore Ripasso Costamaran – grande vinho por um preçinho! Toda uma linha de excelentes vinhos entre eles o divino Amarone Cinque Stelle.
  • Nicodemi – Vinhos da região de Abruzzo tanto brancos, elaborados com a Trebbiano, como os tintos com Montepulciano d’Abruzzo. Todos, muito bons.
  • Luis Canas – Rioja Crianza – um belo vinho de boa tipicidade por um preço bem abaixo de outros Riojas do mesmo nível.
  • Domaine Bouzeron – o Puligny-Montrachet 1er Cru Champs gains é verdadeiramente inebriante, um grande vinho.
  • Domaine Pierre Labet – muito bom o Bourgogne Pinot Noir Vieilles Vignes, uma bela introdução ao mundo da Borgomnha.
  • Abadal – Rosado Pla de Bages – Delicioso e um dos campeões de meu painel de vinhos rosés.
  • Anselmo Mendes – Loureiro Muros Antigos – um dos excelentes brancos de Anselmo que possui uma bela relação Qualidade x Preço x Satisfação.
  • Quinta dos Roques – Encruzado – um dos melhores vinhos brancos portugueses da atualidade, divino!
  • Raka – produtor Sul-africano com uma série de ótimos rótulos com destaque para o Figurehead (um complexo blend) e o Biography (Syrah).
  • Estampa – Gold Assemblage Syrah – um dos muitos bons rótulos deste produtor que ainda por cima tem preços muito camaradas.
  • Bouza – produtor urugaio produzindo vinhos maravilhosos e cheios de caráter. Entre eles o Albariño, Tannat/Merlot, Tempranillo/Tannat e Monte Vide Eu .
  • Luigi Bosca – dispensa apresentações, mas o Cabenet Sauvignon Reserva e o Malbec DOC são dois dos meus preferidos.
  • Viña Alicia – Tiara, um branco divino e único produzido com Riesling, Albariño e Savagnin.
  • Bodega Callia – um produtor em ascenção na região de San Juan fazendo vinhos de corte (maioria bi-varietais) e varietais de muito bom nível com preço lá em baixo! Olho nos Syrah e Magna Viognier, muito interessante.
  • Domingos Alves de Souza – o Quinta do Vale da Raposa Touriga Nacional e o o Porto  Quinta da Gaivosa LBV são estupendos.

Tem muito mais, mas estas são algumas dicas para você se iniciar nos vinhos da Decanter e se deliciar no wine bar da Enoteca que fica na Rua Joaquim Floriano 838, Itaim, logo após a João Cachoeira, Tel. (11) 3073-0500. Delicie-se com o slide show de fotos que tirei de lá, mais um Parceiro de Falando de Vinhos. 

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Noticias do Mundo do Vinho

wine-globe-32 Vinhos do Porto. Considerado um dos mercados estratégicos para os vinhos da Região do Douro, o Brasil tem vindo a registrar um crescimento importante nos últimos anos e é um dos poucos países que mantém uma tendência positiva de crescimento, contrariando a quebra verificada no ano anterior. As exportações de vinhos do Porto cresceram mais do dobro nos últimos cinco anos, (eu falava e o pessoal não acreditava) passando de cerca de 588.000 garrafas em 2003 para 1.395.000 garrafas no final do ano passado. Já em relação ao DOC Douro, a evolução no mesmo período é de cerca de 34%, num total de 996.000 garrafas em 2008. O Brasil é, atualmente, o 11º mercado mundial de Vinho do Porto em quantidade, com um crescimento superior a 9,8% em 2008, sendo o 4º mercado de comercialização de vinhos do Douro, com um aumento de 2,6% em comparação com o ano anterior. Em 2008, o valor global das exportações para este país de vinhos provenientes da Região Demarcada do Douro atingiu os 6,9 milhões de Euros, o que representou um crescimento de 3% em relação a 2007.  Fonte IVDP

 

Empório Sorio nos traz vinhos da Córsega. Uma novidade nomapa-antigo-corsega1 Brasil produto de um projeto surgido na paixão pela região. ” Ile de Beauté”, como os franceses a chamam, possui uma mistura cultural rica em que predominam influências francesas e italianas. Mais conhecida na história em função de Napoleão,  esta “ilha da beleza” possui vastos vinhedos de uvas autóctones como Vermentinu, Sciaccarrellu e Nielluccio assim como as tradicionais uvas de Bordeaux. Vinhos a serem descobertos e que podem ser provados durante a Expovinis no stand da França, procure pela Andréa, diga que pegou a dica aqui e garanto que será muito bem atendido. Para mais informações cliquem aqui.

