fevereiro 2008

Boas Compras II, Vinhos Argentinos

               Kylix, Av. Angélica – São Paulo, mais um novo parceiro que se junta a nós neste projeto de desmistificar o mundo do vinho e buscar “Melhores vinhos por Melhores preços”. Em breve farei um post somente sobre eles e a agradável loja com wine bar servindo refeições ao almoço. Local muito agradável, pequeno, aconchegante e simpático, com vinhos por preços muito interessantes. O Simon está sempre buscando trabalhar boas promoções e em Março, na seção Boas Compras, ele será mais um de nossos colaboradores que totalizarão 10! Deveremos juntar mais de 80 destaques de Boas Compras, acho que vou ter que dividir a matéria em dois ou três posts, yesss! Bem, mas vamos ao que interessa. Nosso contato foi depois da matéria da Argentina (Fevereiro) estar pronta e o post com Boas Compras ter sido editado, mas ………ainda estamos a tempo já que nunca é tarde para bons Vinhos a Bons preços! Veja aqui algumas boas dicas, comentários do Simon, e preços de vinhos Argentinos.

1) Septima Malbec 2004

Grupo Codorníu, que remonta ao século XVI na Espanha, escolheu a Argentina para construir a bodega Septima, sua sétima bodega naquele momento, o ano de 1999.  O vinho envelhece por 6 meses em carvalho francês e americano.

De R$ 24,50 por R$23,00, se  6 garrafas ou mais R$22,00 e a partir de 12 garrafas R$20,00.

2) Callia Alta Syrah / Malbec 06

Taninos redondos e finos, frutas vermelhas maduras, e  acidez equilibrado.

Decanter Magazine: Decanter World Wide Awards: Medalha de Prata (apenas 5 vinhos dos 112 argentinos degustados): “Vibrante. Nariz cremoso e saboroso. Muito equilibrado, gordo, fruta doce. Taninos muito bem trabalhados. Pegada agradável sem nenhuma agressividade

De R$27,90 por R$26,00, se 6 garrafas ou mais R$25,00 e  partir de 12 garrafas R$23,50

3) Passo Doble 2005

Passo Doble é um vinho argentino diferente de todos que você já provou. Este delicioso tinto é elaborado por Masi – o rei do Amarone e o grande mestre da passificação de uvas – utilizando a uva Malbec, a mais emblemática do país, cortada com a italiana Corvina, da região do Veneto. Como acontece com os saborosos tintos vênetos, a Corvina é parcialmente passificada, ou seja, a uva perde água em esteiras de palha, concentrando os açúcares. Quando estas uvas são adicionadas ao mosto, acontece uma segunda fermentação, resultando em um vinho concentrado e cheio de sabor. A ótima acidez o deixa fresco e seco, ideal para acompanhar diversos pratos. Para Jancis Robinson, ele é “extraordinário” e “great value”, “um vinho único, com um final de boca mais seco e sofisticado do que a maioria dos vinhos argentinos”. Excelente relação qualidade/preço! 

De R$45,00 por R$38,00, se 6 garrafas ou mais R$37,00 e  partir de 12 garrafas R$35,00

4) Catena  Malbec  2005

Um grande Malbec argentino, o Catena Malbec já se tornou um verdadeiro clássico, com uma elegância e um senso de proporção raramente encontrado em outros tintos de seu país. Já foi indicado como um dos “100 Melhores Vinhos do Mundo” pela Wine Spectator. 

Wine Spectator: 91 pontos (2002)
Wine Spectator: 90 pontos (2004) “Best Value

De R$56,00 por R$49,00 se 6 garrafas ou mais R$47,00 e  a partir de 12 garrafas R$46,00

5) Crios Rosé of Malbec 2006

Considerado o Rosé do Ano (05) pela Revista Gula – (Jan 07) e com avaliação do Wine Spectator em  86 Pts na safra de 2005. Aroma de frutas vermelhas e corpo médio e aveludado. Tem boa acidez, portanto bom frescor .

De R$43,00 por R$38,00, se 6 garrafas ou mais R$36,00 e  a partir de 12 garrafas R$34,00

6) Kinien Tinto Malbec 2003

86% de uvas Malbec (10% de uvas Cabernet Sauvignon e 4% de uvas Merlot) com 14  meses em barril de carvalho francês de primeiro uso.

De cor vermelho intenso com matizes violáceas Em nariz apresenta aromas de frutas vermelhas e também as especiarias como pimenta e canela. Toques florais e empireumáticos. O carvalho francês da caráter e complexidade sem tirar a suave doçura dos taninos do Malbec. Na boca é um vinho complexo, intenso com taninos equilibrados além de notas tostadas. Wine Spectator 90 pts.

QUE RUFEM OS TAMBORES, O SIMON ENDOIDOU!!

De R$145,00 por R$75,00, se 6 garrafas ou mais R$72,00 e  a partir de 12 garrafas R$70,00

Os pedidos deverão ser feitos por  telefone, ou e-mail, e só serão entregues ou retirados na loja a partir de 3 dias após o pedido.  Veja os dados da Kylix em “Onde Comprar”.

Promoção válida até 08/03/08 ou final dos estoques

Essência do Vinho 2008- O melhor do Vinho e Gastronomia em Portugal

               O Essência do vinho – Porto 2008 oferece aos visitantes a oportunidade de experimentar e saborear vinhos de todo o mundo num ambiente divertido e interativo. Serão mais de 300 produtores nacionais e estrangeiros presentes e cerca de 2500 vinhos em prova. O maior evento do mundo enogastronômico Português!

               Há literalmente milhares de vinhos para provar, para além de uma multiplicidade de atrações, onde os visitantes podem participar, aprendendo de forma ativa, seja um iniciado ou seja um “connaisseur”. A atmosfera informal, amigável e relaxada permite-lhe colocar qualquer questão relacionada com vinho a alguns dos maiores especialistas nacionais e internacionais!

