Villa Francioni – Joaquim

               Nesta ultima semana tive o agradável prazer de provar, no Portal dos Vinhos, o vinho Joaquim, produzido pela Villa Francioni vinícola de Santa Catarina. Mais uma prova de que os investimentos em terra, vinhedos e tecnologia, feitos nos últimos anos pelos produtores Brasileiros vêm obtendo sucesso e dando resultados positivos. Existe ainda, muita coisa por ser feita, mas o Brasil já mostra condições de produzir bons vinhos tintos além dos muito bons espumantes. Não diria que este vinho é tudo o que a critica especializada vem enaltecendo, mas é um vinho de qualidade indiscutível que não faz feio vis-à-vis a concorrência de nossos “hermanos” Argentinos,Uruguaios e Chilenos de gama média boa.   

            O problema é que, quando se comparam preços, a concorrência, inclusive Portuguesa e Espanhola, apresenta produtos bem mais interessantes por valores iguais ou inferiores. Na minha opinião, um equivoco da maioria dos produtores nacionais para quem, basta algumas boas avaliações, para já salgarem os preços. Creio que a melhor forma de valorizar e promover a qualidade dos vinhos Brasileiros é, exatamente, a de tornar esses vinhos moderadamente acessíveis. De qualquer forma, falemos do vinho, já que é este o principal objetivo deste blog.

  •  Produtor – Villa Francioni.
  •  Região – Santa Catarina, sub-região de São Joaquim no planalto Catarinense.
  • País – Brasil.
  • Composição uvas – Corte de Cabernet Sauvignon com Merlot.
  • Detalhes Produção – 10 meses de barrica de carvalho Francês.
  • Teor de álcool – 13.6º.
  • Safra – 2005.
  • Preço médio em Jan./08 – R$62,00

             Foi um vinho que me satisfez. Gostei, mesmo não atendendo ás expectativas criadas por tanta promoção e criticas positivas. Este é o problema do marketing excessivo, a tendência é criar expectativas além das possíveis de atender e, ai, o efeito é inverso. Muito boa paleta de aromas com frutas vermelhas e algo herbáceo finalizando com uns aromas tostados após um tempo na taça. Na boca não apresentou a mesma exuberância que no nariz, mas achei um vinho bem equilibrado, com taninos finos bem posicionados e aveludados, de corpo médio para encorpado, acidez adequada e sem excessos de álcool, o que é um fator importante a se ter em conta nos dias de hoje. Demonstrou bastante elegância e boa persistência num conjunto que agrada bastante. Uma pena o preço, se estivesse ao redor de uns R$40,00 certamente seria uma presença constante em minha mesa. smile160.gifsmile160.gifsmile160.gif