 

Marco Luigi. Por falar em Expovinis, mais um produtor para não perder já que há muito não nos visita aqui em Sampa. Procure a Marco Luigi no no espaço ” Vinhos do Brasil” no stand 11 da feira. Não sei o que eles trarão para a feira, mas havendo disponibilidade não deixe de provar o espumante Moscatel, descubra porquê digo que é o melhor do Brasil, o Reserva da Familia Brut, o Tributo blend tinto, o Reserva da Familia Merlot, o Merlot básico muito gostoso e super competitivo enfim, procurem a Sandra e aproveitem para conhecer o bom portfolio de rótulos de sua produção.

 

Mais uma novidade no Brasil é a Casa Donoso do Chile. Este produtor Chileno, chega ao Brasil pelas mãos do pessoal da Empório Del Mundo e, pelo que dizem, com vinhos de muito boa qualidade como puderam comprovar os que estiveram presentes na degustação realizada nesta última semana no Empório da Villa. Para quem quiser conhecer, entre no site www.emporiodelmundo.com.

 

vinhos-donoso

 

         A Miolo Wine Group é a 1ª vinícola brasileira a listar um vinho no Buddha Bar, um dos mais charmosos pontos de badalação de Londres. Quem visitar o local poderá degustar o Fortaleza do Seival Pinot Grigio. A empresa também colocou seus produtos na carta de restaurantes internacionais famosos, como o Benares, em Londres, CN Tower, no Canadá, e no Hotel Le Meridien, em Dubai. O fortalecimento da presença em pontos sofisticados conhecidos mundialmente é uma das estratégias da Miolo para aumentar sua presença no Exterior e agregar valor a sua marca. Só na Inglaterra, a vinícola planeja duplicar suas vendas, que no ano passado totalizaram de 22,2 mil garrafas.

          

barco-rabeloVinhos do Porto II. Mais três vinícolas; Fonseca, Taylors e Croft, todas pertencentes ao grupo Fladgate, declaram 2007 como ano Vintage, sendo que o último tinha sido 2003. O ano vitícola de 2007 correu na perfeição para o crescimento das videiras e o amadurecimento das uvas para Vinho do Porto. Depois de quatro anos de baixa precipitação e elevadas temperaturas o Inverno chuvoso de 2006 foi muito importante pois permitiu uma boa constituição de reservas nutritivas nas videiras para o ciclo vegetativo de 2007. De acordo com David Guimaraens, Enólogo Chefe da Fladgate Partnership, regista no seu diário de vindima: “Condições de vindima perfeitas; noites frescas e dias quentes. Excelente grau de maturação em todas as nossas quintas que é já perceptível nos vinhos feitos”. E completa: “Boa acidez e estrutura, complementado com um nariz muito frutado e atractivo.”parece que caminhamos a passos largos para um ano de Vintage Clássico, esperemos um pouco mais para saber. Fonte Essência do Vinho

 

Salute e kanimambo.

Vinhos e Seus (estranhos) Nomes

           Sábado é dia de Breno Raigorodsky que hoje não nos deu o prazer de sua prosa por motivos alheios à sua vontade. Sem plano B nas vinho-bastardomãos, desde que voltei de viagem ainda não consegui adiantar nada, me lembrei de tecer alguns comentários e publicar umas imagens de alguns lugares diferentes em Portugal no sentido de mostrar as diferenças de culturas e, até certo ponto, alegrar um pouco o dia de hoje, assim como dos estranhos nomes de vinho português. Coisas to tipo; Terras do Demo, Bastardo, Óbvio, Diga?, Pasmados, Malhadinha, Incógnito, HDL (sugestivo não?), Pinote, Inevitável, Desigual, Porta Velha, Pó de Poeira, Poeira, Corpus, Abandonado, Anta da Serra, Cabeça de Burro, Vinha do Putto, Estopa, Volúpia, Audaz, Três Bagos, .Com e Egoísta entre muito outros. Ao pesquisar dei de cara com este artigo muito bem escrito por Luiz Carlos Zanoni para o Paraná On Line com o titulo “Piada, Brochon & Cia” que, por sua qualidade, repico aqui abaixo. Se quiser ler a matéria completa clique no link acima.