               É o local perfeito para desmistificar o maravilhoso mundo do vinho. Será agora, do dia 6 a 9 de Março no Palácio da Bolsa, na lindíssima cidade do Porto, mas se estendendo por toda a cidade que vive e respira o evento de forma intensa. Quatro dias de estripulias e luxuria enogastronomica, mais uma semana viajando pela região do Douro e outros pontos de gande interesse turistico em Portugal. Certamente 10 dias maravilhosos para quem tenha o previlégio de ter a disponibilidade financeira e de tempo, para uma viagem certamente inesquecível! Já está no meu “Wish List” para 2009, vamos ver se dá?! Quem sabe abro uma conta no banco para receber doações? rsrsrs

               Pelo que vi no programa, é um evento muito extenso e interessante, com provas de produtos extraordinários. Deixe-se guiar pelos maiores especialistas numa experiência única onde terá a oportunidade de provar vinhos exclusivos numa verdadeira aula e de tornar-se um conhecedor exigente.

6 Março | Salão Árabe | 18h00

 

COLHEITAS INESQUECIVEIS
BARROS | BURMESTER | CÁLEM | KOPKE

Pedro Sá (Enólogo Sogevinus)

Kopke Colheita 1935 Branco
Barros Colheita 1935
Burmester Colheita 1937
Kopke Colheita 1941
Burmester Colheita 1944
Cálem Colheita 1957
Cálem Colheita 1961

7 Março | Sala do Tribunal | 19h30

PORTO FERREIRA
O MELHOR DOS SÉCULOS XIX E XX

Luis Sottomayor (Enólogo Ferreira)

Ferreira 1863
Ferreira 1917
Ferreira 1947
Ferreira 1966
Ferreira 1978
Ferreira 1994

Achou pouco? Tem mais. Junto com o Essência do Vinho tem o Essência Gourmet que é um complemento fundamental, sem um não existe o outro. Aliás, bem que a Expovinis podia adotar este formato eliminando Cachaças e Epicure!

ESSÊNCIA DO GOURMET

Mais de 20 Chefes convidados

               No mundo dos vinhos, que é vasto e oferece múltiplas escolhas, não existem verdades absolutas nem regras rígidas e qualquer combinação que seja do seu agrado será, no limiar do prazer de cada um, a combinação ideal e desejada. A verdade é que existem formas de potenciar um vinho através da gastronomia e de enaltecer os sabores pela companhia do vinho apropriado.

              O Essência do Gourmet irá dar-lhe todas as orientações pela mão dos melhores chefes, nacionais e estrangeiros, para que possa experimentar e desfrutar das imensas sensações que um bom vinho proporciona.Essência do Gourmet será novamente uma das principais atrações da edição de 2008 do Essência do Vinho. Durante 4 dias, o Porto será o centro gastronómico do país

Arena Gourmet e Mercado Gourmet

O vinho está ligado aos prazeres da vida e um verdadeiro “gourmet” sabe apreciar o que a vida tem de melhor. Na zona central do Mercado Ferreira Borges, no Arena Gourmet, produtos de qualidade preparados ao vivo por chefes. No Mercado Gourmet também presentes os melhores cafés, chocolates, “patés”, azeites, vinagres, queijos, compotas, etc.,

Harmonizações no Gourmet Gallery

Porque a comida e o vinho são inseparáveis. Descubra com famosos chefes de cozinha os contrastes que intensificam os sabores ou quais as melhores combinações para uma degustação perfeita. Venha ampliar a sua experiência sensorial na sala Gourmet Gallery criada especialmente para esta ação.

A BLUE WINE ,  será a revista oficial deste grande acontecimento, estando prevista a divulgação das atividades paralelas, dos produtores, enólogos e chefes presentes. À semelhança do ano anterior, será organizada a prova TOP 10 DE VINHOS PORTUGUESES, composta por um júri internacional de jornalistas/críticos da especialidade.

Para quem pode, ainda dá tempo. Veja o programa completo aqui

Espumantes Nacionais – Degustando às cegas

               Há poucos dias, tive a grata satisfação de participar de uma degustação às cegas de espumantes nacionais, na Portal dos Vinhos que, para quem ainda não conhece, é uma loja simpática, com bons preços e muito bem montada, ali no Morumbi, atrás do Open Center próximo ao condomínio Portal em São Paulo (detalhes em “Onde Comprar”). Primeiramente, para não pairarem duvidas sobre degustações às cegas, não, não se degusta com viseira / tapa-olho ou coisas do gênero. Brincadeiras à parte, as garrafas têm sua identidade escondida por um pano, papel alumínio, qualquer coisa que evite que o degustador possa ter visão do que está provando e, desta forma, esteja isento de quaisquer influências externas à bebida em si. Isto posto, vamos ao que interessa e razão de ser deste post. Dentro os vários estilos de espumantes provados, Moscatel, Rosé e Brut, é sobre este últimos que quero me estender. Tínhamos quatro rótulos a provar;

  • Vallontano Brut – método charmat, corte de chardonnay e pinot noir.
  • Pizzato  Brut 2007- método champenoise, corte de chardonnay e pinot noir.
  • Dal Pizzol Brut, o qual estava muito curioso para conhecer, método champenoise, corte de chardonnay, pinot noir e sylvaner.
  • Marco Luigi Reserva da Família 2005 também método champenoise, mas um corte de chardonnay, pinot noir e merlot.

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Para minha surpresa, todos já sabem o quanto gosto dos produtos da Marco Luigi, o embate foi vencido pelo Dal Pizzol Brut, inclusive com meu voto, confirmando as boas criticas que tenho lido, deixando quase que num empate técnico, o Marco Luigi e o Pizzato que, para mim foi uma enorme e grata surpresa, em segundo lugar (por apenas um pontinho em minha ficha de avaliação), e o Vallontano por ultimo, mesmo sendo o mais apreciado pelas senhoras presentes, desculpe Zé Roberto. Mais importante que o resultado, saber quem ganhou, creio que o importante é salientar a confirmação do quanto os nossos espumantes melhoraram, se destacando em qualquer prova internacional e, no quesito qualidade, dando um baile nos nossos hermanos Sul Americanos, Chile, Argentina e Uruguai.

                   Atingimos um nivel médio de qualidade, muito bom e, esta prova só veio comprovar isto. Olha que eu ainda não mencionei outros produtores como; Cave Geisse, que nosso amigo Leandro elegeu como o melhor do Brasil e eu, faltosamente, ainda não consegui provar, Casa Valduga que está com uma coleção grande de espumantes, provei o Prosecco Premium que está muito bom, o Salton Evidence, Marson Brut, Miolo Millésime, Chandon do Reserva Brut ao Excellence, etc. A nível geral, um ótimo padrão de espumantes que fica atrás de poucos no universo produtor mundial, com preços bem convidativos. Outro fator interessante, a criatividade Brasileira em ação tanto no Dal Pizzol como no Marco Luigi, com a adição de uvas não tradicionais no corte de espumantes, com resultados muito positivos.