 “Bons vinhos dispensam nomes e rótulos, dizia Shakespeare, numa era pré-supermercados. Hoje as opções são milhares, mais de cem mil a cada safra somando o que Europa e Novo Mundo produzem. Imagine a confusão se cada um não trouxesse, direitinho, seus registros. E há o marketing, tudo o que se investe em torno das marcas. O consumidor compra e bebe o kit inteiro.

 Nomes valem ouro, justificando o esmero das vinícolas na hora de escolhê-los e de definir o visual da etiqueta.Aliás, nesse quesito do visual o Mouton-Rothschild, famoso primeiro cru de Bordeaux, vence fácil. Desde 1924 encomenda a pintores renomados a ilustração dos rótulos, colecionando assinaturas como as de Picasso, Miro, Matisse, Dali, Kandinsky, Warohl e Braque.

vinho-chateau-piadaEm exotismo – e qualidade  poucos superam os franceses. Veja o cru bourgeois do Medoc: Château Brochon. Em português parece piada, palavra que designa, por sinal, outro cru da mesma região, o Château Piada (pronuncia-se piadá), um vinho que exige ser levado a sério. E tem o Château Chupín e o Barateau (baratô), que não é uma proposta de preço baixo, mas nome de família, como Figeac, Lafite, Estournel, Rousseau, Guigal, Dujac e milhares de outros.

 

           No Chile e Argentina o uso do nome de família é quase norma entre as bodegas: Catena, Concha y Toro, Bianchi, De Martino, vinho-cab-de-burroLagarde, Villlard e por aí vai. As vinícolas homenageiam o patriarca da casa atribuindo-lhe o rótulo principal. Sempre que topar com vinhos com nome e sobrenome, tipo Felipe Rutini, Enzo Bianchi ou Nicola Catena Zapata, fique certo que são os melhores e mais caros. A nova geração de vinicultores desses países está, porém, esnobando a parentela em favor de títulos mais inspirados, como Val de Flores, Brioso, Quimera, Anúbis, Bramare. Mas, nessa onda, dois chilenos que acabam de chegar soam estranho: o Syrah Vagabundo 2001 e o Syrah Reserva Vagabundo 2002. Faltou idéia? Sobrou sinceridade? Curioso, também, esse Fúria Chardonnay.

quinta-da-bichinha Os portugueses atacam de Chocapalha, Quinta da Bichinha, Bridão, Judia, Barão De Nelas, Pellada, Rota dos Móveis, Fragulho, Bago Louro, Quinta do Cachão, Fontanário dos Pegões e, acredite, Monte dos Cabaços. Muito conceituado o Pera Manca. 

 

 Em algumas línguas, o nome do vinho vira sopa de letrinhas. É o caso do Chardonnay húngaro chamado Somlói Borvidék. É um Szaráz Minöségi Fehérbor de Szék Völgil Imre. O produtor: Szölösgazda Vyneiardist. Não, nunca tinha ouvido falar, com absoluta certeza! Mas há também o oposto, como o Sauvignon Blanc da Nova Zelândia cujo rótulo faiscou no meio de dezenas de outros. No papel creme, de bela textura, apenas uma palavra: The 

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Dicas da Semana

Todo mundo já focado na Expovinis e pouco ligado no mercado. As dicas desta semana são bem poucas, até porque eu mesmo andei meio atarefado com outros assuntos. Há no entanto, como sempre, algumas boas dicas apara você aproveitar nos próximos dias. 