            A pergunta que se faz quando se lê noticias como esta é; se não produzimos muito bons vinhos tranqüilos, especialmente brancos, como explicamos o nível de qualidade de nossos espumantes? É vero? Primeiramente sim, é verdade, nossos espumantes estão num ótimo patamar de qualidade. Quanto á busca de respostas à segunda pergunta, foi buscando respostas que me deparei com estas colocações do mestre Saul Galvão na edição de 06/12/2007 do caderno Paladar do jornal o Estado de São Paulo que, creio, elucidam bem a situação. “Os fatores que conspiram contra o vinho tranqüilo são, exatamente, aqueles que favorecem o espumante. Para um bom vinho de mesa, a uva deve amadurecer ao ponto ideal, armazenar bastante açúcar, acidez e cor nas cascas, no caso dos tintos. Quando o tempo ameaça, os agricultores cortam as uvas antes do tempo ideal, gerando vinhos de mesa com pouco álcool, pouca estrutura e alta acidez. Esses “defeitos” no vinho tranqüilo são virtudes para a elaboração de espumantes. È bom lembrar que a região de Champagne também é de clima difícil e seus vinhos tranqüilos não costumam ser atraentes”. Como ele diz, é na hora da adição das bolinhas que o “pato vira cisne”!

            Moral da história. Está esperando o quê para começar sua viagem pelos inúmeros rótulos de qualidade produzidos em nossa Terra Brasilis? Só aqui, já há pelo menos três dicas interessantes, mais os Cave Geisse que o Leandro tanto adora, meus posts anteriores sobre espumantes também trazem diversas outras sugestões, a internet está cheia de diversas provas e opiniões, é só querer. Que tal começar seus jantares com amigos, aquele bate-papo e carteado com um espumante? Não precisa esperar festa nem ocasião especial nenhuma, temos variedade, qualidade e preço que permitem que este néctares sejam mais comuns em nosso dia-a-dia, então vamos aproveitar! Tem para todos os estilos, gostos e bolsos, é só começar a viagem, os prazeres estarão garantidos por Bacco e nossos esmerados produtores. Salute!

Vinhos Argentinos, na Argentina.

               Existem vinhos na Argentina que, por alguma razão não aparecem por aqui. Talvez até haja importadores trazendo estas preciosidades, mas desconheço e não os vejo em lojas em São Paulo ou aquelas que trabalham com vendas on-line. Como tive algumas consultas sobre este tema e, também, sobre que vinhos comprar no exterior, aqui vão algumas dicas sobre o que buscar por lá em sua próxima visita ou listar para seu amigo do peito que esteja indo:

              A Bodega Del Desierto elabora vinhos muito bons com preços muito acessíveis. Da sua linha 25/5, gostei muito dos dois que tomei, o Cabernet Sauvignon e o Chardonnay, mas existem outros varietais que devem ser interessantes, em especial o Cabernet Franc que é muito elogiado. Ainda na linha dos vinhos baratos e muito bons, a Família Cassone produz excelentes vinhos por preços inacreditáveis. Eu tomei dois da linha Finca Florencia, o Malbec e o Merlot, e fiquei bastante impressionado pela elegância e harmonia de ambos, especialmente o Malbec já que o Merlot é mais austero. O Posta Del Vinatero Malbec 2005 Angel Paulucci que tomei, também me agradou bastante apesar de ser num estilo mais carnudo e potente. Tomei-o acompanhando uma bela perna de cordeiro na casa de um amigo e a harmonização ficou perfeita. Uma boa opção para quem tenha preferência por este estilo de vinho. Patron Santiago, da Finca El Zorzal, é um outro rótulo muito interessante, apesar de um pouco mais caro do que os outros aqui mencionados,  do qual eu tomei um muito bom, Cabernet Sauvignon 2002.  Tomei, ainda, um Stradivarius, que deveria ser um tipo de um Porto, mas elaborado com Malbec. Óbvio que não tem nada a ver com um Porto, mas é muito interessante e combinou muito bem com uma torta de chocolate que foi servida. Algo diferente! Para finalizar, um vinho curinga, para aquelas refeições onde o pessoal pede pratos dos mais variados, é o Saint Felicien Cabernet/Merlot produzido por Catena Zapata. Um vinho muito agradável, equilibrado muito redondo que já provei em diversas ocasiões e de safras diferente, porém sempre confiável e de fácil harmonização.

               O que comprar por lá? Bem, aí é muito difícil e uma decisão muito pessoal de cada um. Depende muito do caixa disponível. Primeiramente, é importante saber que pela legislação Brasileira, se pode trazer até 12 garrafas de vinho desde que dentro de sua cota de USD500 (compras no free de chegada não entram nessa cota e são uma boa opção. Vale a pena checar antes pela internet). Tendo dito isso, você pode trazer qualquer um dos vinhos acima, porque aqui não os encontrará e, com isso, estará ampliando e diversificando seu conhecimento de vinhos argentinos e surpreendendo seus amigos enófilos, ou qualquer outro que eu listei anteriormente em meus posts recentes sobre vinhos Argentinos. Pessoalmente, quando compro vinhos no exterior, o faço com rótulos que, normalmente, eu não tenha condições financeiras de comprar aqui, mesmo que só possa trazer meia dúzia. Um vinho de R$30 ou 50 tenho mais facilidade de comprar, já um de R$150 ou 200 não. Considerando-se que os vinhos lá custam algo como 50% do preço aqui nas lojas, a economia real é maior nessa faixa mais alta e me permito, conseqüentemente, tomar vinhos melhores. Por cerca de R$45 a 50 compro um Angélica Zapata, Por R$70 um Quimera, Por R$40 um Clos de Los Siete, um Rutini Cabernet/Malbec por R$30, e por aí vai.