        

          Empório Borges. Recebo diversos contatos de lojas pedindo para fazerem parte do blog e terem seus nomes e endereços divulgados em ”Onde Comprar”. Tem gente que inclusive se faz passar por leitor recomendando uma loja para que haja a divulgação. Todas checo e a maior parte não passa por meu filtro. Pois bem, isto não ocorreu com o Empório Borges. Fui conferir e vi que é uma loja descompromissada com maior foco em festas e eventos. Sua fachada não chama a atenção e o mais provável é que se passe batido, então olho no número, 781.borges

         O que busco nas lojas é disponibilidade de rótulos, estocagem e preços. Mesmo não havendo uma estocagem mais adequada na loja, talvez até em função do foco não ser a venda a varejo, a diversidade dos rótulos é boa e os preços bastante interessantes, alguns excepcionais. Eis alguns exemplos:

Terre di Chieti IGT um 100% Sangiovese produzido por Caldora, parte do grupo Farnese que, tradicionalmente produz bons vinhos. Conheço o Primitivo, um vinho básico do grupo, que é um dos meus achados para o dia-a-dia, e apesar de não conhecer este, creio que por R$19,50 vale o risco. Ótimo preço.

Chateau Camplong 2003, um saboroso vinho da região de Corbiére/Languedoc, França que já tomei e acho muito bom, por apenas R$52,00.

Alfredo Roca Malbec 06, um daqueles argentinos que costumo recomendar em épocas de grana curta ou quando se busca algo saboroso, fácil de agradar e de baixo preço. Vinho honesto por míseros R$15,00.

Luigi Bosca Reserva Cabernet Sauvignon 05. Vinho de grande qualidade que não necessita de grandes apresentações e está por apenas R$49,00.

Casillero Del Diablo Cabernet Sauvignon 07, um daqueles vinhos que são verdadeiros portos seguros ano após ano. Este já comentei quando de degustação específica  e está por bons R$27,00.

Fonte do Nico Fashion 07, estava por R$17,00, mas esgotou, comprei a ultima caixa! Sorry.

Cava Cristalino, sempre uma garantia de satisfação por R$32,00.

Prosecco Corte Viola, um dos meus preferidos nesta faixa de preços, por R$20,00.

Espumante Excellence de Chandon, pelo menor preço que eu já vi no mercado, apenas R$63,00 por aquele que acredito ser o melhor espumante nacional.

Cave Geisse Nature e Amadeu Brut Champenoise, por R$39,00.

Champagne Pommery por R$145,00.

Vieuve-Cliquot Ponsardin por R$159,00.

Champagne Taittinger Brut por R$150,00.

Ou seja, mais um bom local de compra para os amigos leitores da região de Moema, pois o Empório Borges fica na Av. Jandira, 781 – Tels 5052-7430 / 5052-7371 / 5052-7383. Vinhos, licores, whiskies, consignação, ligue e fale com o Ricardo ou Alessandra (se não estiver errado) e fale que pegou os dados deles aqui, quem sabe você não descola um desconto especial?!

 

           Lusitana de Vinhos e Azeites trás promoção de um dos bons vinhos da Cachamoa. Barão do Sul Colheita Seleccionada surgiu da união de dois vinhos Alentejanos. O Enólogo responsável, Martim Avillez, selecionou uvas de duas regiões bem diferentes do Alentejo, agregando a um só vinho características muito diferentes!  Na região de Estremoz, mais ao Sul, ele foi buscar uvas muito amadurecidas, cheias de cor e açúcar, que se converteram em muita fruta e muito corpo… Já na região de Portalegre, ele escolheu uvas de videiras velhas, carregadas de minerais, vinificou da forma mais tradicional possível, com pisa a pé, para extrair ao máximo todos os componentes, e deixou o vinho estagiando 9 meses em barricas de carvalho francês, arredondando os taninos e ganhando mais complexidade… O resultado, após um longo estágio em garrafa, é um vinho de aromas frutados, com um fundo de especiarias, de médio corpo, redondo e muito fácil de harmonizar e beber.

  • 1 garrafa – R$ 54,10
  • 3 garrafas – R$ 135,00
  • 6 garrafas – R$ 240,00

Tem mais. Abri minha última garrafa de Barão do Sul Garrafeira 2002. Ano ruim e vinho ótimo, só para contrariar os mais pessimistas e mostrar que é nas dificuldade que se descobre quem é quem. Pois bem, já faz cerca de uns seis meses, talvez um pouco mais, que o tinha tomado e incrível ver como esse vinho continuou evoluindo positivamente ao longo destes dois últimos anos eumas três garrafas tomadas. cada garrafa um pouco melhor que a anterior. De uma elegância, harmonia e riqueza de sabores impressionante para um vinho de cerca de R$70,00. Quem quiser, sugiro que queiram, não devem perder as últimas poucas garrafas que eles ainta têm em estoque. Periga de eu as comprar eheheh! 

 

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         O amigo Juan da Península, principal importador de vinhos espanhóis com alguns dos melhores néctares da região em seu portfolio, nos avisa da chegada de dois campeões, dois estupendos vinhos da Abadia Retuerta, vinícola excepcional da região de Sardon Del Duero (Ribera Del Duero).

 

ABADÍA RETUERTA SELECCIÓN ESPECIAL. – Acabou de chegar a ótima safra de 2006 deste grande vinho Espanhol repleto de grandes premiações e minha recomendação pessoal baseado nos excelentes 2001 e 2004 provados..

       

abadia-retuerta-seleccionSafra: 2001

  • Troféu De Melhor Tinto Do Mundo. Neste mesmo ano, Angel Anocíbar (Abadia Retuerta) foi eleito o melhor enólogo do mundo.
  • Campeão Revista Gula – Megadegustação 2007)
  • Medalha De Prata Decanter World Awards – Challenger Internacional  de Londres: 9.480 vinhos avaliados.

Safra: 2003

Troféu De Melhor Tinto Espanhol – Star Wine – Estados Unidos

Safra: 2007

Melhor Bodega Por Vino Gourmet (Mais importante revista de enogastronomia da Espanha)

Safra: 2008

Melhor Bodega, eleita pela Comunidade de Vinos Verema (Principal comunidade de catadores de vinhos na Espanha) www.verema.com

 

PAGO VALDEBELLÓN 2005 – um 100% Cabernet Sauvignon que passa 24 meses em barricas novas francesas com produção limitada a 7500 garrafas e produzido somente em safras de excepcional qualidade para a variedade. De acordo com o Juan, trata-se de um grande vinho de “Terroir”, de cor escura, que desprende um bouquet delicado de gema de cassis, especiarias doces, fruta exótica e aromas minerais. O conjunto mostra um contato generoso e complexo, entretanto com muita raça e persistência, com uma personalidade única, alcançando seu melhor momento entre 17 ºC y 18 ºC. A excepcional e suave potencialidade deste vinho o convertem, ademais, em um vinho muito adequado e versátil para acompanhar as cozinhas mais diversas. 

    O Selección Especial está com um preço sugerido ao consumidor de R$198,00, mas tenho a certeza de que se você ligar e disser que viu aqui, tanto o Juan como a Rose certamente lhe darão um bom desconto. Quanto ao Pago Valdebellon, não me passaram preço, mas aproveite a ligação sobre o Selección Especial e pergunte.

 

Semana que vem tem mais. Salute kanimambo. 

 

Vinhos da Semana

Uma semana de algumas confirmações e outras descobertas. Só tintos, mas todos de grande valor e relação Qualidade x Preço x Satisfação.

 

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Ceirós 2004, um vinho para quem tem paciência, pois há que se decantar por cerca de 45 minutos para começar a desfrutar de todas as suas qualidades. Apesar do preço, um vinho para quem não tem pressa pois há que se lhe dar tempo para ele se mostrar. Um corte de Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Tinta Barroca é vinho complexo produzido pela Quinta do Bucheiro na região do Douro. Direto da garrafa para a taça, o vinho é impactante, algo rústico, vinhoso de aromas não muito sedutores.  Deixe-o respirar e desfrute de um vinho untuoso, fruta madura (ameixa), bom volume de boca, rico, taninos presentes mas bem equacionados num final de boca longo, macio e algo apimentado. Um vinho muito particular e marcante com boa acidez que pede comida e agrada sobremaneira. Importado pela Vinhas do Douro e á venda na BR Bebidas por apenas R$35,00. I.S.P. $