              É isso, boas compras, veja algumas dicas de onde comprar em meu post “Comprando Vinhos no Exterior” e aproveite com sabedoria. A Argentina tem inúmeros rótulos de boa qualidade que merecem ser conhecidos, somente listei uma pequeníssima parte desse universo em todos estes posts. Aventure-se, corra riscos, desbrave essa imensidão de sabores e aromas. Ah, não esqueça do Montchenot Gran Reserva, vinho diferenciado, meio cult, de grande complexidade e elegância que merece ser conhecido. Vinho de guarda e se você encontrar da safra de 98 compre, é garantido e o preço deve andar por volta dos R$30 a 35,00, uma pechincha. Lembrando, vinhos devem ser comprados em lojas em que fique claro que estes estejam sendo bem condicionados preferencialmente longe do sol e em locais refrigerados. Com vinhos de guarda o cuidado é maior ainda, pois são mais suscetíveis aos maus tratos que porventura venham a sofrer. Se já é importante comprar vinhos em lojas idôneas quando em casa, quando no exterior isto é essencial já que não dá para voltar à loja no caso de um eventual problema. Salute amigo e que Bacco lhe ilumine o caminho com boas escolhas!

CORREÇÃO – Encontrei hoje (1/03/08) os vinhos da Familia Cassone em São Paulo, realmente na Granja Viana em Cotia, na Casa Palla, veja dados em “Onde Comprar”. O Finca Florencia está por $29,00.

10 Conselhos para ser feliz bebendo vinhos

                Recebi uma visita virtual, direto das Ilhas Canárias, da Rosario. Argentina de Mendoza, amante da enogastronomia e saudosa de seus amigos, de sua família, dos sabores e aromas de sua terra natal! Foi visitando seu blog, com outros posts legais, que me deparei com esta preciosidade que peço licença para não traduzir, creio que é facilmente entendido e, dentro do possível, no original é sempre melhor! Essa menina tem o dom da palavra, vai longe. Eu adorei, boa leitura

1. Adquiera vinos en vinotecas, casas especializadas o acepte regalos de sus amigos enófilos. Siempre son bienvenidas las botellas en buen estado, por lo tanto déjese mimar por los que saben, si no tiene la suerte de tener uno de estos amigos, trate de no comprar en supermercados. Desconfíe del vino de oferta de la semana, casi siempre esconde una partida defectuosa y mal almacenada.
2. Frente a la carta del restaurante déjese guiar por un buen sommellier, uno bueno, no de los que aconsejan sólo vinos caros para presumir frente a los dueños. El sommellier sensato es el que recomienda el vino que él bebería con esa cena. ¿Cuántos de ellos pueden darse el lujo de tomar vinos de 100$ por cena?
3. Siga la regla básica de vinos blancos con carnes blancas y lo mismo con los tintos si no es un conocedor. Si lo es, déjese guiar por su memoria de sabores, el conjunto de recuerdos aromáticos que ha ido engordando durante toda la vida le ayudará a desafiar lo preestablecido. No haga caso a las miradas desconcertadas del camarero ¿A quién le importa? ¡Si el vino lo pagará y se lo beberá usted!
4. No desee el vino del prójimo. Que el de la mesa de al lado tiene un vino mejor…pués haberlo pensado antes de pedir orgulloso su vino. Esta situación es muy común en los restaurantes donde la mesa funciona como vitrina del alma vinífera y de la billetera de cada comensal. Generalmente la situación se desarrolla así: usted recibe la carta, la estudia durante minutos en los que se enamora y desenamora como un púber, decide mentalmente un vino, lo retiene en la memoria, cierra la carta, porque seamos sinceros…si la seguimos mirando cambiamos de opinión. Espera ser atendido. Se regocija, infla un poco el pecho y espera la llegada del juez. Apenas lo vemos cerca le indicamos con un gesto que ya estamos decididos. Trae el vino, lo presenta, lo degustamos y lo sirve; y de golpe…el pecho se desinfla, el ceño se frunce al ver pasar ESE vino que hace tantos años que queremos probar.
5. Esmérese, aunque esté por descorchar (sacar a rolha, abrir) el vino en casa. Las buenas copas, al igual que los vestidos femeninos, engalanan y elevan vinos normales. Prepare un decantador, siempre que el vino lo requiera. Lave las copas, de cristal por favor, séquelas con un papel tissue que no suelte pelusa. Déjelas brillantes y sin marcas, de esta manera podrá observar mejor el vino. Una vez que uno se acostumbra a beber en copas perfectas duele volver a las mediocres. Como todo en la vida, señores…
6. Cuide la temperatura del servicio. Al principio es recomendable adquirir un termómetro, mucho no lo ande mostrando si no quiere quedar como un neófito. En los grupos que presumen de “grandes conocedores” basta mirar la botella para saber a cuantos grados está…Mejor cómprese un termómetro, úselo si descorchará vinos con antelación, controle la temperatura con una regla básica:
Vinos blancos secos: 10º a 12º C
Vinos blancos semi secos: 9º a 11º C
Espumosos: 6º a 8º C
Rosados: 10º C
Vinos tintos jóvenes: 12º a 14º C
Tintos con crianza: 16º a 18º C
7. Cuide la compañía. La persona con la que uno disfrutará del vino es tan importante como la temperatura del servicio. Conozco compañías desagradables capaces de avinagrar el más noble de los ejemplares. Aléjese, al igual que de las vibraciones y las fuentes de olor extrañas, para preservarse y lograr un mejor envejecimiento.
8. ¡Aprenda, aprehenda! Decir esto es muy similar a decir beba, beba, beba más vino, aunque claro, un poco más elegante. Lo que quiero decir es que al igual que a leer se aprende leyendo. A beber se aprende bebiendo. Por supuesto aquí hablamos de consumo responsable y moderado. Lea todo lo que esté a su alcance y lo que no, pida que se lo acerquen. Compre vinos originales, baratos y caros, deguste, siempre que pueda apunte sus consideraciones en una libreta. Compare y saque sus conclusiones. Haga algún curso de cata, eso lo guiará en las nociones básicas.
9. Maride (harmonize) toda la experiencia, vinos con comida, con música, con personas, con conversaciones. Placer de placeres. Algún gran Malbec mendocino un domingo en casa tirados en un sillón escuchando a Piazzolla. Sepa que ningún vino marida con discusiones de política ni religión.
10. Nunca deje de brindar por seguir brindando.

Tomei a liberdade de adicionar dois itens. Você gostaria de agregar mais algum? O espaço está aberto para sua colaboraçao.

11. Não se sinta frustrado por não conseguir sentir aqueles aromas que os especialistas tanto descrevem. Dê-se ao direito de deixar-se levar pela personalidade do vinho buscando nele o prazer, sua maior razão de ser. O resto é o resto, só pequenos detalhes perto da inebriante sensação de saborear a obra completa.

12. Não tenha medo de errar. Aventure-se , experimente, deixe-se surpreender por aromas e sabores novos.

Uruguai – Dominio Cassis, uma agradável surpresa

                Recentemente tive uma agradável surpresa ao participar da apresentação de uma vinícola recém chegada ao País. Pioneira, de uma região de colinas, próximo a La Pedrera e La Paloma ao norte de Punta Del Este e a cerca de 250kms de Montevideo, denominada Rochas. Foi nesta região de solo pedregoso, baixa fertilidade, pouca chuva e boa drenagem, que o enólogo Juan Ferreri se uniu a Carlos Tomasi para, em 1999, plantarem o primeiro vinhedo e a base do que é hoje a Bodega Domínio Cassis. Distante apenas 10 kms do do Atlântico, se beneficiam das brisas marinhas constantes, para amenizar temperaturas refrescando as noites e ajudando na manutenção da saúde do vinhedo que tem manejo orgânico.  Aqui se plantaram mudas de cepas com clones especialmente estudadas, selecionadas e totalmente adequadas ao tipo de solo existente na área. Resultado, um mix de parreirais de Cabernet Franc, Tannat, Cabernet Sauvignon e Syrah.

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             Seus vinhos são muito bem elaborados, com um claro projeto de qualidade no lugar de quantidade, o que se vem comprovar na boca ao provar seus saborosos e diferenciados vinhos. A primeira coisa que se pensa ao ser convidado para degustar vinhos Uruguaios, é que se vai provar basicamente Tannat e o tradicional corte de Tannat/Merlot,varietais de Cabernet Sauvignon, Petit Verdot ou Syrah, um Torrontés enfim, variações dessa linha de tendência. Pois bem, eis que nos deparamos com a primeira grata surpresa desta degustação. A criativa diversificação de cortes e o uso forte da Cabernet Franc na elaboração dos vinhos desta vinícola e, mesmo quando nos deparamos com um Tannat, não é aquela mesmice a que estamos habituados a provar. A segunda surpresa se deve á qualidade provada nos vinhos que comento abaixo e a terceira, que a meu ver é a cereja no chantilly, a estratégia comercial adequada com uma politica de preços sensata e adequada. Vão longe estes nossos amigos, mas vamos aos vinhos!

              De entrada, temos o Eclipse 2006 (12.8º), vinho elaborado com 100% de Cabernet Franc vinificado pela Bodega Tomasi, elaborado com as uvas retiradas da parte mais baixa do vinhedo. Sem barrica e baixa filtragem, é um vinho simples, mas muito interessante com aromas de frutos negros e algo de tostado que se comprova na boca. Vinho bem equilibrado com uma acidez média para baixa, taninos doces e um pouco curto. Vinho básico que entrega muito mais do que os previstos R$17,00 a que deverá estar sendo vendido nas lojas.

              O segundo vinho provado foi o Recuerdo 2005 (13º), um criativo corte de Tannat (50%), Cabernet Franc (47%) e Syrah (3%) com seis meses de barrica produzido com as uvas da região intermediária do vinhedo. No nariz, o primeiro impacto olfativo é meio alcoólico, porém rápidamente dissipado na taça quando sobressai um frutado agradável, sem exageros, com toques de chocolate provavelmente advindos do tempo em barrica. Na boca, não se sente em nada o álcool  que está muito bem integrado e equilibrado, acidez um pouco baixa, persistência média, redondo, formando um conjunto saboroso de se tomar e fácil de agradar. Por cerca de R$23,00, pode variar de loja para loja, é campeão.

                O terceiro vinho foi o Oceánico 2005 (13.5º), um corte de Tannat (50%), Cabernet Franc (40%), Cabernet Sauvignon (6%) e Syrah (4%) elaborado com as uvas mais nobres da parte mais alta das colinas do vinhedo. Sem filtragem e sem clareamento, o vinho é negro opaco e brilhante de corpo médio para encorpado. Taninos finos, acidez muito boa, aromas e sabores complexos, boa persistência, um vinho de muito boa qualidade que entusiasma. Ainda um pouco jovem, certamente evoluirá bem por mais um ou dois anos. Por apenas R$39 a 40,00 é uma verdadeira pechincha, para comprar de caixa! Certamente o campeão da noite no quesito custo X beneficio.

               Para finalizar, um belíssimo vinho, o Abraxas 2002 (13.8º) um 100% Tannat com 18 meses de barrica Francesa de primeiro uso, elaborado com o que de melhor o vinhedo produz e que, somente em ótimas safras será engarrafado. Por enquanto é a uncia Safra disponível.  É um vinho suntuoso, negro, tinge a taça e precisa respirar. Ao final de uma hora de decanter e taça, ainda estava se abrindo, é vinho para alguns anos de guarda, apesar que já pronto para beber, e que valerá a pena conferir em mais um ou dois anos pois terá muito a evoluir ainda. Muito harmônico, taninos finos ainda firmes, aromas complexos, fresco, encorpado, elegante, realmente um vinho do qual se orgulhar e com características diferentes dos outros Tannats 100% que já tomei. Brisa marinha? Solo? É o famoso Terroir em plena atividade! Somente 600 garrafas foram produzidas nesta excelente safra e o preço condiz com tanto requinte e complexidade, em torno de R$120,00. No Portal dos Vinhos, o preço está com uma promoção especial de lançamento, R$95,00, e vale cada gota! Um boa compra a este preço e, como existem poucas garrafas disponiveis, não dá para bobear. Vinho de grande personalidade.