 

.Com 2005, um vinho muito bem feito, macio e fácil de agradar que não tomava já fazia um tempinho. Para derrubar aqueles que acham que os vinhos do Alentejo são só força e rústicos. Há muito que não são assim e este é mais um exemplo de que as coisas realmente estão a mudar por aquelas bandas. Este é um novo projeto (já tem uns três anos) do filho de Joaquim e Margarida Cabaço da Quinta dos Cabaços, Tiago, em que ele busca uma modernidade tanto no nome como na estrutura de seu vinho. È um corte típico da região elaborado com  Alicante Bouschet, Aragonez, Trincadeira e, algo menos tradicional, uma parte de Cabernet Sauvignon. È um vinho em que a fruta madura toma conta do conjunto, mostrando-se muito equilibrado apesar de um teor de alcoólico algo alto. A palavra que mais me veio à cabeça para definir este vinho, é de que é um vinho vibrante e jovem, macio, muito saboroso e fácil de tomar, atendendo exatamente aquilo que o produtor buscava, um vinho para cativar os jovens, mas não só, o que efetivamente ocorreu aqui em casa. Elegante, fino suave mas pleno de sabor, um vinho para tomar às garrafas num bate-papo com os amigos. Importado pela Adega Alentejana, comprei do amigo Ricardo, Casa Palla, por R$37,00. I.S.P.  

 

Concentus 2005, até agora não tomei um vinho da Pizatto que não tenha gostado e, de grande valia, um “plus” que é o fato de seus preços serem, em geral, muito bons versus a qualidade de seus produtos. Este Concentus não nega a raça e é um vinho muito saboroso com aromas de frutos do bosque negro como mirtilos, cassis e frutas do gênero. É na boca, no entanto, em que ele realmente nos seduz por seu equilíbrio e harmonia, num conjunto com taninos firmes, finos e aveludados, de boa estrutura, corpo médio para encorpado, rico, complexo, enche a boca de prazer, saboroso final de boa persistência, mesmo não sendo muito longo, deixando-nos um gostinho de quero mais na boca. Um belo corte de Merlot, Tannat e Cabernet Sauvignon que não faz feio em lugar nenhum. Acompanhou maravilhosamente bem um pernil de cordeiro com risoto de funghi, muito yummy! Preço por volta dos R$50,00. I.S.P.

 

Chateau Gamage 2003, para quem reclamou de que os vinhos da Expand Sale não prestavam, mais uma prova de que não souberam fazer o dever de casa e não leram este blog, eheheh. Bordeaux Superieure com toda a tipicidade da margem direita em que a uva Merlot se apresenta majoritária (70%) no assemblage que é composto também de Cabernet Franc e Cabernet Sauvignon em partes iguais. Aromas algo defumados, terroso, fruta madura que vem a se confirmar na boca de forma bastante equilibrada. Taninos finos e aveludados, mas ainda presentes e firmes mostrando que ainda possui uns bons três ou quatro anos de evolução pela frente. Macio, mostrou-se mais harmônico quando baixei a temperatura a 16º.  Na Expand por R$78,00 só que na Expand Sale estava por R$38,00, um achado! I.S.P.    

 

Casillero Del Diablo Merlot 2007, podem dizer o que quiserem sobre os vinhos desta safra, mas este Merlot segue sendo um dos meus favoritos. O Syrah também e estupendo assim como o Cabernet Sauvignon e Carmenére, mas para o meu gosto este vinho se excede e está delicioso, uma barganha e um dos meus campeões de Relação de Beneficio disponíveis no mercado. De corpo médio, bom volume de boca, nariz bem frutado, algo especiado, é um vinho de grande elegância com a “redondês” característica da uva merlot produzindo um conjunto saboroso, equilibrado, macio com um final muito agradável de boa persistência com nuances de chocolate. Um porto seguro disponível no mercado por diversos preços tendo este sido comprado por R$27,00 porém já vi a R$35,00. Me lembro dos preços, mas não de onde comprei (oops!), de qualquer forma levarei em conta um preço médio de R$32,00. I.S.P.  $  

          

         Sem gastar muito tomei diversos bons e agradáveis vinhos. É o que sempre digo, não há necessidade de se gastar rios de dinheiro para se dar bem em nossa vinosfera, basta garimpar um pouco. Agora, podendo gastar, este nosso mundo dos vinhos vira um enorme playground!