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               São vinhos que me agradaram bastante e que recomendo. Um jeito diferente de fazer vinho, fugindo da obviedade e de modernismos, com preços adequados que podemos pagar. Decididamente não são vinhos comuns. A boa parte da linha de produtos da Dominio Cassis, está disponível na excelente Portal dos Vinhos e na eclética BR Bebidas. Veja endereço e telefone em “Onde Comprar”

Falando de Azeite

                Há cerca de uns 10 dias, fui convidado pela Lusitana de Vinhos & Azeites, para participar de uma degustação de alguns de seus vinhos novos e antigos. Para acompanhar os vinhos, uns queijos muito saborosos para petiscar, especialmente o parmesão, uns azeites que eles também estão importando e um delicioso Panforte que harmonizou muito bem com um bom Porto Ruby. Dos vinhos? Bem, provamos o Terras do Pó, branco, elaborado com a uva Fernão Pires, o Trincadeira Encosta do Estremoz 2004, o Barão do Sul 2005 com algumas alterações no corte, o Herdade Grande tinto 2005, um novo produtor em seu portfolio, o Vinhas Da Ira, um vinhaço, e os vinhos do Porto, Tawny e Ruby, da recém chegada Quinta das Baldias. De todos eles, falarei mais adiante em futuros blogs, mas desde já uma dica, caso você queira dar uma passada por lá, são todos muito bons e a Lusitana tem um histórico de preços justos.

azeite-santa-vitoria-custom.jpgAgora, me encantei com o azeite virgem extra da Casa de Santa Vitória. Bão demais, sô! Não vou negar adoro um bom azeite, está no sangue, e este é realmente muito bom! Mesmo não sendo um “entendido” no tema de azeites, vê-se que há muito esmero na produção deste que é proveniente do olival da propriedade Herdade da Malhada. As melhores azeitonas são selecionadas para confeccionar este azeite, como no vinho, um corte (assemblage) de diferentes variedades de azeitonas (cobrançosa, cordovil e picual) resultando em um produto de bastante complexidade. A extração a frio, por processos unicamente mecânicos, vem agregar qualidade a este néctar com acidez máxima de 0,3%. O resultado final é um azeite com aromas frutados, fresco, suave, elegante com final levemente picante. Por somente R$26,40, excelente preço para um azeite desta qualidade, ligue já para a Lusitana, (11) 4508-8880, e agende uma visita para pegar o seu azeite e conferir os vinhos. Provei e Aprovei, uma delicia e, tenho dito!

Argentina, Vinhos que Tomei e Recomendo – Parte III

                Ultima parte de minhas recomendações de vinhos Argentinos que “Provei e Aprovei”. Entramos na seara de vinhos de excelente qualidade, para curtir em boa companhia, preferencialmente com quem também seja apreciador destes néctares. Serão poucas, mas certamente, excelentes opções. Aqui começa aquele papo de chover no molhado, que critico tanto. Falar, ou escrever, sobre grandes vinhos é sempre complicado, a não ser que se queira cair na retórica, e agregar algo a tanto que já se falou é muito difícil, até porque, em sua maioria, são unanimidade. De qualquer forma, estas são minhas impressões sobre estes deliciosos néctares.

De R$80 a 120,00:

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De Catena Zapata, vem um dos melhores custo x beneficio desta faixa de preços, a linha Angélica Zapata (Portal dos Vinhos e Casa Palla). O Malbec é divino, o Cabernet Sauvignon de grande elegância (ótima promoção na Casa Palla), de ambos prefiro o 2002 que está mais redondo que o 2003. Ainda não provei, mas estão na lista, o Cabernet Franc e, especialmente, o Chardonnay do qual falam maravilhas. É a maestria de Zapata na elaboração de vinhos de grande complexidade e elegância, imperdível. O Clos de los Siete 2006 (Grand Cru) um potente e complexo corte de Malbec/Cabernet Sauvignon e Merlot produzido pela Bodega Monteviejo um projeto Francês sob a batuta do celebrado Michel Rolland.  Decante por uns 30 minutos e tome a cerca de 16% para domar este denso e encorpado vinho. Se encontrar uma safra mais antiga, 2004 ou 5, prefira, estará mais no ponto. Menos conhecido, o Altimus 2004 (Portal dos Vinhos) de Michel Torino é o topo de gama deles. Um vinho inebriante com um corte diferenciado de Malbec/Merlot/Cabernet Sauvignon e Bonarda, podendo a composição e participação porcentual de cada cepa, variar de ano a ano em função das características de cada safra. Muito elegante, harmônico, equilibrado, ótima paleta aromática, taninos finos e aveludados, é um vinho que me agrada muitíssimo e que tem um custo x beneficio incomparável.

                Ainda nos vinhos diferenciados, um ícone Argentino quando de fala de vinhos varietais elaborados com a uva Bonarda é o Nieto Senetiner Bonarda Partida Limitada (Portal dos Vinhos com um excelente preço). Inicialmente uma uva sem grandes atrativos gerando vinhos de mesa de baixa qualidade e muito rústicos, este é um exemplo do que se pode desenvolver com muito estudo, conhecimento, investimento e tecnologia. Não tomei o 2005, que é o que está disponível hoje no mercado, mas o 2002 é uma obra de arte, um grande vinho que deve constar da “wish list” de qualquer enófilo.  Achaval-Ferrer é uma Bodega suigeneris que já começou com vinhos topo de gama e, somente a posterior, é que elaborou vinhos mais “básicos”.  Interessante este conceito em que se inicia por um patamar altíssimo de forma a se estabelecer a excelência como parâmetro comparativo, gostei. Resultado, produtos de altíssimo nível de qualidade aclamados por críticos do mundo inteiro. O Achaval-Ferrer Malbec (Expand), é o melhor varietal 100% desta cepa que já tomei. Vinho encorpado, robusto, sem perder a maciez, taninos finos e aveludado, complexos aromas, grande persistência, explosão de sabores intensos na boca, boa acidez, elegante num conjunto diferenciado de estilo único, dentro do que já tomei. Sugiro tomar com um mínimo de três anos da safra, melhor com uns cinco anos de garrafa, e decantar por uma meia hora.  Nesta faixa de preços, ainda, existem alguns outros rótulos que, apesar de ainda não ter provado, estão todos em minha “wish list” e são unanimidade de qualidade; Luca Syrah, Humberto Canale Gran Reserva Merlot, Benmarco Malbec, Zucardi Q Tempranillo, Barda Pinot Noir e Gala 2 de Luigi Bosca

Acima de R$120,00:

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Nesta faixa de preços, menos acessível para nós pobres mortais, existem alguns néctares que fazem frente a qualquer grande vinho do mundo. Alguns eu listarei por reconhecimento à critica e suas avaliações: Catena Alta Malbec e o Cabernet Sauvignon, Riglos Gran Corte, Cheval des Andes, Cobos, Cinco Tierras Gran Reserva, Suzana Balbo Brioso, Cadus, Benmarco Expressivo, Magdalena Toso, Poesia, Nicolás Catena Zapata, Beso de Dante, Alfa Crux Malbec, Noemía, Zuccardi Zeta, Mendel Unus, Flechas de los Andes Gran Corte, Vistalba Corte A, Val de Flores Malbec, Achaval-Ferrer Mirador e Altamira, Chacra 32 Pinot Noir, entre muitos outros. Dos grandes vinhos Argentinos nesta faixa de excelência, tive o privilégio de tomar e posso recomendar, como se  de minha indicação precisassem, sem receios os seguintes néctares:

Achaval-Ferrer, Quimera (Expand), com outro significado na mitologia Grega, em Português a palavra quimera significa produto da imaginação, fantasia, sonho e é isso que o vinho é.  Nome muito bem escolhido para um vinhaço que busca a perfeição. Corte de Malbec/Cabernet Sauvignon/Cabernet Franc e Merlot, é  produzido com vinhas velhas de baixa produção o que equivale dizer, neste caso, que para cada garrafa se necessita de fruto de duas plantas. Cor escura, vinho denso e intenso em tudo, na cor, nos aromas e na boca. Encorpado, gordo com taninos finos num final de boca sedoso, longo e reflexivo. Com álcool de 13 a 13.5º, dependendo da safra, muito comportado e bem equilibrado, é um deleite para os sentidos. Vinho para decantar por volta de 45 minutos e tomar com o mínimo de 4 a5 anos da safra para poder desfrutar de todo o seu potencial. É um vinho que não se deve ter pressa para tomar. Tomei o 2003 faz três meses, dava para esperar mais um ano, ou dois, tranqüilamente, mas já estava uma maravilha. Vinho de longa guarda.

Catena Zapata Estiba Reservada Agrelo (Mistral), uma obra prima do gênio Catena Zapata. A elegância em pessoa. Muito equilibrado, bom corpo, estruturado, apetitoso com boa acidez e final de boca longo. Aromas complexos, daqueles vinhos que você toma e fica curtindo os sabores bem depois do gole já ter descido, deixando na boca aquele gostinho de quero mais. Tomei o 2002 que estava uma delicia, me encantando por sua sutileza e toque aveludado. Uma sedução, um vinho apaixonante que encanta ao primeiro contato!

Iscay um corte de Malbec e Merlot produzido pela Bodega Trapiche e seu topo de gama. Inicialmente desenvolvido com a consultoria de Michel Rolland, é o vinho ícone do produtor e um grande vinho. Carnudo, encorpado, denso, quase mastigável. Muito longo e concentrado, é de grande complexidade aromática, rico em sabores e de grande persistência.  Um vinho que precisa de tempo para se abrir e demonstrar todo o seu potencial, decantar é obrigatório. Gosto muito, mas é um vinho caro que normalmente só compro na Argentina, e mesmo lá ……!

                 Espero que tenham a oportunidade de curtir alguns destes bons vinhos e que tenham gostado das sugestões. No próximo dia 22, não deixe de passar por aqui e conhecer a Dominio Cassis, pioneira Bodega Uruguaia que chega ao Brasil com produtos diferenciados e boa filosofia comercial.

Endereços e Telefones das lojas/importadoras, aqui mencionadas, encontre na seção “ONDE COMPRAR”

Temperatura do Vinho – Mais informações

Já escrevi um post sobre este tema que acho essencial para o consumo adequado dos vinhos. A temperatura errada pode determinar se uma pessoa, iniciante neste universo, vai ou não gostar do que está bebendo e se tornar um apreciador. Imagine tomar um vinho tinto de alto teor alcoólico, digamos 14º, à temperatura ambiente, como muitos fazem, de 25º quando não 28 ou 30º. Esse álcool na boca vai ser potencializado de forma muito desagradável. Ou ainda, invertendo as temperaturas, esfriado a 10º. Se o  vinho for mediamente tânico, ele ficará super adstringente grudando na boca parecendo que você está comendo uma banana bem verde. Em ambas situações, qualquer um sem conhecimento maior, odiará tomar vinho! Pois bem, o suplemento semanal Paladar do jornal o Estado de São Paulo, imperdível, trouxe há algumas semanas uma excelente e didática matéria sobre este tema e que, agora, está disponível on-line complementando a tabela e dados que forneci no post. Clique aqui e leia a matéria, é show, muito bem elaborada por toda a equipe liderada por Luiz Horta e Saul Galvão. Em especial, clique em “De Grau em Grau” e veja, passo a passo, como a temperatura altera os sabores de um vinho num excelente trabalho de dois “Luizes”, o Horta e o Ligabue.

Ainda no tema de temperatura, eis uma super dica que o Emilio (Portal dos Vinhos) me deu num bate-papo sobre este tema. Esta é para quem não tem uma adega climatizada, ou tem sobra de garrafas, e guarda seus preciosos líquidos em um armário fechado. Primeiramente lembremos que este armário deverá ficar longe do sol, de produtos de limpeza e de alimentos, ok? Bem, o que fazer para manter a temperatura dentro do armário? Como dizem, a necessidade é a mãe da invenção e, aliada á criatividade, surge a dica do Emilio. Coloque uma meia dúzia de garrafas pet com água em um freezer. Dependendo do tamanho do armário, coloque duas ou três dessas garrafas congeladas dentro do armário, renovando a cada 12 horas. Para não complicar, troque de manhã e à noite, fácil, fácil! Com isto você deverá poder manter seus vinhos entre 18 a 20º assegurando sua manutenção e os deixando no ponto caso queira tomar um desses vinhos de forma não programada. Por precaução, coloque algo para proteger o local no armário onde você colocará a pet congelada que vai suar com o tempo.

Argentina, Vinhos que Tomei e Recomendo – Parte II

                Como prometido, aqui está a segunda parte desta lista de vinhos Argentinos que “Provei e Aprovei” e, consequentemente, posso recomendar. É de R$30 a 80,00 a faixa de preços onde se encontram belíssimos vinhos com preços razoáveis, alguns deles excepcionais custo X beneficio, dos quais já se obtém muito prazer ao tomar.  Conforme subimos na escala de preços, subimos também no nível de qualidade , é óbvio, mas também somente até certo ponto. Até R$120 isto é bem claro, mas acima deste nível, se sente cada vez menos este efeito já que o marketing começa a ter mais peso. Mas vamos lá a alguns vinhos, já muito interessante e de boa qualidade, que se você ainda não tomou, ponha na sua lista de vinhos a conhecer.