Salute e kanimambo.

Vinhos de Celebração

Há um tempo que estou devendo esta lista de vinhos tomados durante as celebrações de meu aniversário este ano. Já me pediram a data, não passo, mas sou Aquariano para quem interessar possa. rsrs Nestes momentos, é comum extrapolarmos orçamento e nos presentearmos com o que de melhor podemos comprar. No meu caso, um verdadeiro assalto à adega e algumas compras, a maioria no exterior. Por outro lado, desta vez decidi comemorar um mês inteiro, então houve tempo para eleger e curtir só vinhos de primeiro nível.

Como sabem, sou um firme defensor de buscar bons vinhos por bons preços, esse é um dos objetivos deste blog, e estes se encontram em qualquer gama de vinhos. Mesmo nos top, existem vinhos que se sobressaem pois entregam, ou pelo menos deixam essa percepção, mais valor do que o preço pago. Nesta lista, a maioria se encontra nessa faixa de mais valia, ainda mais quando comprados fora. Os novos preços em decorrência da taxa cambial e outros senões, lamentavelmente prejudicam qualquer avaliação mais criteriosa nesse sentido. De qualquer forma, em momentos de celebração o preço acaba virando fator secundário.

Nas próximas semanas comentarei os vinhos e sensações ao tomar estes deliciosos vinhos dividindo-os em dois posts. Por enquanto fiquem somente com a lista e imagem desses vinhos de primeiro nível, dos quais boa parte, disponíveis no mercado brasileiro. Já antecipo, são todos deliciosos, cada um com seu jeito e sua personalidade, mas todos de grande qualidade tendo me dado muito prazer tomá-los.

 

vinhos-de-aniversario-008

 

Esbaldei-me com vinhos de tudo o que é estilo e origem, mas ao escrever estas linhas é que me dei conta de que minhas preferências vieram à tona mesmo que inconscientemente. São quase todos vinhos de assemblage, exceção feita ao Albariño, ao Allende (tempranillo) e ao EMME (cabernet sauvignon) e do Velho Mundo!

  • Bindella 2004 – Toscana / Vino Nobile de Montepulciano – Não é importado no Brasil.
  • Peter Lehman Barossa Cab/Merlot 2004 – Barossa / Asutrália – Expand (não vi este rótulo no portfolio)
  • Il Brusciato 2005 – Toscana / Bolgheri – Expand
  • Chateau Les+Trois+Croix 1999 – Fronsac / Bordeaux / França – Mistral (?)
  • Abadia Retuerta Selección Especial 2001 – Sardon del Duero / Espanha – Peninsula
  • Prosecco Bedin –  Veneto / Itália – Decanter
  • D. Pedro de Soutomaior Albariño Rias Baixas 2007 – Galicia / Espanha – Peninsula
  • Chateau Milens 2001 Grand Cru – Saint-Emilion / França – Não importado no Brasil.
  • Prosecco Rústico de Nino Franco – Veneto / Itália – Expand
  • EMME Grande Escolha 2003 – Terras do Sado / Portugal – Lusitana
  • Allende 2004 – Rioja / Espanha – Península
  • Quinta do Noval LBV 2000 Unfiltered – Vinho do Porto / Portugal – Grand Cru

Salute e kanimambo.

TOP 50 Restaurantes do Mundo

50bestrestaurants1Estas listas podem ser meio duvidosas, mas algumas sempre têm mais respeitabilidade que outras. Esta, aparentemente, é razoavelmente séria e acabou de sair do forno ontem, é a  “S. Pellegrino World’s 50 Best Restaurants”, uma eleição realizada pela revista britânica “Restaurant”. Entre os TOP 50, o D.O.M. que subiu 16 posições. Não menos lisonjeador, o fato de que o Fasano entrou nos TOP 100 entre os principais restaurantes do mundo. Eu brindo a isso, uma pena que falta din-din para poder conferir. rsrs Vejam as listas completas abaixo. Fonte Bloomberg

 

TOP 50

“Runner ups” – de 50 a 100

1 El Bulli, Spain (=)

2 The Fat Duck, U.K. (=)

3 Noma, Denmark (+7)

4 Mugaritz, Spain (=)

5 El Celler de Can Roca, Spain (+21)

6 Per Se, U.S. (=)

7 Bras, France (=)

8 Arzak, Spain (=)

9 Pierre Gagnaire, France (-6)

10 Alinea, U.S. (+11)

11 L’Astrance, France (=)

12 The French Laundry U.S. (-7)

13 Osteria Francescana, Italy (New Entry)

14 St. John, U.K. (+2)

15 Le Bernardin, U.S. (+5)

16 Restaurant de l’Hotel de Ville, Switzerland (+11)

17 Tetsuya’s, Australia (-8)

18 L’Atelier de Joel Robuchon, France (-4)

19 Jean Georges, U.S. (-2)

20 Les Creations de Narisawa, Japan (New Entry)

21 Chez Dominique, Finland (+18)

22 Ristorante Cracco, Italy (+21)

23 Die Schwarzwaldstube, Germany (+12)

24 D.O.M., Brazil (+16)

25 Vendome, Germany (+9)

26 Hof van Cleve, Belgium (+2)

27 Masa, U.S., (Re-entry)

28 Gambero Rosso, Italy (-16)

29 Oud Sluis, Netherlands (+13)

30 Steirereck, Austria (New Entry)

31 Momofuku Ssam Bar, U.S. (New Entry)

32 Oaxen Skaergaardskrog, Sweden (+16)

33 Martin Berasategui, Spain (-4)

34 Nobu U.K. (-4)

35 Mirazur, France (New Entry)

36 Hakkasan, U.K. (-17)

37 Le Quartier Francais, South Africa (+13)

38 La Colombe, South Africa (Re-entry)

39 Asador Etxebarri, Spain (+5)

40 Le Chateaubriand, France (New Entry)

41 Daniel, U.S. (=)

42 Combal Zero, Italy (Re-entry)

43 Le Louis XV, France (-28)

44 Tantris, Germany (+3)

45 Iggy’s, Singapore (New Entry)

46 Quay, Australia (New Entry)

47 Les Ambassadeurs, France (-2)

48 Dal Pescatore, Italy (-25)

49 Le Calandre, Italy (-13)

50 Mathias Dahlgren, Sweden (New Entry)

 

 

51 Zuma, China

52 Marcus Wareing at the Berkeley, U.K.

53 Spondi, Greece

54 L’Arpege, France

55 L’Atelier de Joel Robuchon, China

56 Hibiscus, U.K.

57 Aqua, Germany

58 Le Gavroche, U.K.

59 Chez Panisse, U.S.

60 Les Amis, Singapore

61 El Poblet, Spain

62 Maison Pic, France

63 Cafe Pushkin, Russia

64 Le Meurice, France

65 Bukhara, India

66 Varvari, Russia

67 Schauenstein, Germany

68 RyuGin, Japan

69 La Maison Troisgros, France

70 Wasabi, India

71 The River Cafe, U.K.

72 Enoteca Pinchiorri, Italy

73 Le Cinq, France

74 Allegro, Czech Republic

75 Quintessence, Japan

76 Restaurant Dieter Mueller, Germany

77 Geranium, Denmark

78 Caprice, China

79 Jardines, South Africa

80 Amador, Germany

81 Biko, Mexico

82 L’Atelier de Joel Robuchon U.S

83 Fasano, Brazil

84 Mozaic, Bali

85 Obauer, Austria

86 Alain Ducasse au Plaza Athenee, France

87 L’Ambroisie, France

88 Maison Boulud, China

89 De Librije, Netherlands

90 Babbo, U.S.

91 Maze, U.K.

92 Zuma, U.K.

93 Manresa, U.S.

94 Pier, Australia

95 De Karmeliet, Belgium

96 Aubergine, South Africa

97 Bo Innovation, China

98 Rust en Vrede, South Africa

99 Del Posto U.S.

100 Reflets par Pierre Gagnaire, UAE