De R$30 a 50,00:

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             Nesta faixa de preços tenho especial apreço pela linha da Trumpeter (Wine House) em especial do Malbec e do corte de Syrah com Malbec que acho estupendo e me encanta, um vinho muito elegante e rico de aromas e sabores. Los Cardos (Gran Cru) que possui um excelente Malbec 2006, de deixar água na boca, assim como o Cabernet Sauvignon sobre os quais teci comentários em post anterior. O Luigi Bosca Reserva (Casa Palla) Cabernet Sauvignon é outro senhor vinho que me atrai muito por sua complexidade e elegância com boa tipicidade da casta. Aliás, falando de Cabernet Sauvignon, o Chakana (Portal dos Vinhos) e o Família Bianchi , são outros belos exemplares para comprovar que a Argentina não é só terra de Malbecs. O Valle Escondido Cabernet 2005 (Expand) é muito aromático e elegante, boa acidez, taninos finos e aveludados, muito saboroso.

               Michel Torino têm uma excelente linha de produtos tendo dois que se destacam nesta faixa de preços que é o Don David Reserva Torrontés (Portal dos Vinhos), uma beleza de vinho e um dos melhores desta cepa na Argentina, e o Malbec também de muita boa qualidade com bastante tipicidade e harmonia num conjunto que agrada muito na boca e têm um preço muito convidativo. Um vinho que me surpreendeu, foi o Amado Sur (Expand) produzido pela Trivento que é um corte, diferenciado, muito bem elaborado de Malbec/Bonarda e Syrah que enche a boca de prazer com muito equilíbrio e harmonia. O Altos Las Hormigas (Portal dos Vinhos) era um vinho do qual nunca tive, ao contrário da critica especializada, satisfação ao tomar. Como sou do tipo persistente, recém provei o 2006 e achei estupendo, muito equilibrado, taninos suaves, um verdadeiro veludo na boca e está por volta dos R$31,00, ou seja, um dos melhores custo x beneficio desta faixa. Ou mudou algo no vinho, ou mudei eu, não sei! O Saurus Pinot Noir (Casa Palla), de uma região onde esta cepa começa a gerar vinhos muito interessantes. Para finalizar, há que enaltecer os vinhos da grande dama do vinho Argentino, Suzana Balbo, uma enóloga de primeiríssima linha que produz uma linha chamada Crios (Confraria do Queijo & Vinho), que é muito boa e, prova de que se podem desenvolver vinhos de ótima qualidade com preços corretos. O Crios Malbec é bom, o corte Syrah/Malbec 2006 me encantou e o Torrontés 2007 uma verdadeira delícia, páreo duro para o Don David Reserva. Para a sobremesa, um colheita tardia muito agradável e balanceado (acidez/frescor/doçura) o Santa Julia Tardio (Expand) elaborado com a uva Torrontés, muito bom para finalizar uma refeição.

De R$50 a 80,00:

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           Três das melhores relações custo x beneficio desta faixa de preços são cortes similares. Acho que começo a demonstrar minha leve preferência por vinhos de corte e de maior elegância, influências do Velho Mundo! Aqui temos muita qualidade e elegância; um corte de ótima qualidade produzido por gente que entende muito do que faz, é o Amancaya 2006 (Casa Palla, com preço incrível). Corte de Cabernet Sauvignon com Malbec com jeito de Bordeaux devido á influência que o Chateau Rotschild traz para esta parceria com Catena Zapata, um vinho de grande classe. No páreo, o Ruttini Cabernet/Malbec 2005 (Wine House) e D.V. Catena (Casa Palla) Cabernet/Malbec 2006. Eis uma interessante prova, ainda vou promover isso, a ser elaborada; Amancaya, D.V. Catena e Ruttini juntos num embate em que, certamente, o grande ganhador será o degustador. Elegante e muito bom, o Petit Fleur 2005 (Grand Cru,) corte de Malbec/Cabernet Sauvignon/Merlot e Syrah que só peca um pouco pelo exagero de álcool, acima de 15º, mesmo que equilibrado. Ainda nos cortes, não deixe de tomar o Trumpeter Reserva 2004 (Portal dos Vinhos), Tempranillo/Malbec e Cabernet Sauvignon, um veludo na boca com muita harmonia de sabores e aromas e o Don David Ciclos 2006 (Portal dos Vinhos) corte de Malbec e Merlot.

              Dos Malbecs, gosto muito do Terrazas Reserva (Casa Palla), um vinho muito constante e saboroso, assim como do Luigi Bosca D.O.C. 2005 (Confraria do Queijo & Vinho) de excelente qualidade, denso, potente com muita personalidade devendo ser decantado por uma meia hora antes de servir. Um dos melhores Malbecs da atualidade, é o Kaiken Ultra (Confraria do Queijo & Vinho), um vinho para quem gosta de vinhos mais potentes e encorpados. Gosto muito também, do Cinco Tierras Reserva Malbec, não sei quem o vende hoje em dia, era a Grand Cru, mas nada souberam me informar e não consta mais do catálogo deles. É um vinho de excelentes qualidades, com bastante tipicidade da cepa, taninos aveludados, um conjunto de grande elegância, um produtor de grande qualidade. Imagino que deva aparecer de novo na mão de outro importador, não deve tardar muito. Um Merlot diferenciado, o Finca Sophenia 2005 (Expand), é uma ótima opção para quem quer conhecer esta uva e suas características Mendocinas. Um belíssimo exemplar de Sauvignon Blanc que me encantou, apesar de um pouco caro por aqui, é o Saurus Select (KMM) da Familia Schroeder.

              Neste próximo dia 20, levo ao ar o terceiro e ultimo post desta série de vinhos Argentinos que Provei e Aprovei. Serão os vinhos de R$80 a 120 e acima deste valor. Vinhos de grande qualidade, que recomendo com a maior tranquilidade, e aqueles que mais busco trazer de fora quando viajo.

Endereços e Telefones das lojas/importadoras, aqui mencionadas, encontre na seção “ONDE COMPRAR”